Resenha são-paulina: O resultado é o que menos importa, e cá entre nós? Ele não foi ruim

(Foto: Rubens Chiri | saopaulofc.net)

Em uma tarde de muito calor em Araraquara, Palmeiras e São Paulo se enfrentaram no estádio Fonte Luminosa, em um confronto válido pela 2° rodada do Paulistão. Foi somente o segundo jogo oficial de cada time na temporada, mas mesmo assim parte da imprensa já o tratava como divisor de águas para ambos os times, principalmente para o Tricolor Paulista.

Um clássico por si só já carrega muita pressão e ansiedade, mas esse em especial tinha alguns ingredientes a mais para torná-lo ainda mais importante. Este choque-rei marcou o primeiro clássico de Arboleda após tirar foto com a camisa do rival e se queimar com parte da torcida são-paulina, marcou também o primeiro jogo grande de Fernando Diniz nesta temporada e, claro, todos os tabus que já se perduram à anos, e que o São Paulo não consegue quebrar.

Partindo deste pressuposto, podemos já adiantar que o jogo no início foi bem pegado e truncado. Tricolor começou usando os treinamentos de Diniz e dominou o meio de campo e a posse de bola do jogo, porém sem perigo algum, assim como no jogo todo. Usando e abusando de nossa paciência.

Na temporada passada sofremos com o excesso de toque lateral e o desperdício de oportunidades, e o que vimos no jogo de hoje foi exatamente isso. Ao todo o São Paulo permaneceu 51% do tempo com a bola e totalizou 17 finalizações, sendo somente 5 no gol, aproveitamento pífio. Jogo inteiro foi basicamente o São Paulo tentando criar jogadas, porém sem triangulações e profundidade enquanto o Palmeiras assustava nos contra-ataques.

O jogo terminou 0 a 0 e logo os críticos de plantão já começaram a trabalhar…Calma, galera! Esse é só o 2° jogo do ano, e por enquanto devemos fazer testes e tirar conclusões para o restante do ano, então lá vai algumas: Helinho não tem bola para ser titular do São Paulo. Colocar o Pato somente 10 minutos e ainda centralizado é queimar nosso próprio jogador. Arboleda mesmo após polêmica é muito bom jogador e essencial. Os passes laterais e sem profundidade DEVEM acabar.

(Foto: Rubens Chiri | saopaulofc.net)

Porém, sim, evoluímos. Enfrentamos o segundo melhor elenco do Brasil com o mando deles e torcida única, a obrigação de vencer era deles. Não caiam na falácia da mídia que tentam à todo momento nos influenciar e dizer que Fernando Diniz é péssimo, que Pato não treina, ou que somos a 4° força do estado. Até então o Corinthians de Tiago Nunes era o todo poderoso e empatou com o Mirassol.

Devemos acreditar no trabalho de Diniz, que sim já evoluiu, sem deixar de criticar certas decisões. No geral, o jogo não foi dos mais agradáveis de se assistir, mas o resultado em si não é ruim para nós e nem o mais importante. Estamos evoluindo, fundamental é conseguirmos evoluir até o mata-mata e, principalmente, para a Libertadores.

Matheus Segato (@resenhaspfc)

Segato

Jornalista em constante evolução.

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