A tarde do último domingo (1) foi marcada pela quebra de prognósticos e de análises por parte de grande parte da mídia esportiva e até de muitos torcedores de Flamengo e São Paulo. A vitória do Tricolor por 4×1 no Maracanã não estava no radar nem dos mais otimistas são-paulinos. Mas, o futebol sempre mostra ser capaz de absolutamente qualquer coisa.
Após o final do jogo, o técnico flamenguista, Domènec Torrent, teve a dura missão de tentar explicar a goleada sofrida pelo plantel rubro-negro, muito qualificado, apesar dos desfalques. Na coletiva pós-jogo, Domènec foi perguntado sobre uma cena flagrada ao final do jogo, o catalão em uma conversa particular com Fernando Diniz, em meio a algumas risadas.
Questionado sobre o assunto, o treinador do Flamengo desconversou, além de criticar a obsessão por resultados rápidos no futebol brasileiro: “O que falamos em campo fica lá. Trabalho no Brasil, diferença da Europa, esse tipo de coisa. Não falamos taticamente. Falamos da diferença da Europa para o Brasil. Aqui técnicos não têm tempo para implementar estilo. Nós temos que estar focados no trabalho. Não pode se controlar o que acontece fora do clube”, disse Domènec.
O espanhol também pontuou a postura do São Paulo no jogo, onde o tricolor teve mais acertos e mais chances de vencer o jogo: “Acho que hoje erramos (Flamengo) todos. Defensivamente e ofensivamente. Não vamos focar só nos defensivos. Erramos também ofensivamente. Acho que é uma derrota dolorosa para o time, pois poderíamos estar na liderança. Mas estamos na briga. Melhorar defensivamente. É uma pena. Foi um jogo atípico. Por pequenos detalhes perdemos o jogo. Perdemos pênalti, eles tiveram duas chances e fizeram. Perdemos outro pênalti e demos um para eles. Os jogadores sabem a importância de estar focados. É muito doloroso, mas aconteceu”, disse Domènec“.
Domènec terá que recuperar o ambiente do Flamengo a tempo da sequência da temporada, com jogos em intervalo de tempo muito pequeno, a exemplo do São Paulo, que disputa além do Brasileirão, a Copa do Brasil e a Sul-Americana.
Caio Felix
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