Leão critica termo ‘Soberano’, mas faz elogia: “O São Paulo é um lar muito bom de se viver”

(Foto: Reprodução | Fox Sports)

No ‘Aqui com Benja’ do canal Fox Sports, Emerson Leão falou sobre diversos assuntos da sua carreira como jogador e treinador, atual momento na vida, e durante a conversa, o apresentador Benjamin Back comentou sobre momento do São Paulo e as duas passagens do técnico no clube.

O último grande clube que Emerson Leão trabalho foi o São Paulo em 2011-12, depois passou apenas pelo São Caetano, e ainda foi consultor rapidamente na Portuguesa.

Último campeão Paulista como técnico do São Paulo, isso em 2005, Emerson Leão comentou sobre o momento que vive a equipe do Morumbi: “Eu não sei o que está acontecendo ainda, só sei que o São Paulo é um lar muito bom de se viver, é uma casa muito boa de se trabalhar, apenas eu acho que eles arrumaram tanta confusão politicamente lá, que sai presidente, entra presidente, sai treinador, sai jogador, volta alguns jogadores, agora está o Raí lá comandando, está o Vagner [Mancini], por sinal essa semana conversei com ele, está chegando o Cuca…”

Leão citou a arrogância que atrapalhou andamento do clube: “Depois que a palavra Soberano começou existir dentro do São Paulo, alguns acharam que era verdade, todo mundo falava ‘O Soberana tal’, não, o São Paulo é maravilhoso para trabalhar, dá tudo para os jogadores, para o treinador, mas eu acho que tem escolhido as peças erradas para o lugar errado, os dirigentes errados pro lugar errado, então às vezes o cara não é um bom presidente, serve para um bom diretor”.

Ao ser questionado sobre Leco, Leão falou: “O Leco tenho pouco contato, particularmente pouquíssimas vezes conversei com ele, e ele comigo, portanto não tenho opinião formada sobre ele, mas eu escuto muito falar, a arquibancada falar sobre o Leco, e eu vejo que ele não está em uma fase favorável não”

Sobre o Juvenal Juvêncio ter sido bom presidente, Leão opinou: “Não, foi um bom diretor de futebol, um bom construtor de coisas, mas achava que era Deus, agora fez muita coisa pelo São Paulo e tem que ser reverenciado sim, mas no final não estava legal, como presidente se iludiu”.

O caso Paulo Miranda em 2012 gerou a demissão do Emerson Leão, e o técnico lembrou: “Ele [Juvenal] vai direto? Manda recado… Foi o seguinte, estávamos concentrados, tinha um atleta, o Paulo Miranda que estava escalado, ele mandou avisar: ‘Esse jogador não joga mais no São Paulo, pode tirar da concentração’, ai eu falei: ‘É, mas não vou tirar não… Agora se eu for tirar por exigência dele, ele nunca mais vai nem treinar, se não pode agora, não pode continuar, manda para outro clube, pois você está tirando’, fomos jogar, ganhamos de 3, ele não jogou, no treino não apareceu, mas ainda avisei que se voltar para treinar, no meu time joga, ele é o titular, até estava quebrando o galho de lateral-direito. Conclusão, logo em seguida ele me mandou embora, por isso lógico, apelei com ele, falei algumas que ele nunca ouviu, ai o que acontece, esse rapaz, Paulo Miranda, ficou mais uns três anos no São Paulo e o time ainda vendeu ele, teve lucro, quem estava certo?”

Logo após a conquista do Paulistão 2005, Leão deixou o São Paulo para treinar um time no Japão e confirmou que foi devido a um amigo: “Lógico que foi, era uma gratidão que eu tinha, o rapaz ficou um mês na arquibancada me esperando, falei com o presidente e ele me autorizou, fiquei três meses e esse rapaz brigou lá, dai saiu e levou todo mundo junto, quando eu voltei para o Brasil, o São Paulo estava muito bem, eu sabia que seria campeão, até depois de uns dias o Autuori me ligou, nos conversamos também, e acabou merecidamente sendo campeão da Libertadores e Mundial, eu não fui, mas eu iniciei também, dei colher de chá e fiquei muito satisfeito”.

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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