Mancini explica diferença de ‘função’: “Sair do vestiário, sentar lá em cima e analisar o jogo é mais fácil”

(Foto: Reprodução | GloboEsporte.com)

Após a derrota para o Corinthians o técnico interino Vagner Mancini, foi até a sala de imprensa do estádio Itaquerão e concedeu sua entrevista coletiva para os setoristas do São Paulo presente.

Um São Paulo com gás maior, arbitragem errou, mas a derrota do São Paulo não pode ser culpa só da arbitragem

“Eu acho, pelo desempenho do São Paulo, está muito abaixo do que uma equipe do porte do São Paulo deveria jogar. A arbitragem foi polêmica, alguns lances foram interpretados de forma que gerou discussão de ambos os lados. Não podemos jogar culpa na arbitragem, mas principalmente no lance do gol do Corinthians a bola sai antes do escanteio. São lances que chamam atenção, ainda mais num clássico.”, explicou o interino do São Paulo.

Equilíbrio técnico do tricolor

“É difícil falar em técnica porque hoje faltou isso, mais uma vez. Difícil falar em técnica quando você tem um desequilíbrio mental. O atleta não consegue render o máximo se tiver algum problema mental. Estamos com a autoestima baixa dentro de campo. É isso que temos que corrigir. Nós oscilamos dentro do jogo e não foi parte física, nem técnica. Enxergo a gente muito abaixo do que pode render”, analisou Mancini.

Em busca de uma reação, semana livre para treinar

“Isso nos deixa chateados, mas temos que reagir. Se a gente não enxergar esses problemas, tudo fica mais difícil. Agora, a gente vai ter jogos com a semana inteira para treinar. Acho importante dar confiança e convicção para que a gente dê as mãos e siga em frente”, completou.

Cuca não interfere no São Paulo de Mancini

“Enquanto ele não assumir, não vai interferir. A gente se fala, bate papo, mas tem momento que você entra no jogo, que você está no treino e são as suas ideias inseridas. O que eu quero é tornar essa equipe leve, rápida, com muita transição, que saiba passar a linha da bola e que tenha mais volume de jogo, com mais finalizações”, explicou o interino.

São Paulo que Vagner Mancini queria ver em campo e cargo de coordenador e mais fácil que ser treinador

“Sair do vestiário, sentar lá em cima e analisar o jogo é mais fácil. A partir do momento em que tomamos decisões, mexemos com seres humanos e eles respondem de forma diferente. Temos que entender, mas achar soluções. Se eu tiver que mexer na equipe, vou mexer. Tenho que ver um São Paulo vibrante, que goste da bola. Isso aconteceu hoje em alguns momentos. Mas não quero o São Paulo que perdia a bola, com dificuldade de armação, com a bola saindo lenta de trás. Gosto de uma equipe leve, rápida, que alterne os lados do campo. Hoje não deu para sair satisfeito”, declarou Mancini.

Meio campo muito pesado

“Também acho que no setor de meio-campo temos que ter jogadores mais leves. Infelizmente não tenho ainda o Liziero (machucado) e o Luan está voltando da Seleção (sub-20), ainda um pouco afastado das coisas que estão acontecendo no São Paulo. Hoje a bola não saía limpa de trás e isso dificultava a chegada dela ao ataque.”.

Oscilação da equipe e como buscar melhores resultados

“Com muito trabalho nos treinamentos. Não é só na conversa e mostrando vídeos aos atletas. Há necessidade de jogar mais. Hoje houve entrega, mas é uma equipe que oscila muito. Joga 10 minutos bem, depois oscila, isso tira a confiança do jogador. Temos que achar uma maneira da equipe ter uma sequência melhor na partida. Hoje o jogo foi equilibrado, acho que o empate seria mais justo, mas não podemos reclamar a partir do momento em que erramos e damos ao adversário a chance de chegar ao nosso gol.”

Trabalho com Cuca e semana muito difícil

“O Cuquinha virá junto com o Cuca. A ideia é que o Cuca venha o mais rápido possível. Enquanto ele não vier, estaremos tentando fazer com que tudo melhore. Foi uma semana difícil, uma eliminação na quarta, hoje uma derrota num clássico, mas temos que absorver. É um momento chato, delicado, de pressão, mas o futebol dá no próximo jogo a chance de mudar o cenário. Enquanto o Cuca não assumir não vai interferir no meu trabalho. Óbvio que a gente se fala, bate papo, mas há um momento de jogo ou treinamento e são suas idéias que têm de estar inseridas. Mas óbvio que há uma participação. O mais importante agora é achar soluções para o que vemos de errado. Dessa forma vamos andar para frente.”

São Paulo volta a campo no domingo (24), contra o Red Bull Brasil, no Morumbi.

Matheus Miguel

São-paulino desde que nasci. Comecei a frequentar o Morumbi quando tinha 13 anos de idade. Aos finais de semana vou ao CT de Cotia para ver os novos talentos que vem surgindo no São Paulo. Tenho 16 anos, nasci em São Paulo e resido em Osasco. Amo escrever sobre o São Paulo, e sou Fanático por futebol. Sonho em ser Jornalista Esportivo!

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