A boa atuação dos reservas do São Paulo na vitória sobre o Guarani na Vila Belmiro no último domingo (26) mostrou que o técnico Fernando Diniz pode ter boas opções para driblar as dificuldades que poderá ter ao longo da temporada.
A pandemia de Covid-19 acabou desencadeando na paralisação de todas as competições futebolísticas, o que fez com que os clubes tivessem diminuição (e alguns até interrupção total) de fluxo de caixa, acarretando dificuldades nos pagamentos de salários e aquisição de novos atletas.
Com dificuldades para contratar que vem desde o início do ano, o São Paulo dificilmente trará novos jogadores até o final da temporada, previsto para fevereiro de 2021. Outro motivo para isso é a gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva se encerrar em dezembro. Portanto, dentro do Morumbi podem avaliar a possibilidade de deixar a pauta de contratações para o próximo ano, já com a nova administração.
Outro fator que pode ser inimigo de Diniz é o pequeno espaço de tempo para o restante do calendário. Com cerca de 4 meses sem nenhum jogo, todas as competições estão mantidas. O Brasileirão começa na primeira semana de agosto. A Copa do Brasil, no final do mesmo mês. A Libertadores em setembro, e as fases finais do Paulistão já neste meio de semana. Serão pouco mais de 7 meses para todas as competições serem concluídas. Naturalmente, os clubes com mais opções de atletas e poder financeiro para contratar terão menos dificuldade nesse período.
Como não é o caso do São Paulo, Fernando Diniz terá que buscar soluções caseiras, e teve um indicativo que poderá contar com elas em muitos momentos ao longo de 2020/21. Apesar de alguns reservas terem características diferentes em relação aos titulares das posições, todos mostraram diante do Bugre que poderão contribuir em momentos de necessidade, sobretudo substituindo titulares lesionados ou suspensos.
Outro bom indicador disso foi evidenciado contra o time de Campinas. Os reservas do São Paulo apresentaram uma forma de jogar muito semelhante a dos jogadores titulares, onde todos estavam bem distribuídos no campo, e Diniz orquestrava de maneira uniforme a função de cada atleta no jogo. Isso mostrou que a sincronia na absorção dos métodos de treinamento por parte dos atletas é muito elevada.
A partir deste meio de semana, o São Paulo terá jogos encavalados, até fevereiro do próximo ano. Fernando Diniz terá a maior prova de fogo da carreira, e a grande chance de tirar o Tricolor da fila, além de finalmente se provar como treinador.
Caio Felix
caiofelixjornalista@outlook.com