Após a demissão do Dorival Júnior, o diretor de futebol, Raí, conversou com a imprensa para falar sobre o atual momento do São Paulo, anunciou André Jardine na comissão fixa do São Paulo e disse que já tem um nome para técnico do clube.
Saída do Dorival e Jardine na comissão
“Como todos já sabem, o Dorival se desligou do São Paulo. Conversamos muito nas últimas semanas, não foi uma decisão de última hora. Após uma série de análises, foi decidido que era necessário tomar uma atitude e trocamos a comissão técnica. Trouxemos o Jardine, que por enquanto está como interino, mas que terá um cargo fixo na comissão técnica como auxiliar. Ele representa um projeto, do clube, ter uma comissão técnica permanente e ter uma política de carreira aqui dentro. A chegada do Jardine não é algo inesperado, mas que estava planejado. É uma pessoa em quem acreditamos e que será parte de nossa comissão fixa.”
“Não foi uma decisão de uma hora para outra. A comissão sabia da situação, da pressão e da necessidade de uma reação da equipe, não só de resultados, mas de jogo e convencimento. A preocupação que ficou, além da baixa pontuação, aproveitamento muito ruim, também a falta de estabilidade da equipe: um primeiro tempo bom, outro ruim, depois dois jogos bons e outros ruins. Isso deu a certeza de que não estávamos no caminho certo, com relação ao trabalho.”
Insistência no Dorival
“Está classificado para o Paulista, o Dorival merecia e merece essas oportunidades que foram dadas, acreditar mais no trabalho dele e ver se surtia efeito. Foi unânime que chegou a uma situação que não era ideal e pensamos em uma mudança, em um momento sem grandes mudanças na temporada.”
Plano para Jardine
“Tive uma conversa há pouco com ele. O Jardine manifestou o desejo de, além de estar no dia a dia como auxiliar, investir na sua formação, de passar algum tempo em outras escolas do futebol, na Europa e outros países. É um investimento de médio prazo e obviamente isso vai depender da confiança dele, de sentir segurança e qual vai ser a reação dele estando aqui com os profissionais, da maturidade dele. Mas a confiança é total. A comissão técnica que chegar está sabendo e concorda com esse tipo de estratégia.”
Novo treinador
“Temos um nome, entre outros que estamos estudando, e está bastante avançado, mas ainda em negociação, então não posso dar detalhes. Este novo profissional segue o perfil que estamos buscando, dentro do nosso planejamento. As opções são com competência, postura, que se alinhe também ao trabalho do Jardine. Queremos padrão de jogo e um time que se impõe, com regularidade, segurança defensiva e que proponha o jogo com alternativas de ataque.”
Ainda completou dizendo: “Não vou dar um prazo. Mas a definição da negociação está adiantada. A previsão é que seja em poucos dias.”
Troca de técnico
“Li hoje na imprensa que o São Paulo é o time que menos trocou entre os paulistas. É a convicção. Hoje temos uma estratégia definida, um time entrosado, Lugano, Ricardo Rocha, presidente. É um time que se complementa e ajuda a tomar decisões com segurança. Hoje, ainda não posso dizer o nome, mas temos muita convicção na pessoa que está chegando, na comissão que está chegando, no Jardine que está aqui. O Jardine vai ser primordial porque conhece os jovens, para melhorar a transição da base ao profissional, junto com treinador de experiência, que tem modalidade moderna e ousada.”
E aproveitou para relembrar quando o São Paulo achou Telê Santana: “Até a chegada do Telê tivemos vários técnicos. Quando Telê chegou fomos campeões de tudo. Evidente que não é só treinador o problema. Todos dividimos a responsabilidade, mas treinador é um posto chave e que cada vez mais tem uma importância. Demos tempo e a própria comissão percebeu que não tinha resultados. Não é o treinador que vai resolver, mas sim a sequência de um trabalho que está sendo feito no entorno.”
Padrão
“Padrão de jogo com regularidade, com segurança defensiva e que proponha o jogo, com alternativas de ataque.”
Reforços do elenco
“Diria que algumas posições que o treinador desejava outra característica, uma posição, que tinham opções jovens e que não se adaptaram. Mas é unânime e evidente que o grupo do São Paulo é mais do que qualificado. Cheguei em dezembro, fomos montando a equipe. O trabalho do São Paulo é uma reconstrução. Quando está em um período de contratação e numa janela, tem de estudar oportunidades e ver as características de jogadores. No geral, o grupo está 90% formado. Temos Paulista, Copa do Brasil e Brasileiro para fechar esse grupo ainda mais.”