Análise do adversário – Colón-ARG – Sul-Americana 2018

(Foto: Divulgação)

O adversário do São Paulo na segunda fase da Copa Sul-Americana 2018 é o Colón, da Argentina, o primeiro jogo ocorre nesta quinta-feira (2) no Morumbi e a volta no dia 16/08 na Argentina.

VEJA ⇒ Pré-jogo do jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana

A temporada 2017-18 do Campeonato Argentino se encerrou no dia 14/05, com vitória do Colón sobre o Racing, fora de casa, 3 a 1, fechando assim a temporada do clube argentino na 11ª posição, foram 27 jogos com 11 vitórias, 8 empates e 8 derrotas, 32 gols marcados e 22 sofridos. Ao todo na temporada foram 30 jogos, 13 vitórias, 9 empates e 8 derrotas, 36 gols marcados e 23 sofridos, também vale ressaltar que o time recebeu 62 cartões amarelo e teve 3 expulsões. Os números contam com a primeira fase da Sul-Americana, quando o Colón tirou o Zamora da Venezuela com duas vitórias, 1 a 0 em casa e 2 a 0 fora de casa.

Após fim da temporada e a pausa da Copa do Mundo, o Colón atuou apenas uma vez, foi recentemente, foi na Copa da Argentina no dia 21/07, quando a equipe empatou em 1 a 1 com o Deportivo Morón, gol marcado pelo Javier Correa, abriu o placar, mas sofreu empate, e o Colón só conseguiu classificação após vencer de 4 a 3 nos pênaltis.

O Colón segue comandado pelo jovem técnico, o ex-zagueiro Eduardo Domínguez que assumiu o time na temporada 2016-17 e tem feito bom trabalho na equipe argentina. Na janela de transferência, o time perdeu peças importantes como o goleiro da seleção equatoriana, parceiro de Arboleda, Alexander Dominguez, o zagueiro Germán Conti que foi negociado com o Benfica, o  meia Cristian Guanca com o futebol árabe, saídas sentidas pelo time. Já o experiente volante Pablo Ledesma, e o atacante uruguaio Diego Vera, eram importantes peças do elenco, mas não vinham sendo unanimidades.

Ao mesmo tempo que peças importantes saíram, chegaram reforços de peso, o goleiro uruguaio Leonardo Burián do Godoy Cruz, o meia Zuculini que surgiu bem no futebol, estava no futebol italiano e retornou para a Argentina. Também o jovem zagueiro Érik Godoy, que chegou do Tigre, e o experiente atacante chileno, conhecido pelos brasileiros por conta da finalização na trave na Copa de 2014 contra o Brasil, Mauricio Pinilla.

Mesmo com mudanças no elenco, Eduardo Domínguez deve seguir seu esquema tático no 4-4-1-1 e escalado com: Burián, Toledo, Érick Godoy, Ortiz e Escobar; Bastía, Fritzler, Bernardi e Marcelo Estigarribia; Alan Ruíz e Javier Correa.

As saídas mexeram mais no setor defensivo, afinal saiu uma peça crucial para a força da defesa dos argentinos, e Godoy ainda não estreou, contra o Morón sofreram um gol depois de apagão do sistema defensivo, inclusive com falhas individuais. O quarteto de meio de campo trabalha fortemente pelo equilíbrio do sistema da equipe, Bastía e Frizler fortalecendo a marcação pelo meio, Bernardi pela direita e o paraguaio Estigarribia pela esquerda. Como armador, o meia-ofensivo Alan Ruiz, velho conhecido dos brasileiros, atuou por aqui pelo Grêmio, tem um forte chute de longa distância. Os laterais gostam de apoiar no ataque, principalmente Toledo, que inclusive já deu assistência na Sul-Americana.

No único jogo do retorno após a Copa do Mundo, além das dificuldades defensivas, o Colón ficou devendo na criação, faltou mais da equipe, a escalação teve duas diferenças do que deve começar contra o São Paulo, o zagueiro Olivera e o meia Heredia, jogaram com: Burián; Toledo, Olivera, Ortiz, Escobar; Bernardi, Fritzler, Estigarribia, Heredia; Ruiz, Correa.

Na temporada anterior, o artilheiro do time foi Javier Correa, 8 gols, média de 0.73 por jogo, em seguida Diego Vera, Bernardi, Estigarribia e o jovem Tomás Chancalay empatados com 3 gols cada. O líder de assistência era o uruguaio Diego Vera, com 4 assistências, seguido por Guanca, 3 assistências, ambos saíram do time, com 2 assistências empatam Alan Ruiz, Fritzler e Ledesma, este último que também saiu do clube. Dos atletas que mais jogaram na temporada passada, o goleiro Alexander Domínguez e o zagueiro German Conti, deixaram o clube.

  • Para o jogo na Argentina, o Colón deve manter o padrão, tem força máxima, a única ‘diferença’ é que fizeram um jogo recentemente, no dia 11 contra o Patronato, empate em 0 a 0, atuaram com a equipe titular na partida, ou seja, sem poupar, a postura na volta deve ser parecida com a do Morumbi, mas claro, com um pouco mais de ousadia ofensiva, mesmo com a vantagem, eles estão em casa e não querem sofrer tanto. Outra mudança é sobre o clima, após confusões na partida de volta, o clima para volta não deverá ser fácil.
Ponto forte

Entrega, os argentinos já costumam ser times aguerridos, mas essa é a carta na manga do Colón, jogar a vida e conseguir fazer história, usam o Defensa y Justicia como exemplo, mas também sua organização no meio de campo, são cinco atletas preenchendo o setor, para furar, é preciso ter velocidade e em alguns momentos paciência, afinal o jogo argentino costuma ser catimbado.

Sobre o jogo de volta, o Cemitério dos Elefantes é tradicional justamente por ganhar de times grandes lá, em uma época distante, mas recuperaram isso recentemente, e com a vitória no Morumbi, querem confirmar esse nome em proporções sul-americanas, será um caldeirão.

Ponto fraco

Começo de temporada, o Colón teve mudanças no elenco, principalmente na defesa que perdeu seu principal jogador, e no geral o time não está no ritmo de jogo ideal, os times argentinos costumam igualar na garra, mas devem sofrer fisicamente durante a partida, principalmente contra um São Paulo que tem jogado de maneira intensa. Na temporada passada, o time sofreu bastante na compactação ofensiva, muitas vezes Ruiz e Correa ficam sozinhos, no jogo contra o Morón também apresentaram esses sinais.

Tensão, o clima para o jogo de volta não deverá ser nada amigável, e isso pode ser favorável ao time que tiver cabeça no lugar, também vantagem no placar, o Colón começa com isso, mas pode mudar…

Fique de olho

Correa, o centroavante foi artilheiro do time na temporada 2017-18, e já começou a temporada 2018-19 com belo gol contra o Morón, é preciso ficar atento com o atleta.

Curiosidade

Vale ressaltar que no dia 16/06/2017, Eduardo Domínguez e Diego Aguirre se enfrentaram pelo Campeonato Argentino, a equipe do argentino, o mesmo Colón, venceu o San Lorenzo do técnico uruguaio, 2 a 1, na casa do Colón.

Outra curiosidade é que Eduardo Domínguez é genro do lendário técnico argentino, Carlos Bianchi.

Reencontro

Clemente Rodríguez, lateral-esquerdo que ‘atuou’ no São Paulo, reencontrará o clube e o Morumbi nesta quinta (2).

Fábio Martins

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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