Não há motivos para destrinchar o que foi o jogo. Há quem tenha visto um São Paulo em evolução; há quem veja o caminho de uma tragédia desenhada. Infelizmente, o que se pode tirar desse choque-rei é a constatação triste de um time que, para além de não se acertar e não se planejar, virou piada para os rivais em clássicos. Esse não é o São Paulo.
Os culpados todos sabem: a diretoria incompetente, que transformou o São Paulo em uma grande vitrine de jogadores. É lamentável ligar a televisão para assistir uma camisa pesada como a do tricolor sendo vestida por jogadores medíocres como Everton Felipe, Reinaldo, William Farias e outros tantos. Sem ofensas para esses atletas, que apenas exercem sua profissão de maneira lícita e louvável. O grande problema é quem os contrata e os faz achar que estão aptos a vestir a camisa que já pertenceu a grandes ídolos tricolores do passado – estes, sim, devem se sentir ofendidos.
Mais um clássico paulista e mais uma derrota. É incrível como o time do São Paulo se acostumou a perder para seus principais rivais. A torcida que foi ao Pacaembu merecia receber o seu dinheiro de volta, ainda mais que, com a derrota, o São Paulo pode passar pelo vexame de nem se classificar no campeonato paulista.
Não há o que escrever. É duro ter que comentar alguma coisa em uma situação tão desestimulante. Caso o Oeste vença o Corinthians, pode ultrapassar o São Paulo e complicar bastante a situação do time. E isso soa tão comum nos dias atuais que beira o absurdo.
O São Paulo não merece os dirigentes que possui. A torcida não merece passar por tanto vexame por um prazo tão longo. É preciso mais do que coragem para enfrentar uma maré horrível como essa e não há como superá-la sem alterações drásticas no comando, no pensamento e nas atitudes do clube.
Mais uma derrota. Mais um dia comum na vida do são-paulino da atualidade. Nosso calvário parece estar em loop infinito.