Diniz lamenta arbitragem, fala sobre atuação e diz: “O que incomoda mais são as partidas sem vencer”

(Foto: Paulo Pinto / saopaulofc.net)

O São Paulo empatou o clássico contra o Corinthians em 0 a 0 no Estádio do Morumbi, e logo após a partida, o técnico Fernando Diniz, em meio a tantas entrevistas do elenco, e dos dirigentes, o treinador são-paulino falou na coletiva de imprensa.

Sobre o jogo

“A gente precisa vencer o jogo, e para vencer precisa fazer gol. Eu não atribuo a um elemento ou outro. Temos que melhor coletivamente. A bola vai passar a entrar. Estamos criando, temos que insistir. No final do segundo tempo sofremos, que foram os dois lances mais perigosos dele em jogadas de inversão nas laterais. O Igor Gomes e Toró entraram bem. O Liziero jogou uns oito minutos. Nesse tempo tivemos dois escanteios, um chute do Bruno Alves e um pênalti. O time melhorou, era o que eu achava que ia acontecer. A engrenagem tem que rodar como um todo. Futebol não é matemática, se não colocaria dez atacantes e ia fazer gol.”

Recado

“Precisamos ganhar, porque o torcedor quer mais ganhar do que jogar bem. Mas acho que jogando bem a gente aumenta as chances de ganhar. Nesse sentido, estamos no caminho certo. Espero muito que a gente consiga ganhar, o torcedor merece. Está tudo certo me chamar de burro, mas preciso ter coragem de fazer o que estou enxergando. O time não piorou com a entrada do Liziero ”

Críticas para a arbitragem

“Mesmo com os erros de arbitragem, poderíamos ter vencido os três jogos, perdemos muitos gols. Isso me incomoda mais. Mas é lamentável o erro de arbitragem. Era muito fácil de apitar o pênalti do Igor. Como ele ficaria de pé no lance? Impossível. Lance extremamente fácil. A outra crítica em relação a arbitragem. O Corinthians retardou o jogo desde o início. Ele foi dar um cartão para o clássico quando tinha 90 minutos”

“Ele não queria apitar o jogo, quando mais ficasse parado, parece que era o que ele queria que acontecesse. Interferiu diretamente no resultado. Isso revolta. Não foram erros difíceis, inclusive o do Santo André. Hoje o pênalti ia definir e coroar o time que jogou melhor. O São Paulo foi melhor, merecia sair vencedor. O que incomoda mais são as partidas sem vencer.”

Três jogos prejudicados

“Nesses momentos, nesses três jogos, fez muita falta. A gente não sabe quanto custa os recursos. Temos um quadro de bons árbitros em São Paulo. Mas a maneira como foram escalados, não dá para entender o critério. Era o único clássico da rodada, espera-se que se coloque o melhor para apitar. É o que o jogo exige. É um cara que vai determinar muita coisa na partida, como determinou. Foi determinante para o São Paulo não sair vencedor. Não gosto de colocar na arbitragem, mas, da maneira que foi, foi determinante. Tem que apitar o melhor. Se você erra com o melhor, é diferente. A maneira como estão sendo escalados é contestável”

Sobre Antony

“O Antony está com a cabeça boa, não foi pego de surpresa. Ele queria muito jogar, eu também, mas por precaução resolvemos preservar. Ele vai ajudar, está focado, tem uma identificação forte com o clube, ele queria jogar hoje”.

Cobranças

“Esse é o debate que a imprensa tem que fazer. Parar de analisar o resultado. Um dia o São Paulo pode jogar mal, ainda não jogamos no campeonato. Além do jogo com o Palmeiras, fomos dominantes nos demais, era para ter vencido todos pelo o que jogou. Se acontecesse um deslize em outro jogo, aí todo mundo esquece o processo todo. O futebol aqui não vai mudar enquanto não conseguirmos distinguir trabalho de resultado. Tem que ganhar? Claro. Todos sabem. O torcedor quer que ganhe. Mas se pudermos ganhar jogando, construindo, mais feliz ele vai ficar. Eu falo da lei da probabilidade. Quando você cria mais chances que o adversário, você está mais perto de ganhar. O trabalho do treinador é isso, se não seria um jogo de certeza. O futebol e a vida são coisas bonitas por isso, não temos certeza de nada”.

Salário em dia prejudica?

“O São Paulo tem um caminho, os jogadores se dedicam, são profissionais, têm qualidade, uma base que sempre nos socorre, o staff é muito bom, diretoria, todos caminhando juntos. Temos que insistir nas coisas certas. É isso o que eu penso na vida e no futebol. Temos que lutar pelo certo. Às vezes o certo não acontece o resultado. É tipo o cara que se cuida, se cuida, se cuida, e por um motivo foi atropelado, morreu, teve um infarto, a vida não tem garantias, o futebol não te dá garantias. Acredito que na persistência somos premiados no final”.

Cobranças do Torcedor

“Para o torcedor é muito difícil, ele quer ganhar. O torcedor do São Paulo está há mais de uma década sem ganhar títulos importantes. Mas, mesmo sendo difícil, o São Paulo saiu aplaudido contra o Novorizontino. O jogo contra o Santo André dividiu as opiniões. O torcedor do São Paulo não tem orgulho do resultado, tem orgulho do que vê em campo. Mas precisamos ganhar, porque o torcedor quer mais ganhar do que jogar bem. Mas acho que jogando bem a gente aumenta as chances de ganhar. Nesse sentido, estamos no caminho certo. Espero muito que a gente consiga ganhar, o torcedor merece. Tá tudo certo me chamar de burro, mas preciso ter coragem de fazer o que estou enxergando. O time não piorou com a entrada do Liziero. O torcedor queria ganhar o jogo. Eu estou aqui para o momento que o torcedor precisar xingar, não tenho críticas ao torcedor”.

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.