Depois das análises de Binacional e LDU, antes da pandemia estourar e os jogos serem paralisados, agora é a vez de falarmos sobre o tradicional e adversário conhecido pelo são-paulino: River Plate.
O River Plate dispensa apresentações, um dos maiores clubes da América do Sul, 4 vezes campeão da Libertadores, sendo duas recentes em 2015 e 2018. Disputou ainda a decisão de 2019 que estava nas mãos do clube, porém nos minutos finais sofreu dois gols e perdeu para o Flamengo.
A equipe argentina tem sido constante presença, é o quinto time que mais disputou a competição, está na 36º participação do torneio. Com tanta história na competição, o River Plate é sempre uma equipe muito perigosa de se enfrentar.
O São Paulo enfrentou o River Plate em 14 jogos, venceu 6, empates 4 e perdeu 4 vezes na história. Marcou 21 gols e sofreu 19. Contando apenas a Libertadores, o São Paulo nunca perdeu para o rival argentino, foram 4 jogos, 3 vitórias e 1 empate, teve o duelo em 2005 na semifinal, e mais recente em 2016 na fase de grupos.
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O time é comandado pelo ex-meia Marcelo Gallardo, desde 2015, e coleciona títulos na equipe que foi jogador, inclusive esteve em campo na semifinal contra o São Paulo na Libertadores de 2005, e enfrentou o Tricolor na fase de grupos de 2016, quando empatou no Monumental em 1 a 1, e perdeu no Morumbi de 2 a 1. São 271 jogos pelo clube, venceu 139, empatou 75 e perdeu 57. Seu time marcou 461 gols e sofreu 253.
O River está sem jogar desde o dia 11/03 quando goleou o Binacional por 8 a 0, portanto é muito tempo sem atuar, e o Gallardo comentou isso durante a semana: “É difícil pois claramente o São Paulo não tem culpa que teve mais jogos e mais treinamentos que a gente. Vamos ter que jogar da melhor maneira possível, pode ser uma desvantagem ou não, mas vamos jogar da melhor maneira, os jogadores tem vontade de jogar. Nós vamos tratar de iniciar a competição da melhor maneira possível. Se a gente entrar em campo pensando que estamos em desvantagem por conta que o São Paulo vem com mais atividade que a gente, aí podemos nos prejudicar. Não podemos pensar isso.”
O provável time do River que perdeu Scocco e deve perder Juan Quintero, além de não contar com Milton Casco (Covid) e Lucas Pratto (lesão): Armani; Montiel, Lucas Martínez Quarta, Pinola e Angileri; Enzo Pérez, Julián Álvarez, Ignacio Fernández e De la Cruz; Matías Suárez e Rafael Borré.
O técnico Gallardo gosta de variar esquema tático e peças, mas o que se espera é que joguem no 4-1-3-2, mas é um time que pode ter mudanças com esses jogadores.
Sem jogar há muito tempo, é difícil prever um possível destaque, mas o meio com Enzo Pérez, Ignácio Fernández e De La Cruz vinha funcionando na equipe. Assim como o ataque com Matías Suarez e Rafael Borré, jogadores de movimentação. Álvarez deve ser a surpresa do time, fez apenas 25 jogos pelo time até então.
A equipe argentina é muito bem treinada, marca muito forte e sabe jogar em diferentes situações de jogo, até por isso o River de Gallardo tem sido muito forte na Copa Libertadores de 2015. A questão que pega em alguns jogos, é a falta de força física no segundo tempo dos jogos, as peças do banco não mantém mesmo ritmo, e com um longo tempo sem jogar, isso pode aparecer mais ainda.
| Ponto forte |
O meio de campo do River Plate é muito bem equilibrado na marcação, armação e chegada ofensiva, portanto é o ponto principal do time. A dupla de ataque também vale grande destaque: Matías Suarez e Rafael Borré, vinham em boa fase pelo River Plate, Borré fez 29 jogos em 2019-20 e marcou 17 gols, sua melhor temporada até agora na carreira, enquanto Matías Suarez marcou 8 gols e deu 10 assistências.
| Ponto fraco |
A falta de ritmo de jogo será sentida, são 6 meses sem jogar, e voltaram aos treinos também em um curto período, sofrerão parecido com o São Paulo quando enfrentou o Red Bull Bragantino, ainda mais o time que tem jogadores experientes como é o River Plate. Outro ponto que pode ser explorado são as laterais, por vezes Montiel sofre na marcação, e Angileri é reserva da posição, Casco desfalca o time, podem sentir…
| Fique de olho |
A temporada vinha sendo do Matías Suárez, 24 jogos, 8 gols e 10 assistências, portanto era o jogador mais decisivo do River Plate na temporada 2019-20, junto com Borré, fazia a diferença, olho neles.
| Curiosidade |
São Paulo e River Plate duelaram duas vezes em 2016, empate de 1 a 1 no Monumental, com grande atuação do Ganso e falha feia do Denis no empate do adversário, depois vitória de 2 a 1 no Morumbi com direito a confusão entre os times, Calleri fez a diferença.
Os dois elencos mudaram bastante de lá para cá, River ainda conta com Ignácio Fernandez, Casco (que não jogará), e o técnico Marcelo Gallardo, o São Paulo mudou totalmente…
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Abraços
Fábio Martins
