Neste domingo (9) o Raí realizou o tradicional evento de fim de ano do Gol de Letra no Estádio do Morumbi, foi a comemoração dos 20 anos da fundação comandada pelo ex-jogador e atual dirigente.
No evento, Raí que completou 1 ano como dirigente de futebol do São Paulo respondeu perguntas sobre esse começo de trabalho no clube: “Nós evoluímos, mas não me dou por satisfeito. Tivemos momentos bons, momentos difíceis, momentos complicados. Isso é normal no futebol. Tenho convicção de que estamos no caminho certo”.
Pressionado por reforços, o diretor de futebol respondeu com tranquilidade: “Precisamos nos reforçar em termos de números. Vamos disputar mais competições e queremos ir longe. Posso te dizer e afirmar que há boas possibilidades e bons nomes. Não dá para afirmamos, mas a torcida pode ficar tranquila. Estamos trabalhando bastante e temos excelentes oportunidades. Não vou prometer nada, mas estamos trabalhando bastante e estou otimista de que vamos nos reforçar em alto nível”.
Ainda sobre reforços e projeções, Raí manteve o otimismo para 2019: “Há a ambição, claro. O São Paulo fez uma boa temporada e nós já temos a base do time feita. Sabemos o que queremos para o ano que vem e, obviamente, a ideia é melhorar ainda mais. Não apenas em termos de reforços. Há um ano, quando aceitei o convite, o time vinha de duas temporadas muito difíceis. Agora, a ideia é melhorar ainda mais e pensar do tamanho que o São Paulo merece. Não podemos menos. Estou confiante e otimista de que vamos conseguir”.
Um dos nomes cotados para o São Paulo é de Marcos Caicedo, o atacante equatoriano começou a seguir o São Paulo no Instagram e teve torcedor pedindo a sua não vinda em sua conta, a polêmica é devido os números de gols e assistências nos últimos anos, mas Raí disse que não tem nada acertado: “(Risos) Não vejo todo mundo que segue o São Paulo, deve ter muita gente que segue o clube. Muitos jogadores que já jogaram aqui e outros nomes que querem e podem pensar em jogar aqui. Não vamos falar de nomes. Se não é ele, pode ser outro e tudo mais. Sinceramente, não tem nada em comum sobre ele começar a seguir e alguma negociação”.
Perguntado sobre o orçamento para reforçar o elenco que dizem ser de R$ 50 milhões, o dirigente respondeu: “Temos que ser responsáveis, criativos e tentar jogar com as possibilidades. Não temos sobras, não temos folgas no orçamento. Esse é o grande trabalho. As negociações estão bem encaminhadas e vão chegar jogadores de alto nível, mas o número de jogadores de alto nível vai depender também dessas negociações e das nossas parcerias, que incrementarão nosso potencial de negociação.”
Na seca de títulos desde 2012, o São Paulo é pressionado por títulos, Raí projetou que a chance de conquistar uma taça em 2019 é maior que o que tinha em 2018: “Sempre falo o seguinte: ganhar títulos é tentar melhorar a sua probabilidade para isso. Você nunca vai ter certeza sobre isso. Entretanto, tenho certeza absoluta de que a probabilidade do São Paulo ser campeão em 2019 será muito maior do que foi em 2018. Disto, não tenho dúvida nenhuma. Agora, os detalhes, uma final e uma semifinal não temos como afirmar.”
Nós evoluímos, mas não me dou por satisfeito. Tivemos momentos bons, momentos difíceis, momentos complicados. Isso é normal no futebol. Tenho convicção de que estamos no caminho certo”, revelou Raí.
A efetivação de André Jardine aconteceu nas últimas rodadas do Brasileirão 2018, o treinador não teve grandes resultados nas últimas rodadas, o que não preocupa Raí e ele explicou: “Primeiro, gostaria de dizer que não dá para chamar o período do Jardine no São Paulo de uma campanha. O Jardine está na Barra Funda desde o início do ano: conhece o elenco, conhece o trabalho, conhece todo mundo e o elenco o conhece muito bem. Estamos reforçando a comissão técnica com a chegada do Carlinhos Neves. Em pouco tempo, o Jardine mostrou um bom trabalho, mostrou liderança e mostrou o que quer para a próxima temporada, deixou isso bem claro para o elenco. Isso me deixou impressionado. Apesar dos resultados, teve um ou outro jogo que não foi bem, mas deu para ver o trabalho dele. Obviamente, não dá para chamar de uma campanha. Em 2019, não tenho dúvida de que ele vai poder demonstrar todo o seu potencial. A confiança e a convicção de um grande trabalho é muito forte.”
Seguindo sobre Jardine, Raí comentou sobre a montagem da nova comissão técnica, chegaram o auxiliar técnico Sandro Forner e do retorno do preparador físico Carlinhos Neves: “A comissão técnica está praticamente feita. O Carlinhos Neves vai agregar bastante. Já tinha uma comissão técnica permanente, com pessoas experientes, com os fisiologistas, com o Altamiro (Bottino, coordenador científico) e com outros profissionais que não são conhecidos do público. O Carlinhos é uma pessoa que vem para nos ajudar também fora de campo, pela sua experiência, pelo conhecimento, por sua história no São Paulo. Estamos satisfeitos nessa parte.”
A entrevista do Rodrigo Caio para André Henning repercutiu bastante, e o futuro do zagueiro ficou duvidoso para 2019, o diretor de futebol falou que terá uma conversa para definir a situação, mas elogiou o atleta: “Vamos conversar internamente. O Rodrigo Caio é um jogador que já teve ótimos momentos no São Paulo, ótimos momentos na Seleção Brasileira. É um jogador que tem esse nível, todos reconhecem isso. Participou como um líder em um momento complicado do São Paulo. A imagem dele acabou ficando atrelada a estes momentos difíceis do clube. Quando você tem um temporada cheia, isso é muito desgastante. Você tem vários jogadores, com diferentes níveis e diferentes comportamentos. É natural que você tenha alguns atritos. Obviamente, que vamos conversar com o Rodrigo depois dessa entrevista. O Rodrigo já manifestou o interesse de mudar de ares. Vamos conversar com calma e decidir o que é melhor para ele e para o clube. Temos que valorizar a história dele no São Paulo.”
Por fim comentou a saída do seu braço direito no futebol, Ricardo Rocha acabou deixando o cargo de coordenador, e Raí relatou: “Como saída, foi da melhor maneira possível. É um amigo de longa e longa data. Quer fazer seus projetos pessoais de consultoria e, nos últimos dez dias, estive bastante com ele. Vamos deixar ele voar, mas, sem dúvida, a casa dele sempre será o São Paulo. Ele vai me ajudar e vai ajudar o São Paulo de onde estiver.”