Pré-jogo: São Paulo e River Plate fazem o jogo mais esperado da rodada que marca a volta da Libertadores.

(Foto: Rubens Chiri | saopaulofc.net)

Após metade de um ano parado (ou 6 meses se preferir), o tricolor enfrenta os atuais vice-campeões do torneio, em duelo válido pela quarta rodada. É muito importante vencer, pois, o returno promete ser mais complicado com dois dos 3 jogos fora de casa e esses, ainda serem contra o próprio River Plate, além da LDU na altitude de Quito.

FICHA TÉCNICA

Jogo: São Paulo Futebol Clube x Club Atlético River Plate – Libertadores 2020 – 3ª rodada

Data e horário : 17/09/2020, às 19:00

Local: Morumbi (São Paulo – SP)

Árbitro: Esteban Ostojich (Uruguai) – De olho nos detalhes do árbitro que já apitou contra LDU
Assistentes: Richard Trinidad e Nicolas Taran (ambos do Uruguai)

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HISTÓRICO DO CONFRONTO

Jogos: 8

Vitórias do São Paulo: 4
Vitórias do River Plate: 2
Empates: 2

Gols do São Paulo: 12
Gols do River Plate: 9

Primeira partida: São Paulo 0 × 0 River Plate, Supercopa Libertadores 1997
Última partida: São Paulo 2 x 1 River Plate, Libertadores. fase de grupo 2016

Maior vitória do São Paulo: São Paulo 2 × 0 River Plate, Morumbi, Libertadores 2005
Maior vitória do Vasco: River Plate 3 × 0 São Paulo, Monumental de Núñes, Libertadores 2005

Dados sobre os jogos oficiais entre São Paulo e River Plate.

ÚLTIMO CONFRONTO

Pela penúltima rodada da frase de grupo da Libertadores de 2016, o São Paulo venceu a partida por 2×1, com uma atuação extraordinária de Jonathan Calleri, que além de marcar os dois gols da equipe, tinha uma motivação extra para os confrontos contra o rival argentino, já que o centroavante vinha de passagem e identificação como jogador do maior rival, Boca Juniors.

A partida deixou o clube a um ponto da classificação, que mais iriamos descobrir que conseguimos e chegamos até as semifinais do torneio, sendo eliminado pelo campeão Atlético Nacional da Colômbia.

CURIOSIDADE

O tricolor perdeu de forma seguida dois jogos contra os “Millionários” – em 97 pela Supercopa Libertadores (2×1) e em 2003 na Copa Sudamericana (3×1) e até hoje, são as únicas derrotas no confronto. Ou seja, podemos dar prosseguimento a mais de 13 anos de invencibilidade.

  • 03/12/2003 São Paulo 2 x 0 River Plate – Copa Sudamericana
  • 22/06/2005 Sâo Paulo 2 x 0 River Plate – Libertadores
  • 29/06/2005 River Plate 2 x 3 São Paulo – Libertadores
  • 10/03/2016 River Plate 1 x 1 São Paulo – Libertadores
  • 13/04/2016 São Paulo 2 x 1 River Plate – Libertadores

E temos apenas uma partida sem gols, a primiera da história. Promessa de jogão logo mais!

  • 04/12/1997 São Paulo 0 x 0 River Plate – Supercopa Libertadores
DEPOIS DE SEIS MESES, ELA VOLTOU!

O último confronto da equipe paulistana na Libertadores, ocorreu no dia 11 de março, jogando de forma superior e corajosa, venceu a LDU no Morumbi por 3 x 0 em jogo que encantou os olhos de todos os torcedores. Um futebol perfeitamente redondo e leve, encantava e fazia as derrotas duas derrotas anteriores (sendo uma dessas para o outro time do grupo, o Binacional), não passarem de tropeços casuais.

Infelizmente, não foi possível uma sequência de tamanha volúpia tática em razão da pandemia do COVID-19, o que paralisou a competição sul-americana por exatos seis meses e cinco dias para ambos os times.

Entretanto, o tempo sem decisões e jogos disputados, é bem diferente se olharmos individualmente. O São Paulo parou de jogar no dia 14/03, em um clássico com vitória sobre o rival Santos (2×1), e tem sua volta no dia 23/07, agora com uma derrota em casa diante o Red Bull Bragantino (2×3). A mais de um mês, vem jogando todo meio e final de semana. Com o River Plate, a situação é bem contrária. Sem disputas nacionais após liberação para as práticas, restou a equipe do técnico Gallardo, esperar até a partida aqui no Brasil, para voltar a jogar profissionalmente e tem a partida contra o  Binacional como sua última, ou seja, mais de metade de um ano.

Fica bem nítida a vantagem tricolor em questões físicas, que fará a equipe entrae com fortes cobranças pela vitória em um grupo considerado muito difícil e esquecendo que temos o atual vice-campeão, além de ser finalista nos últimos 2 anos.

Após o triunfo da LDU que agora lidera o grupo com 6 pontos, o peso desse confronto e o da semana que vem, torna-se o dobro. Ao final dessa “ida e volta” serão disputados 6 pontos e apenas mais dois jogos a serem disputados.

MAIS MUDANÇAS DO QUE O ESPERADO

Era previsível as mudanças na parada obrigatória pela pandemia, mas o número de trocas de titulares no time que provavelmente entra em campo pelo São Paulo, talvez não.

A equipe vivia lampejos de craques da dupla de Cotia com Antony e Igor Gomes, além de boas partidas do ponta-esquerda Vitor Bueno. Lá na frente era Alexandre Pato quem comandava o ataque como um falso 9, e lá atrás, tinha-se uma defesa experiente com Reinaldo, Arboleda, Bruno Alves e Juanfran.

Pois é, mesmo se você for um dos mais casuais torcedores, ao lembrar da escalação, percebe o tanto de mudanças. Temos a saída de 3 jogadores com a letra “A” (Arboleda, se cuide!). Antony, Alexandre Pato e Anderson Martins o que deu mais espaço para outros jogadores do elenco.

No ataque, você pode pensar que tendo o camisa 9 no banco de reservas, era datado que ele iria assumir a fim do problema com o Pato. Isso aconteceu, Pablo recuperou algumas boas atuações, porém, é dúvida por estar lesionado.

Se eu te falar que por sorte, tínhamos negociado o Everton pelo Luciano com o Grêmio, seria uma sorte além do comum? Sim e isso aconteceu, contudo, o azar está do nosso lado mais do que a sorte, e Luciano que vivia uma grande fase, também não poderá performar devido uma suspensão de 3 jogos por uma briga no Grenal em plena Libertadores. Resta Brenner, o jovem atacante que pode ser o titular diante de um cenário tão azarado.

Nem de longe para por aí as mudanças. A dupla de zaga que sagrou-se como a menos vazada do Brasileirão 2019, sucumbiu no período pós pausa. Arboleda e Bruno Alves são agora reservas e dão espaço para uma zaga que sai trocando passes com o goleiro e é mais jovem, com Léo e o zagueiro da base, Diego Costa. O experiente Juanfran também dá passagem para Igor Vinícius. Por fim, a lesão no punho de Dani Alves, tira-o da partida e dá espaço para mais um jovem, Gabriel Sara.

São Paulo deve ir a campo com: Tiago Volpi, Igor Vinícius, Diego Costa, Léo, Reinaldo; Tchê Tchê, Gabriel Sara, Hernanes, Igor Gomes; Vitor Bueno e Pablo (Brenner)

A equipe argentina, teve suas baixas, como um velho conhecido do Morumbi, o centroavante Lucas Pratto nem viajou com a comissão, devido uma lesão na coxa direita. Outras perdas importantes são do lateral-esquerdo Milton Casco, testado positivo para o coronavírus e tanto Nacho Scocco quanto Juan Fernando Quintero, deixaram o clube.

CONFIRA ⇒ A análise do adversário: River Plate

Mesmo assim, a solidez do atual finalista está fime e o River Plate deve vim a campo com: Armani, Montiel, Lucas Martínez, Pinola, Angilere; Enzo Pérez, Julián Alvarez, De La Cruz, Ignacio Fernández; Matías Suárez e Borré.

OLHO NELE

Ignácio Fernández é o foco das atenções do adversário. Com caractrísticas de um 10 clássico, o meia-central arranca elogios de pessoas como Maradona e Riquelme, ídolos do seu maior rival Boca Juniors.

– Se eu tivesse que escolher alguém que se destacasse na liga seria Nacho. Ele tem uma camurça no pé – afirmou Maradona, no fim de 2019.

– Ele é o melhor jogador do futebol argentino – completou Riquelme.

Alan de Oliveira

Twitter: @alan_deoli

Instagram: @alanvinioli

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