O São Paulo está cada vez mais próximo de anunciar oficialmente seu acordo com a fornecedora de material esportivo Adidas. Nesta sexta-feira (2), o clube comunicou que a proposta da empresa alemã foi aprovada pelo Conselho de Administração, restando agora somente o aval do Conselho Deliberativo para concretizar de vez o contrato.
Será a terceira passagem da Adidas pelo Tricolor do Morumbi, que, no fim do ano passado, anunciou o encerramento da parceria com a Under Armour para este ano. A mudança agradou grande parte dos torcedores, que aguardam ansiosos pelos próximos modelos do manto tricolor.
Aproveitando o acordo iminente entre Adidas e São Paulo para 2018, preparamos uma linha do tempo com todas as marcas que já foram responsáveis por confeccionar as camisas do Tricolor Paulista. Desde 1960, quando o clube passou a firmar acordos para produção de uniformes, já passaram pelo Morumbi um total de 11 fornecedoras diferentes. Se lembra de todas elas? Confira!
1960 – 1967: Athleta
A primeira fornecedora de material esportivo da história do São Paulo foi a brasileira Athleta. Fundada em 1935, a empresa também foi responsável por produzir os uniformes da Seleção Brasileira entre 1954 e 1977, vestindo o Brasil em seu tricampeonato da Copa Mundo em 1958, 1962 e 1970. Na época, a confecção era totalmente artesanal e não havia um contrato firmado entre a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e a empresa.
Antes de 1960, o São Paulo era responsável pela produção dos próprios uniformes. No Tricolor, a história da Athleta não foi tão rica quanto na Seleção, visto que a equipe não conquistou nenhum troféu durante sua passagem. Mesmo assim, o nome da marca ficou na história do clube.

1968 – 1972: HerinGol
A seguir, o Tricolor teve seus uniformes produzidos pela HerinGol, uma marca específica de produtos esportivos da empresa Hering, especializada em moda adulta. Muito presente nos anos 70, a HerinGol foi responsável pela confecção de uniformes de outras equipes como Palmeiras, Corinthians e Vasco, durante a década. Atualmente, esse ramo esportivo da Hering não existe mais.
1972 – 1973: Scratch
Outra empresa brasileira que não produz mais uniformes de futebol, a Scratch vestiu o Tricolor por breves dois anos, entre 1972 e 1973, após a saída da HerinGol.
1974 – 1977: Penalty
Em 1974 se iniciou a primeira de quatro passagens da Penalty pelo São Paulo. Criada em 1970, a marca pertence à empresa brasileira Cambuci. Recém criada em 1974, o Tricolor apostou em seu crescimento quando firmou o primeiro acordo com a empresa.
Muito envolvida com outras modalidades como basquete, vôlei e handebol, a Penalty sofreu mudanças ao longo de sua trajetória. No ano de 2011, a marca assumiu de vez o foco no futebol e, principalmente, com o Brasil.
1977: Terres
Após a passagem da Penalty, o São Paulo teve seus uniformes produzidos por mais uma fornecedora nacional, a Terres. Foi uma passagem relâmpago, que durou menos de um ano, durante 1977.
Encontrar camisas da Terres é extremamente difícil, pois nessa época não haviam os logos das marcas presentes nos uniformes.
1978 – 1980: Dell’erba
A Dell’erba foi a sexta fornecedora do São Paulo em um período de 20 anos. Também sediada no Brasil, a empresa foi a responsável por confeccionar o uniforme da equipe campeã nacional de 1977. Isso porque a final do torneio acabou sendo disputada somente em 5 de março de 1978. Na ocasião, o Tricolor derrotou o Atlético-MG nos pênaltis por 3 a 2, após empate sem gols no tempo normal.

1981 – 1984: Le Coq Sportif
A partir de 1981, o São Paulo passou a estampar a marca da fornecedora na parte frontal do uniforme. A primeira a ter a honra foi a Le Coq Sportif, que permaneceu no Tricolor até 1984.
De origem francesa e fundada ainda no século 19, em 1882, a Le Coq foi a primeira fornecedora estrangeira da história do São Paulo.

