Fala Nação Tricolor, tudo em cima?
Ao que tudo indica, Hernán Crespo deverá ser o novo treinador do São Paulo, ele inclusive já se despediu do seu antigo clube, Defensa Y Justicia, sim AQUELE. Isso gerou muitos debates entre a torcida São-Paulina nas redes sociais. As reações foram bem divididas entre os que apoiam a vinda de Crespo e os que são totalmente contra a chegada do ex-craque Argentino.
Hoje o texto não é sobre como será a vida de Hernán Crespo no São Paulo Futebol Clube. O tema hoje é a tão falada cultura do cancelamento, mas calma não vamos falar de BBB ou de política por aqui. Vamos falar do cancelamento no futebol. Afinal, Crespo nem sequer foi confirmado como treinador do São Paulo, mas já foi cancelado por boa parte da torcida.
Não é exclusividade de Crespo esse cancelamento, Diniz sofreu a mesma coisa quando foi anunciado. Mais recentemente, Guillermo Barros Schelotto também teve seu nome ligado ao Tricolor e foi rejeitado por boa parte da torcida por ter feito um trabalho no ruim no LA Galaxy e por ser considerado fraco, mesmo tendo ganhado dois campeonatos argentinos e chegado a uma final de Libertadores com o Boca.
Ainda podemos levar essa cultura para dentro do campo. A pouco tempo atrás, a diretoria da gestão Leco foi extremamente criticada por promover a troca com o Grêmio envolvendo Everton por Luciano. Para boa parte dos torcedores, Everton poderia ser útil mesmo quase sempre estando machucado e Luciano não jogaria e ainda tinha um passado Alvinegro. Para a nossa sorte, essa grande parcela da torcida não foi ouvida e Luciano se tornou o principal jogador do São Paulo na temporada.
Muitas vezes essas críticas vêm com base em estatísticas soltas, sem contexto e de pessoas que não assistem ou nunca viram uma partida de determinado treinador ou jogador. A falta de conhecimento está longe de ser o problema, o problema é a falta de interesse para ir atrás e querer opinar. Aqui no Brasil existe outra cultura que é aquela de “Se eu não vejo/ nunca vi, então não é bom” e isso é usado para tudo, tanto jogadores e treinadores quanto para times e campeonatos.
Independente de quem venha, a torcida do São Paulo precisa abraçar e a creditar no projeto. Crespo é aposta? Sim, mas qualquer um que vier será uma aposta. Jorge Jesus e Abel Ferreira, os dois últimos campeões da Libertadores também eram apostas quando vieram para Flamengo e Palmeiras. O que a torcida do São Paulo tem que parar é com essa “síndrome de Soberano” e achar que ninguém está à altura de comandar o clube. Nenhum treinador começou sua carreira com títulos conquistados.
UMA ÓTIMA SEMANA A TODOS!
Gustavo Dervelan (@dervelan_1999)
Eu não critico o torcedor por querer o melhor para seu time. O Crespo pode vir a ser um Guardiola, mas hoje ele é uma aposta arriscada. Tem DNA ofensivo em relação aos hermanos argentinos, mas aqui no Brasil é outra história. Ele tem um currículo curto e sua boa passagem pelo Defensa tem muito haver com as condições que ele recebeu o time, que já vinha sendo bem treinado antes dele. Crespo é uma mera aposta sem critérios, uma mudança radical de filosofia e teremos mais um ano de “teste e paciência”. Daqui um ano escreverei a mesma coisa, como escrevi do Diniz. Futebol bom não vive de apostas.
A torcida Saopaulina não apóia ninguém a muito tempo nem o ídolo *mito* Rogério Ceni escapou das críticas severas do torcedor Agirre Cuca e outros técnicos não serviram para o São Paulo Diniz o último crucificado com apenas um reforço deixou o time entre os quatro no campeonato talvez tenha sido amigo demais dos jogadores e perdeu o vestiário talvez tenha sido teimoso demais e perdeu o torcedor de qualquer forma o pensamento tem que ser mudado um técnico deve ter tempo para colocar suas ideias e montar um novo jeito de mostrar capacidade para levar esse Gigante as glórias merecidas