Amor ao clube, amor à camisa… “Aqui é São Paulo e Piii!!!” O torcedor é feliz com pouca coisa, não é mesmo?! Mas com certeza, cada uma dessas coisas importam. Hoje o futebol vislumbra a despedida de um dos maiores ambidestros de sua história e o São Paulo… de um de seus heróis.
O meia vestiu a camisa do clube em 330 partidas, marcando 56 gols, além de erguer três títulos: os Campeonatos Brasileiros de 2007 e 2008, além do Campeonato Paulista de 2021. Também foi figura importante em 2017, quando ajudou o time a escapar do rebaixamento.
Hernanes é o quinto maior artilheiro do São Paulo no século XXI. A frente dele, estão Luis Fabiano (212), Rogério Ceni (112), França (69) e Dagoberto (61). (Fonte: Gazeta Esportiva)
São raríssimas as vezes na história desse esporte em que os “números” comunicam menos que a postura de um atleta como fora escrita a trajetória do profeta tricolor. Em 2017, Hernanes protagoniza um dos seus maiores momentos como ídolo são-paulino.
Entre altos e baixos nos últimos dez anos, o clube paulista ainda lida com uma má gestão de futebol. Com dívidas construídas em cima de mais dívidas e lá no fundo, sempre presente, a esperança de mais de vinte milhões de corações que mantém. Consolidam e asseguram toda a grandeza do São Paulo Futebol Clube. Mas em um dos cenários mais caóticos da equipe, o profeta deixa a China e nela todas as suas regalias para dizer ao torcedor são-paulino que seria possível. O profeta tricolor fez ser possível.
Anderson Hernanes de Carvalho Viana Lima foi e é símbolo de um São Paulo que resiste, que é do tamanho de sua força e que não poderia passar pela berlinda de um rebaixamento. Ou seja, em 16 jogos com o meia, que não foi desfalque naquela temporada. Pois o São Paulo obteve oito vitórias, cinco derrotas e três empates. Conquistou 27 pontos de 48 possíveis, com um aproveitamento de 56,2%. Hernanes foi eternizado no coração do torcedor.
Para além da idolatria, o torcedor também guarda do atleta um coração vermelho, branco e preto. Que sempre respeitou o clube e que hoje pendura as chuteiras pondo seu nome em caixa alta no peito e na história do São Paulo Futebol Clube, assim como de seus torcedores. Mas a saudade nos permite lembrar que Hernanes frequentemente aparecia na hora “H” de cada partida e cada momento como esse trazia o sentimento de amor e raça que abraçava o Morumbi. “H” de Hernanes, “H” de Herói.