A bomba relógio da Soberania

Os últimos presidentes do São Paulo, Leco, Juvenal Juvêncio e Aidar, os três da mesma chapa. (Foto: Divulgação)

Que temos problemas dentro e fora de campo é inegável, todos os clubes tem. Acontece que, pelo menos os nossos, não aconteceram da noite do pro dia.

Desde a saída de Marcelo Portugal Gouveia, em 2006, tivemos péssimas administrações, vindo por Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aidar e agora Leco, mas isso será abordado mais a frente neste texto.

Em 2008, após a conquista do inédito tri-hexa, achávamos que estava tudo bem, o termo ‘Soberano’ passou a ser usado em filmes e algumas campanhas, a diretoria do São Paulo relaxou depois daquilo. Quatro anos depois, viria a conquista da Copa Sul Americana, e novamente, relaxaram. A sensação passada ao torcedor comum foi: ‘tudo bem lutar contra o rebaixamento em 2013, temos um novo ano pela frente.’
Em 2014: ‘tudo bem esbanjar rios de dinheiro que não poderiam ser gastos e contratar os principais jogadores por empréstimo, fomos vice-campeões e teremos um ano novo pela frente.’
Em 2015: ‘tudo bem vender metade de um time no meio do campeonato, não repor a altura e perder de forma vexatória para o maior rival, teremos outro ano’
Em 2016: ‘tudo bem perder os principais jogadores do time, vamos contratar alguns medianos, empurrar com a barriga e lutar para não cair, afinal, chegamos na semifinal da libertadores e teremos outro ano pela frente’
Em 2017: ‘tudo bem vender metade do time, contratar outra metade no meio do campeonato e lutar para não cair, temos 2018 pela frente’.

Os dirigentes atuais precisam acordar, não podem apenas dormir com as glórias do passado, precisam pensar no agora e no futuro. A sensação que passam é que sequer ligam, que dormem no papo de ‘camisa que entorta varal’, que tudo como está agora está bom e que ‘depois’ resolvem, mas o depois nunca chega.

Parece um ciclo vicioso, onde todo ano é a mesma história, parece interminável. Atacar a atual diretoria não é a coisa que resolverá nossos problemas, não sairemos da zona do rebaixamento apenas com a saída de Leco, para lembrar, os 3 últimos presidentes eram da mesma chapa.

Então a solução é eleger alguém da oposição? E a resposta é: não. Pimenta, após a eleição, também se aliou a Leco “pró São Paulo”, o que está errado é a forma como as eleições acontecem, situação x oposição, o que está errado são as pessoas que concorrem a este cargo, onde muda rosto e nome, mas continua a mesma coisa, o São Paulo infelizmente está preso a está bomba relógio que foi plantada em 2006 e que precisa urgentemente ser desarmada.

por Igor Narciso

Twitter: @igornrcs

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