Análise do reforço – Éverton

(Foto: Érico Leonan / saopaulofc.net)

O atacante Éverton, 29 anos, foi contratado pelo São Paulo por cerca de R$ 15 milhões para o Flamengo, clube que ele defendeu nos últimos quatro anos.

Em 2007, Éverton fez uma boa Copa São Paulo Jr pelo Paraná e foi promovido para os profissionais da equipe por Zetti, o ex-goleiro e ídolo são-paulino, naquele ano a equipe paranaense estava na Série A e disputava a Copa Libertadores, em julho daquele ano atuou pela seleção brasileira no Mundial sub-20 que ocorreu no Canadá, e despertou interesse de vários clubes, porém o Paraná só foi libera-lo após o rebaixamento, portanto foi para o Flamengo em 2008.

Revelação em 2007, Éverton chegou com moral no Flamengo, inclusive fez uma grande estreia, mas foi perdendo espaço durante a temporada e em 2009, com Cuca, o então meia Éverton se destacou por sua versabilidade, atuou em diversas funções na temporada, conquistou o Campeonato Carioca como reserva, e ainda naquele ano foi titular improvisado da lateral-esquerda, se machucou, mas voltou no jogo do título Brasileiro daquele ano.

Mesmo terminando 2009 com certa moral, foi negociado com o Tigres do México em 2010 por cerca de R$ 10 milhões, mas não durou muito, acabou emprestado para o Botafogo em 2011, depois Suwon 2012 e Atlético-PR em 2013, neste último fez uma boa temporada, seu time foi vice-campeão da Copa do Brasil e terceiro do Brasileirão.

Em 2014 retornou para o Flamengo e de lá não saiu mais, versátil, Éverton engatou atuando como um atacante pelo lado esquerdo do campo, e mesmo considerado ‘jogador para compor elenco’, o atleta assumiu a posição do time e não saiu mais, de 2014 até 2018 foram 204 jogos, 34 gols marcados e 30 assistências, sendo o líder de assistência do time em 2017 com 13.

Éverton, conhecido como ‘motorzinho’ devido sua velocidade, nunca foi unanime entre os torcedores, mas sempre foi respeitado por eles devido a sua intensidade e entrega nas partidas, além de números expressivos como mostra acima. Outro fator importante é que o atleta costuma fazer gols em clássicos, ou seja, crescia em momentos que a torcida mais queria.

Em campo, Éverton é justamente o que mostram os números: voluntarioso, versátil, velocistas, tudo que faz com que ele seja importante taticamente, colaborando na criação das jogadas como na recomposição da linha pelo lado do campo, o jogador que muitos treinadores sonham em ter.

Ao mesmo tempo, Éverton nunca foi acima da média, e mesmo com número expressivo em alguns setores, conta com outros que não ajudam como o alto número de cartão amarelo, foram 17 em 2017, cruzamentos errados, foram cerca de 137 no Brasileirão 2017, sendo o quarto que mais errou, mas até aí Nene era o líder com 164,  e o alto número de impedimento, o que justifica o fato citado acima de não ser unanime para alguns.

Ponto positivo: É versátil e cumpre as exigências táticas dentro de um jogo, jogador veloz que serve de desafogo em momentos da partida e é conhecido por ter muita entrega dentro de campo.

Ponto negativo: Joga de cabeça baixa em alguns momentos e ocasiona o citado acima, erros de cruzamento, impedimento e faltas bestas, mas com quase 30 anos, talvez possa amadurecer.

Analisaremos também o uruguaio Gonzalo Carneiro, fiquem atentos… E quiser agregar nas análises ou até corrigir, pode comentar!

Qual será o Éverton do São Paulo?

Fábio Martins

 

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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