Domingo, dia 15/12/2019, foi um dia bastante especial para a torcida tricolor. Realmente, foi lindo de ver grandes ídolos, ou melhor, lendas jogando novamente com a nossa camisa sagrada. E mais lindo ainda, foi ver eles jogando com vontade, não tratando esse torneio como um mero amistoso, realmente trataram como um jogo, aumentando ainda mais a nostalgia da torcida.
Ver Fabão fazendo seus gols de cabeça, lembrando a final da Libertadores de 2005, Dagoberto fazendo gols e arrumando confusão, Aloísio Chulapa abrindo a capa do Batman, Mineiro e Josué dominando o meio-campo, Jorge Wagner com maestria nos cruzamentos, a genialidade de Muller… enfim, vários casos, e infelizmente devo ter cometido a injustiça de ter esquecido de citar alguns!
Mas, esse texto é justamente para falar de um jogador que merece mais respeito e consideração, não só por parte da torcida, mas também do clube. Esse jogador é o Richarlyson.
Richarlyson chegou ao clube em 2005, após o São Paulo aplicar um chapéu no Palmeiras, que estava com a contratação do jogador muito bem encaminhada. Fez parte do elenco campeão mundial, o que já o coloca na história. Depois, foi tri-campeão brasileiro pelo clube, sendo peça importante no elenco em 2006, e sendo protagonista em 2007 e 2008, sendo encarregado de substituir e herdar, ao lado de Hernanes, aquela que foi uma das melhores duplas de volantes na história do clube, formada por Mineiro e Josué.
Acredito que o ponto alto da carreira foi em 2007 mesmo, onde ele foi considerado o melhor volante do Campeonato Brasileiro, o que o credenciou a ser convocado para a seleção brasileira no início de 2008.
Porém, junto com os momentos de glória, vieram as injustiças, as covardias, os ataques. Vítima de preconceito, homofobia, Richarlyson passou a sofrer todo tipo de ataque de todos os lados. Torcida adversária, imprensa, e até mesmo da própria torcida, que se negava a gritar o nome do jogador antes das partidas.
Posso perder leitores, mas não vou deixar de ressaltar: Richarlyson é um dos maiores ídolos da nossa história, era um jogador que honrava a camisa, se doava ao extremo dentro de campo, e contribuiu muito nas conquistas de títulos, tão importantes na nossa história, e jamais vou aceitar tal desprezo por conta de preconceito estúpido! Ora, com certeza estaríamos melhores se houvessem mais Richarlyson’s nos nossos últimos times.
A atitude do Lugano de convidá-lo para esse evento serviu pra (tentar) corrigir outra grande injustiça, que foi a do clube não colocar o seu nome na calçada da fama. Não faz sentido nenhum a ausência dele, nenhum!
Torço muito para que a diretoria do clube corrija esse disparate, pois é um jogador que merece sempre ser ressaltado e citado na nossa história. Um ídolo, ou como foi ressaltado domingo, uma lenda!
Saudações!