Na Sul-Americana 2023, o São Paulo reencontra um velho conhecido, o Tigre da Argentina, que será o adversário da estreia na competição. Pois vamos destrinchar um pouco sobre a equipe argentina que fez a final da Sul-Americana de 2012 contra o São Paulo e relembraremos aqui…
O clube
O Club Atlético Tigre, da cidade de Victoria, província de Buenos Aires, começou suas atividades em 1902, ou seja, 120 anos de história. Porém só dois títulos, a Copa da Superliga Argentina em 2019 e a segunda divisão em 2021. O auge foi na decisão da Sul-Americana em 2012, contra o São Paulo, que até hoje gera muito ódio dos hermanos.
A rivalidade criada por 2012
Naquele jogo, o Tigre não voltou para o segundo tempo no Morumbi, na ida, empate em 0a0 no La Bombonera, pois a partida não pode ser no estádio deles. Na volta, o São Paulo vencia por 2a0, e uma confusão nos bastidores, que nunca foi bem explicada, os argentinos decidiram não retornar ao campo. Com o sumiço dos hermanos, foi decretado W.O e o São Paulo foi campeão sem atuar na segunda etapa. Mas, o Tigre não esquece aquilo e inclusive criou uma música de ódio.
Ainda o São Paulo tem ligação com o Chacarita Jrs, equipe que é rival do Tigre, portanto piora a situação entre os clubes… Ou seja, o clima em 2023 não é nada agradável e já teve caso de violência dos torcedores argentinos.
Estádio
O Estádio José Dellagiovanna, conhecido como Coliseo de Victoria, foi inaugurado em 1936, são 82 anos, cabem cerca de 26 mil pessoas. Pois quando cheio, é um verdadeiro caldeirão, como deverá ser nesta noite.
O atual momento
Na atual temporada fez 10 partidas, sendo três vitórias, três empates e quatro derrotas. Pois sofreu 13 gols e marcou 11, é o 18ª colocado no Argentino que contém 28 clubes. No final de semana venceu o Lanús por 2a1 em um jogo bem agitado.
Longe de ser das principais equipes argentinas no momento, mas é uma equipe cascuda e que não vende barato os resultados. Portanto é aquele tradicional jogo contra nossos vizinhos velhos conhecidos.
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Comandante e velho conhecido
O Tigre não é uma equipe tão velha e de velhos conhecidos, a média de idade do elenco é de 25 anos, mas tem seus medalhões principalmente na zaga. Um dos nomes mais conhecidos do elenco, que atuou no Cruzeiro por pouco tempo, é o volante Prediger, e na zaga tem o Aguilera, que fez sucesso no futebol mexicano.
Curiosamente, do meio para frente, são atletas jovens, que variam de 18 até 25 anos, e vão cravando seu espaço no cenário nacional.
O técnico é o Diego Martínez, está no clube desde 2021, somando 95 jogos, 43 vitórias, 26 empates e 26 derrotas. Seu clube marcou 157 gols e sofreu 118, é um trabalho bem positivo e que despertou interesse inclusive do Boca Jrs recentemente. Vale citar que tem 44 anos, e foi jogador, mas sem grande expressão internacional, atuou no futebol argentino, colombiano e grego. Como técnico é seu primeiro trabalho em um clube de divisão principal, já que no Godoy Cruz foram apenas nove partidas.
O time
A escalação que o Tigre tem variado no 4-1-4-1, 4-3-1-2 e no 4-4-2 em losango, no último jogo usaram: Marinelli, Blondel, Aguilera, Luciatti e Montoya; Prediger, Castro, Molinas, Menossi e Colídio; Retegui.
O meio-campista Zabala e o ponta-esquerda Blas Armoa perderam espaço no último jogo, mas vinham como titulares da equipe. Ambos entraram na segunda etapa, e vai depender do técnico ver o que prefere para enfrentar o Tricolor em sua casa.
O nome principal e a estratégia
A referência do time é o Retegui, goleador, fez 7 gols em 9 jogos nesta temporada, é a força da equipe. A jogada é buscar o seu centroavante que não costuma vacilar dentro da área. O volante Prediger teve destaque na última partida contra o Lanús, é bem experiente e cadencia a equipe que gosta de trocar passes até encontrar o brecha para lançar seu centroavante.
É uma equipe com força no meio de campo, pois tem muitas peças atuando no setor e não deixam tanto espaço. Exploram também seus laterais, Blondel que foi alvo do Santos recentemente, e principalmente Montoya, lateral-esquerdo que avança bastante e deixa espaço também nas costas.
Ponto forte |
Equipes argentinas são aguerridas, e o Tigre não é diferente, ainda mais com a atmosfera que tem pela partida. Portanto o destaque fica para isso, um time que tem o mesmo técnico por um longo período, tem sua organização tática e sabe o que fazer em campo. A principal jogada é mirando o seu centroavante, Retegui, pelo alto ou por baixo, é um perigo.
Ponto fraco |
Não é uma equipe tão experiente de maneira geral em jogos sul-americanos, e tem dificuldades em bolas paradas defensivas, além de sofrer muitos gols. A média é maior que um gol sofrido por partida, portanto tem problemas no setor. Outro fator é que a fase não é das melhores, tanto que o treinador tem mudado tática e peças devido resultados, na última partida conseguiu acabar com jejum de três derrotas seguidas e sem ter marcado um gol.
Fique de olho |
O principal nome é de seu centroavante Mateo Retegui, de 23 anos, e que defendeu a seleção italiana recentemente, marcou dois gols vestindo a camisa da Azzurra. Cria do River Plate, mas trocou a base do River pelo Boca no sub-19, não teve espaço no clube, seguiu para Estudiantes, Talleres, até chegar no Tigre em 2022 e encaixar seu jogo. São 52 jogos, 30 gols e 3 assistências pela equipe, excelentes números.
Curiosidade |
O clima não é nada amistoso, a rivalidade criada pelos argentinos depois de 2012, é uma curiosidade para a partida. No histórico, apenas dois jogos, um empate de 0a0 e a vitória do Tricolor por 2a0, em um tempo só.
Agradecer a colaboração do Willian Matheus que acompanhou última partida do Tigre contra o Lanús e ajudou nas informações.
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Abraços
