Segunda Tricolor: Um ano de Fernando Diniz

(Rubens Chiri/ saopaulofc.net)

Fala Nação Tricolor, tudo em cima?

46 jogos, 20 vitórias, 12 empates e 14 derrotas, com um aproveitamento de 52,1%. Esses são os números de Fernando Diniz que exatamente há um ano fazia sua estreia como treinador do São Paulo no empate por 0x0 diante do Flamengo, líder do campeonato naquela altura com mais de 50 mil pessoas presentes no Maracanã. Esse jogo foi menos de dois dias depois de Diniz ser anunciado pelo São Paulo. Aliás, eu não te conheço, mas sei que assim como eu, demorou para dormir após o anúncio de Fernando Diniz pouco antes da 00h00 daquela quinta.

Diniz veio com a missão de levar o São Paulo a fase de grupos da Libertadores e aos trancos e barrancos com uma ajuda do Flamengo e do Athletico Paranaense que conquistaram a Libertadores e a Copa do Brasil respectivamente, ajudaram a abrir um G6 para a fase de grupos. O São Paulo terminou exatamente em sexto com uma campanha extremamente irregular alternando bastante entre bons e maus momentos. Diniz quase caiu no 3×0 para o Grêmio, mas ao final do campeonato foi mantido no cargo sob dúvida, desconfiança e expectativa.

Sim, expectativa para finalmente vê-lo implementando seu estilo de jogo e suas ideias, finalmente virar de fato treinador do time, já que em 2019 tentou apenas sobreviver no cargo. No começo de 2020 sofreu um pouco, mas com o passar dos jogos, as coisas pareciam caminhar, o time fazia jogos bons, é verdade que não venceu alguns, uns por conta de erros da arbitragem como por exemplo no empate contra o Novorizontino, mas depois de um jogo, tudo parecia que as coisas iriam desandar, a derrota para o Binacional por 2×1 na altitude Juliaca.

Após essa derrota, a pressão voltou sobre Diniz, derrota que como podemos ver, faz muita falta na luta pela classificação para o mata mata. Porém as coisas não desandaram tanto, o são Paulo venceu a LDU por 3×0 na melhor partida do ano e depois venceu o Santos por 2×1, mas foi aqui que tudo começou a dar errado, afinal, devido a pandemia do Coronavirus, houve a paralização do futebol.

Durante a parada o time perdeu apenas Antony e novamente estávamos com a expectativa de ver se o time que voltaria a jogar seria aquele mesmo time que parou, ainda que tenha perdido uma peça. Infelizmente não foi o que aconteceu, o São Paulo que era apontado como favorito ao título do Paulistão sofreu uma eliminação vexatória para o catadão do Mirassol dentro do Morumbi. Muito perto de ser eliminado na fase de grupos da Libertadores, mas segue no topo do brasileirão na terceira colocação.

Para muitos, Diniz foi contratado praticamente demitido. Davam como improvável a permanência dele para 2020. Se não tivesse se classificado para a fase de grupos da Libertadores, provavelmente não teria ficado. Veio muito contestado por não ser um treinador de nome e não ter ganho nenhum título de expressão, veio para um clube que precisar vencer, mas ele próprio nunca venceu.

Erra muito, as vezes teima demais em uma coisa que claramente não está dando certo, por vezes demonstra certa arrogância, mas, apesar disso é um treinador com boas ideias, que talvez precise entender como executá-las melhor. Ainda precisa de um título, talvez depois de conseguir ganhar um, Diniz deslanche, assim como um camisa 9 que as vezes precisa apenas de um gol.

UMA ÓTIMA SEMANA A TODOS!

Gustavo Dervelan (@dervelan_1999)

Gustavo Dervelan

20 anos, Paulistano e são-paulino de berço! Estudante de Jornalismo na Universidade São Judas Tadeu. Apaixonado por esportes Brasil a fora.

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