O São Paulo entrou o ano de 2020 literalmente com a corda no pescoço e uma meta de arrecadação maior do que a de outros clubes como Flamengo, Corinthians e Palmeiras. Falando em números o Tricolor pretende arrecadar cerca de de 33 milhões de euros com transferências aproximadamente R$ 155 milhões de reais.
Mesmo diante desse projeto maior em relação aos outros, e com propostas européias do Ajax, Borussia Dortmund ou RB Leipzig direcionadas à uma das jóias da base, o torcedor se pergunta: ‘E por qual razão que o time não aceitou vender Antony?”
A resposta é simples, as ofertas que chegaram não foram compatíveis com a expectativa da diretoria Tricolor. O melhor valor oferecido foi do clube holandês AJAX que era 25 milhões de euros. No entanto, a oferta envolveria os 20% de David Neres e 5 milhões de euros seria metas a serem atingidas por Antony. Vale destacar que São Paulo e Ajax seguem negociando para janela do meio do ano.
Outro fator nos remete a uma entrevista concedida no começo do mês de janeiro pelo gerente de futebol Alexandre Pássaro. Ele explica que os talentos da base não estão na liquidação e que mesmo diante da atual situação financeira do Tricolor não serão aceitas qualquer proposta.
Confira o trecho da entrevista abaixo:
“ A gente sentiu que, vendo as notícias que estavam circulando por aí, da questão do déficit, da necessidade de vendas, o mercado estava apostando nisso para talvez trazer valores para baixo pelos jogadores. Por isso que a gente acabou não concluindo algumas situações. Por mais importante que seja o exercício fiscal, sentimos que não faria sentido depreciar um ativo nosso. Os jogadores do São Paulo, principalmente os mais novos, estarão sempre girando no mercado, entre os clubes grandes de fora. Mas o mais importante disso é ratificar que o São Paulo tem ativos. Se a gente quisesse resolver a nossa questão do dia para a noite, a gente podia fazer um pool de ativos e colocar tranquilamente R$ 300 milhões para dentro, mas não é o que a gente quer. Não é do que o São Paulo vive. O nosso desafio é encontrar o balanço entre vender os atletas na hora certa, pelo preço adequado, sem prejudicar o clube. Independentemente se algum jogador sair, o mais importante é que a estrutura do time vai continuar“.