O São Paulo vai enfrentar o Binacional do Peru na estreia da Copa Libertadores da América 2020, e o desafio é enorme, já que o clube é o atual campeão do peruano, e conta com uma altitude de 3.825 metros.
Nascido em 2010, o Binacional chega de um ano histórico, campeão peruano em 2019, foram 38 jogos, 20 vitórias, 7 empate e 11 derrotas. Marcou 80 gols e sofreu apenas 45. O fator casa foi o diferencial da equipe na campanha histórica, não perdeu jogando no Guillermo Briceño Rosamedin.
Em 2020, a equipe já sofreu muitas mudanças, principalmente no comando técnico, acabou derrotado na Supercopa Peruana. Foram 6 jogos no ano, 3 vitórias, 1 empate e 2 derrotas. Marcou 8 gols e sofreu 8 gols.
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O atual treinador, Flabio Torres, colombiano, foi apresentado junto com sua comissão técnica somente na semana passada, ou seja, só comandou o time em uma partida, empate em 1 a 1 com o Carlos Stein.
Com tantas mudanças, o DNA do Binacional acaba sendo um pouco modificado, neste ano, mesmo que curto, já foram três técnicos, Cesar Vigevani começou a temporada, substituído por Willy Escapa, que decidiu sair do clube após dois jogos em fevereiro, até chegar o colombiano Flabio Torres.
Flabio Torres só trabalhou nas equipes colombianas, de médio escalão, como Once Caldas, Cucuta, Deportivo Pasto e Bucaramanga.
No único jogo comandando a equipe, escalou a seguinte equipe no 4-2-3-1 que já vinha sendo utilizado pelos outros técnicos, e deve ir a campo com: Raúl Fernández; Ángel Pérez, John Fajardo, Edgar Fernández e Jeikson Reyes; Yorkman Tello e Dahwling Leudo; Johan Arango, Reimond Manco e Andy Polar; Marco Rodríguez.
É um time que atua com força pelas pontas do campo, e tem como Andy Polar pela esquerda, uma das principais válvulas da equipe. Outro fator crucial é que arrisca chutes de fora da área, principalmente na altitude favorável para a equipe que conhece a casa.
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Um dos nomes do elenco, Reimond Manco, chegou a ser especulado no Morumbi, surgiu como grande promessa, não despontou, mas ainda é um jogador perigoso. Assim como Johan Arango, colombiano, que chegou para reforçar a equipe.
O trio Manco, Arango e Polar, arma jogadas para o letal centroavante Marco Rodríguez, importante no título de 2019, e que marcou 4 gols em 6 jogos nesta temporada, olho nele!
O Binacional usa muito o fator casa como diferencial no Peru, e em mais uma participação sul-americana, vai tentar apostar neste mesmo cenário, afinal Juliaca contém uma altitude fora do normal, acima até dos padrões já vistos de outros times na Copa Libertadores.
Na teoria, o Binacional é o ‘mais fraco’ do grupo da morte da Libertadores 2020, portanto no tradicional torneio internacional não tem isso. Os peruanos vão buscar o fator surpresa, e isso pode custar pontos de grandes clubes como São Paulo, River Plate e LDU, é preciso de muita atenção, principalmente jogando na altitude de quase 4 mil metros no Peru.
Ponto forte |
É uma equipe veloz, que explora as pontas com Arango e Polar, ainda tem Manco na armação, para completar tem o fator altitude, além disso gostam de arriscar de fora da área, portanto é uma equipe muito perigosa, principalmente jogando dentro de Juliaca, atenção!!
Ponto fraco |
Normalmente, as equipes peruanas falham defensivamente, contém muitos espaços, e isso é um detalhe sobre o Binacional, sofrem muitos gols, então é um caminho para ser explorado, ainda mais o São Paulo que cria bastante oportunidades.
Fique de olho |
Andy Polar, é um dos grandes nomes da nova geração do futebol peruano, e tem sido crucial na armação de jogadas do Binacional, olho nele. Outro nome que chama atenção é o centroavante Marco Rodríguez, artilheiro, perigoso, quase 1m90!
Curiosidade |
Em 2005, o São Paulo também estreou na altitude, porém da Bolívia, e depois acabou conseguindo o título da competição, será um sinal? O jogo ficou em 3 a 3 contra o The Strongest naquela ocasião…
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Abraços
Fábio Martins