Injustiçado pelo São Paulo. É assim que todos passaram a pensar após a fala de Ederson sobre sua dispensa do São Paulo. Hoje segundo goleiro da Seleção Brasileira, o jogador passou pelas categorias de base do tricolor e conta que foi dispensado do clube pelo celular com apenas 15, fazendo com que o jogador ficasse traumatizado e quase desistisse de seguir no ramo.
– Sou de Osasco e tive uma passagem de quatro anos pelo São Paulo. Infelizmente, fui mandado embora por telefone, uma coisa que me deixou bem chateado. Tinha 15 anos na época e não soube lidar bem com aquilo.
Coincidentemente a memória foi exposta justamente no dia em que Ederson treinou junto à seleção no CT da Barra Funda, local que o jogador sonhava em chegar naquela época.
– Aquilo pesou muito. Eu não estava em casa na hora. Foi a minha mãe que atendeu. Quando cheguei, ela não sabia como me informar. Acabou falando, e fui para o meu cantinho chorar muito. Passei um mês tranquilo, em casa, esquecendo o futebol. Depois, voltei para o terrão, para a escolinha do meu bairro, que me revelou. Foi ali que comecei a me erguer de novo, aí surgiu a Europa, e agora estou na Seleção.
Quem sai perdendo nesta história é o próprio tricolor, que hoje vê seu dispensado jogador sendo transferido do Benfica para o Manchester City como a segunda venda mais cara de um goleiro na história do futebol. Foram 40 milhões de euros (145 milhões de reais), e nesta transição, o time do Morumbi deve lucrar cerca de 1 milhão.