1985 – 1991: Adidas
A ‘velha’ nova fornecedora do Tricolor Paulista em 2018 teve sua primeira passagem pelo clube entre 1985 e 1990. A empresa alemã, que tem o registro de fundação em 1949, viveu muitas glórias nesse período com o São Paulo.
Responsável pelo uniforme do bicampeonato do Brasileiro em 1986 e de três títulos do Paulista em 1985, 1987 e 1989, a fornecedora se retirou da equipe em maio de 1991.
Darío Pereyra, campeão brasileiro em 1986 pelo São Paulo, vestindo Adidas. (Foto: Arquivo histórico São Paulo FC)1991 – 1996: Penalty (2ª passagem)
A Penalty retornou ao São Paulo no meio de 1991 e permaneceu por mais cinco anos produzindo os mantos do Tricolor. Privilegiada por fazer parte de um dos períodos mais vitoriosos do clube, a marca é lembrada até hoje por ter confeccionado os uniformes do bicampeonato da Libertadores da América e Bicampeonato Mundial, em 1992 e 1993.
Telê Santana, comandante do São Paulo nos títulos da Libertadores e Mundial em 1992 e 1993; São Paulo vestia Penalty. (Foto: Reprodução)1996 – 1999: Adidas (2ª passagem)
Em abril de 1996, a Adidas substituiu a Penalty e retornou ao clube após se retirar em 1990. Durante os três anos que permaneceu durante a segunda passagem, o São Paulo sagrou-se campeão do estadual em 1998, em jogo marcado pelo retorno do ídolo Raí ao seu time de coração.

1999 – 2002: Penalty (3ª passagem)
Novamente, a Penalty assumiu o lugar que era da Adidas, em março de 1999. O contrato firmado se estendeu até dezembro de 2002.
2003 – 2005: Topper
Em 2003, quando o São Paulo assinou contrato com a empresa brasileira Topper, se encerrou um período longo de 17 anos do Tricolor vestindo Adidas e Penalty alternadamente.
Fundada em 1975, a Topper participou de outro momento glorioso da história do São Paulo: a tríplice coroa em 2005, com os títulos do Paulista, da Libertadores e do Mundial Interclubes. A vitória por 1 a 0 diante do Liverpool, no Japão, em 18 de dezembro daquele ano, representou a última partida oficial da equipe vestindo o uniforme produzido pela Topper.
Mineiro marcou o gol do título mundial diante do Liverpool; Na época, o Tricolor vestia Topper. (Foto: Reprodução)2006 – 2012: Reebok
A empresa inglesa Reebok assumiu a produção de camisas do São Paulo no início de 2006 e permaneceu até dezembro de 2012. O total de sete anos completos em parceria com o clube fizeram do acordo o mais duradouro desde o primeiro, entre 1960 e 1967 com a Athleta.
Fundada em 1895, a empresa foi comprada pela Adidas, mas continua desenvolvendo sua marca e tecnologia de forma independente. Como conquista, no período que esteve com o São Paulo, o tricampeonato seguido do Campeonato Brasileiro entre 2006 e 2008.

2013 – 2015: Penalty (4ª passagem)
Anunciado o término do contrato com a Reebok, a Penalty retornou ao Morumbi para sua quarta passagem. Dessa vez, a menor de todas elas: apenas dois anos e três meses, entre janeiro de 2013 e março de 2015.
2015 – 2018: Under Armour
Após uma saída turbulenta da Penalty em 2015, houve uma grande disputa entre fornecedoras para assinar contrato com o São Paulo. Surpreendendo à todos, a diretoria Tricolor apostou na norte-americana Under Armour, relativamente jovem no cenário futebolístico.
Fundada em 1996, a empresa firmou seu primeiro acordo em solo brasileiro justamente com o São Paulo, que deveria se estender até 2019. No entanto, no fim do ano passado, o clube anunciou o fim do vínculo, devido à discordâncias entre ambas as partes.
Foi anunciado que o Tricolor poderia utilizar os uniformes da marca até junho deste ano enquanto buscaria por um novo acordo.

2018: Adidas (3ª passagem)
Há poucos dias a diretoria do São Paulo divulgou acordo entre o clube e a Adidas, que fornece atualmente os uniforme do rival Palmeiras. Com a saída do time alviverde, a empresa alemã ficou livre para negociar com o Tricolor.
A informações que circulam dão conta de um contrato de cinco anos, que deverá perdurar até o fim de 2023. Os valores giram em torno de 20 milhões por ano, com 26% de royalties por produto, podendo atingir os 30%. Isso significa que quanto mais o São Paulo vender, mais vai arrecadar.
Raí e Ricardo Rocha comemoram acordo com a Adidas. (Foto: Divulgação/Twitter)Quais as camisas mais bonitas da história do São Paulo? Empolgado com o retorno da Adidas? Participe, deixando seu comentário!
Álvaro Logullo
Eu sempre pensei que a rainha havia patrocinado o tricolor nos anos 1970, já que tem fotos com membros da equipe técnica estampando a marca…