E aí nação tricolor!
Pois é, mais uma vez venho aqui escrever em tom de frustração. Em jogo interessante, São Paulo deixa vitória escapar, perdendo a chance de assumir a liderança de maneira provisória, deixando a todos receosos com relação ao ano de 2018.
Sempre tenho alertado ao excesso de cautela do técnico Diego Aguirre. Ontem, mais uma vez isso atrapalhou o time, além da insistência em ideias que não deram certo até agora.
O time começou no esquema 3-5-2, que vem sendo usado já faz um tempo, mas com um desfalque importante: Militão sentiu desconforto, e por precaução, não jogou, dando lugar a Anderson Martins, que formou a defesa ao lado de Bruno Alves e Arboleda. No primeiro o tempo o time foi bem, defendendo-se bem e aparecendo com perigo no ataque, sendo recompensado com o gol de Everton. Destaque positivo para Sidão, que no único lance de maior perigo do Atlético-MG fez milagre (algo que sempre cobro dele, principalmente porque ele já mostrou que tem capacidade para tal), Everton, que foi a principal válvula de escape do time, e também para Régis, que teve enorme entrega na marcação e bons momentos no ataque. Diego Souza foi regular, pois novamente escalado como centroavante, pouco viu a bola chegar nele, porém, participou do gol de Everton, e mostrou qualidade quando vinha buscar o jogo para armar no meio-campo.
Chegou o segundo tempo, e Diego Aguirre começou a mexer no time. Primeira mexida, já no intervalo, foi a entrada de Marcos Guilherme para a saída de Bruno Alves, devido ao cartão amarelo que recebeu e por atuar no setor onde joga Roger Guedes, jogador rápido e habilidoso do Atlético-MG. Com isso, o time passou a atuar no 4-2-3-1, e a minha preocupação ficaria por conta de Régis na lateral, pois trata-se de um lateral forte no apoio mas com dificuldades defensivas, mas com Marcos Guilherme por ali, ele poderia ficar menos sobrecarregado. Depois, outra alteração, com a lesão de Nenê ele optou pela entrada de Liziero, fazendo o time jogar com 3 volantes. No primeiro instante, achei que podia dar certo, pois lembrei do jogo contra o Corinthians, um dos melhores do time no ano, onde atuou com 3 volantes, Nenê como meia centralizado vindo de trás e 2 atacantes abertos pelos lados, e nisso Diego Souza podia ser usado na sua função de origem. Porém, não foi o que aconteceu, pois ele manteve Diego Souza como centroavante isolado, deixando um enorme vácuo entre o meio e o ataque, fazendo o time praticamente abdicar do jogo.
Resultado? O Atlético-MG cresceu no jogo, e após falha de Arboleda, tomamos o empate. Para corrigir o erro, Aguirre voltou à formação do 4-2-3-1, tirando Hudson para a entrada de Cueva. Porém, o Atlético fez mais um gol, com Ricardo Oliveira após cobrança de escanteio, mas conseguimos reagir, em bela jogada de Cueva, a bola (finalmente) chegou em Diego Souza, que como um típico 9, fuzilou e empatou o jogo.
Diego Souza fez o seu melhor jogo pelo SPFC, disparado. Mesmo jogando de centroavante, ele participou bastante do jogo, saindo da área para armar o jogo, armou contra-ataques, e teve participação direta nos 2 gols. Será um sinal de que ele está finalmente se adaptando à função de centroavante? Será a sua volta por cima? Não sei, mas de que dá esperanças de um futuro melhor dele no clube, com certeza sim.
Agora, sobre o nosso técnico, preciso fazer algumas considerações:
O excesso de cautela já prejudicou ele tanto no Internacional como no Atlético-MG, aqui no Brasil, e agora no São Paulo também, principalmente no jogo contra o Atlético-PR pela Copa do Brasil. A mudança de esquema do primeiro para o segundo tempo, devido ao cartão do Bruno Alves, achei ousada, embora exagerada, mas principalmente ter substituído Nenê por um volante, recuando de vez o time, foi o que fez o Atlético-MG crescer no jogo, sendo que no banco, além de Cueva, que salvou o time, tinha ainda Valdívia e Lucas Fernandes de alternativas. Quarta-feira temos jogo decisivo contra o Rosário Central, precisamos vencer, e o time não pode ter tal postura, precisa reagir.
Porém, não vou fazer caça às bruxas, vejo boas perspectivas no trabalho e também evolução no time, mas os resultados precisam vir. E acho que ele está lidando bem com a recuperação de Diego Souza, pois já são dois jogos consecutivos que o nosso camisa 9 tem atuações melhores, embora eu ainda prefira ver ele atuando como meia centralizado.
Saudações!