Igor Liziero concedeu entrevista ao jornalista André Hernan e abriu o jogo, falando da mudanças ocorridas em sua vida, profissional e consequentemente na pessoal. Numa semana estava em casa, de férias, na outra, estreava pelo time profissional do São Paulo FC. Recebeu uma mensagem do Alexandre Pássaro o chamando para treinar porque Edimar e Reinaldo estavam machucados e não pensou duas vezes, foi correndo para o CT da Barra Funda.
Fiz um treino na sexta, um no sábado e domingo estava estreando contra o RB.
O garoto ainda se sente meio sem jeito com o reconhecimento das pessoas e promete tentar se acostumar com as pessoas querendo tirar foto com ele! Quanto ao novo treinador, disse que ele mandou ficar tranquilo, para fazer no profissional, o mesmo que fazia na base, haverá erros, mas para sempre dar o sangue que dará certo. A sua inspiração vem do jogador de futsal Falcão, já que jogava essa modalidade desde os 07 anos. Sempre tentou imitá-lo. No campo, se espelha em Xavi e Iniesta:
Quando comecei a ir para o campo, um jogador que via bastante, falava que era diferente, era o Xavi. Pelo jeito que ele jogava, a inteligência que ele tinha de posicionamento, não errava passe. Ele, Iniesta, jogadores assim eram os que eu mais gostava de ver.
Espero ganhar títulos no São Paulo, é o clube que me criou, estou desde os meus 12 anos e minha cabeça está só no São Paulo. Quanto ao pênalti perdido no clássico da semifinal, diz que assumiu a responsabilidade, foi um baque muito grande, mas acha que bateu certo, o goleiro que foi bem. Ficou sem dormir, mas acha que isso vai ajudá-lo na frente. Teve o apoio de todos do elenco e isso servirá de lição.
Acho que bati sério, firme, forte, e o Cássio foi bem. Depois que ele pegou, eu senti muito, porque você vem numa crescente rápida e já toma esse baque.
No primeiro jogo da semifinal, quase não acreditou quando ouviu a torcida gritando seu nome:
No primeiro jogo contra o Corinthians, quando saí com cãibra, ouvi a torcida gritando meu nome… Na hora, nem tinha percebido, depois passou um filme. Desde os 12 anos no São Paulo, trabalhando para estar um dia aqui e ter um reconhecimento em um clássico, a torcida gritando meu nome, isso motiva muito para treinar mais, trabalhar mais e ser campeão neste clube.
Confira a entrevista completa, ele até tocou cavaquinho e cantou:
Deuzana Rodrigues.