Na última segunda-feira (1), o documentário “Don Diego – Carne , osso e coração” foi exibido no Festival Cinefoot, no Museu do Futebol, com presença do próprio Lugano, sua esposa, autores do documentário, e torcedores.
Sobre o documentário, o ídolo são-paulino revelou que ainda não tinha assistido: “Eu ainda não havia visto. Peço desculpas ao pessoal da comunicação do São Paulo, que fez tanto esforço para produzir, mas quando o jogador de futebol para de jogar é quase uma morte. Tem uma instabilidade emocional. Eu não estava muito preparado para receber essa homenagem, vi o trailer e já me emocionou. Minha família, sim, meus amigos viram e se emocionaram. Já passaram dez meses, estou em outra fase, então tomara que não me pegue tanto”.
À torcida do São Paulo, como eu sempre falo, obrigado por tanto e perdão por tão pouco”, ainda disse o ídolo do São Paulo.
No evento, Diego Lugano que acabou sendo aplaudido de pé no final da apresentação do documentário, conversou com a imprensa e falou sobre o momento do São Paulo.
Resultado mais, resultado menos, o São Paulo é um time com identidade. É o mais importante, algo que o São Paulo não vinha tendo nos últimos anos. Hoje sabemos para que jogamos, sabemos o que vamos fazer. Isso é o principal em qualquer time de futebol. Nos dá a tranquilidade de que o time vai brigar até o último minuto pelo Brasileirão, com todo o coração”, revelou o ídolo são-paulino.
Com decisões pela frente, a primeira no Choque Rei neste sábado (6), Lugano deixou sua opinião: “Essa é a semana sonhada por todo jogador. Brigar na ponta da tabela, toda a expectativa… Acho que é o jogo que qualquer jogador do mundo gostaria de jogar. Não falta motivação, a motivação vem sozinha”.
Atualmente diretor do São Paulo, o uruguaio lembrou período de sucesso do São Paulo nos clássicos e citou mudança: “A gente teve a sorte de ter um grande grupo e ficar muitos anos com supremacia em clássicos. Naquela época, não soube o que era perder um clássico. Mas era outra época, outro momento. Hoje mudou, os rivais são mais competitivos, essa é a realidade, eles têm crescido”.
Lugano em conversa com o LANCE! reclamou bastante sobre a arbitragem do futebol brasileiro: “Historicamente, o São Paulo entende que as coisas têm que acontecer por honra, pelo bem-comum, por honestidade. Os erros acontecem, mas minha experiência nos últimos anos no São Paulo é tremenda. No ano passado estávamos desesperados e nunca vi um time grande que não tem uma interpretação a favor. Não teve um lance interpretativo, pelo menos desde que cheguei ao São Paulo há três anos, a favor. Nunca deram para o São Paulo. Falo de lances decisivos, lances de expulsões, de pênaltis. Não falo de um cartão amarelo dentro de campo”.
Ainda relembrou o Brasileirão de 2005, quando o São Paulo estava focado no Mundial que disputaria naquele ano, portanto ‘abandonou’ a competição, mas citou toda a corrupção que teve naquele ano: “Veja os dois pênaltis do Inter contra a Chapecoense, o segundo foi incrível. O gol do Internacional contra o Corinthians, com cinco jogadores impedidos, ou o gol de ontem (domingo). Eu era da época de quando o Internacional perdeu o campeonato (referindo-se ao Brasileirão de 2005) e quase quebraram o joelho do Tinga, e o juiz expulsou o Tinga. Talvez, tenha sentimento de culpa. Aquele campeonato ficou manchado. Você lembra daquele ano dessa forma. Não perde um time, perde o futebol. Hoje, temos um campeonato que está sendo, sempre é na verdade, com esse problema. Agora está mais evidente porque tem mais times brigando lá em cima”.
Vale ressaltar que Lugano ‘desfalcou’ o São Paulo nos jogos contra América-MG e Botafogo devido a suspensão após pressionar o árbitro no jogo contra o Fluminense, pegou 15 dias de suspensão, retornando assim no clássico.
Entrevista do Lugano:
