Notas – Desempenho dos atletas são-paulinos em 2017

(Foto: Fábio Martins | SPFC 24 Horas)

As tradicionais notas de fim de ano trarão uma retrospectiva do desempenho dos atletas são-paulinos nesta temporada, focaremos nos atletas que mais jogaram e naqueles que permaneceram no time até o fim da temporada, mas mencionaremos sobre os outros que passaram ao longo da temporada.

Notas –

Goleiros:

Sidão – Começou a temporada fazendo a diferença nas penalidades da Florida Cup, ganhou a vaga como titular, começando o ano na titularidade, porém vários gols sofridos, falhas e lesões o afastaram do time titular, mas em um momento conturbado assumiu novamente a posição e fez uma boa reta final com defesas cruciais que ajudaram em resultados positivos. 7.0

Denis – Com seu ex-companheiro, Rogério Ceni, o goleiro começou a pré-temporada de titular, mas perdeu a posição para Sidão, no decorrer recuperou a titularidade, e mesmo com a confiança do ídolo são-paulino no comando técnico, durou apenas 7 jogos. 5.0

Renan Ribeiro – Depois de um 2016 complicado por conta das lesões, Renan começou 2017 no mesmo estilo, perdendo a pré-temporada, e a disputa para Sidão e Denis, porém ressurgiu, assumiu a posição, teve uma boa sequência, foram 30 jogos, quase todos consecutivos, mas andou falhando em chutes de fora da área, e a sua renovação de contrato também lhe prejudicou, para piorar se machucou, com tudo isso sequer ia para o banco nas últimas rodadas… 6.0

Laterais-direito: 

Bruno – Começou a temporada como titular, deu três assistências no estadual, mas não vivia uma boa fase e ainda sofria com as lesões, acabou perdendo espaço e fez apenas 21 partidas na temporada, a última foi na 18ª rodada do Brasileirão, em agosto. 4.0

Buffarini – Era projetado como um lateral-esquerdo improvisado, mas foi muito mal por lá, porém na direita não foi diferente, fez 21 partidas na temporada e nem consigo lembrar um bom jogo do atleta, decepcionou. 3.5

Militão – Não é lateral-direito de origem, inclusive atuou por algumas vezes na zaga e volante, suas posições naturais, porém foi na lateral que se destacou, teve uma sequência de 10 jogos de muita segurança, se machucou e retornou muito bem, foi crucial para o ajuste defensivo na reta final. 7.0

Zagueiros –

Rodrigo Caio – Sempre na duvida se terminaria a temporada no São Paulo, Rodrigo durou mais uma temporada no Morumbi, e no geral fez um ano seguro, bons números de desarmes (74) e interceptações (23), principalmente quando a defesa ficou mais protegida na reta final e também teve liderança, no caso do fair play não lhe condeno. 6.5

Arboleda – Chegou no meio da temporada, o time em crise, mesmo assim nem precisou muito para se adaptar, estreou bem em um clássico fora de casa, mostrou qualidade principalmente pelo alto quando fez bons cortes, nesses seis meses agradou. 7.0

Lugano – O experiente zagueiro não atuou muito em 2017, foram 11 partidas, porém não comprometeu, fez sempre o simples, o papel de rebatedor. 6.0

Outros – A zaga teve bastante mudanças, no começo da temporada tinha o Maicon como titular, que nem vivia boa fase, na reserva Lucão, Douglas e Breno que entravam em alguns jogos, mas não rendiam o esperado, o Lyanco que nem foi inscrito no Estadual e fez apenas um jogo, depois chegaram Aderllan que sequer atuou como zagueiro e Bruno Alves que fez quatro partidas, razoáveis, portanto no geral esses nomes ficaram devendo. 5.0

Laterais-esquerdos –

Junior Tavares – No início da temporada era o titular absoluto da posição, jogava todos os jogos sem folga, surgiu até uma possibilidade de ir para o futebol holandês, ficou, mas decaiu e perdeu a posição para o Edimar, até ganhou nova chance no time com Dorival, mas voltou a falhar em alguns lances, faltou foco no segundo semestre. 6.0

Edimar – Chegou com Rogério Ceni, mas não entrou uma vez com ele, foi estrear apenas com o Dorival, quando o Júnior viveu uma forte instabilidade, e apesar das limitações técnicas, cumpriu sua função, jogou sério, foi até mesmo um líder, então surpreendeu. 6.5

Volantes –

Jucilei – Foi o pilar do time durante toda a temporada, mesmo quando o time estava desorganizado taticamente, era o atleta que mais roubava bola, cobria os laterais, tentava ajudar na saída, mas com a forte sequência, começou sentir fisicamente, foi colocado como segundo volante e acabou perdendo a posição, mas o time não melhorou sem ele, pelo contrário, só foi melhorar quando ele retornou e terminou a temporada em grande estilo, líder em desarmes (114), interceptações, lançamentos, viradas de jogo, e o segundo com mais passes certos do time na temporada, o dono do meio de campo. 8.5

Petros – Outro que chegou no meio da temporada, mas nem precisou de adaptação, logo assumiu um posto de líder, defendeu o time, teve altos números de desarmes, 86, só ficou devendo mais na saída de bola, mas para os primeiros meses foi muito bem. 7.5

Araruna – Entrava bastante com Rogério Ceni, mas atuou mais como lateral do que de volante, e sofreu bastante com lesões na temporada, atrapalhando seu desempenho e chances, mas é bom ressaltar que foi o primeiro ano dele como profissional. 5.5

Outros – Assim como nos zagueiros, o São Paulo teve vários volantes na temporada, começou com Thiago Mendes e Cícero titulares, o primeiro estava muito bem, o segundo teve bons momentos, mas um foi vendido e o outro afastado, além deles João Schmidt e Wesley costumavam entrar, mas não agradavam, e por fim Wellington que pouco atuou, ou seja, no geral ficaram devendo, com exceção do Thiago Mendes que viveu grande momento no começo da temporada. 5.0

Meias –

Hernanes – O Profeta chegou em um momento delicado do São Paulo e fez a diferença, não só pela liderança como alguns citavam, mas sim dentro de campo, foram 9 gols e três assistências, além disso 43 desarmes e 51 faltas recebidas nos seus 19 jogos, fez a diferença e mereceu tantas premiações que recebeu como melhor meia e melhor jogador do Brasileirão 2017. 9.0

Cueva – Era o pilar do time no começo da temporada, decidia os jogos com gols e assistências, teve um momento que desandou, desfocado, fora de forma e pressionado, foi até para o banco, mas retornou com muita força e foi decisivo na reta final, foram 10 gols e 11 assistências, jogador mais participativo em gols são-paulinos na temporada. 8.0

Thomaz – Após se destacar em alguns jogos na Libertadores 2017, o São Paulo contratou o meia que chegou com moral, atuou nas quartas do Paulistão, fez gol, estava ganhando seu espaço, entrando todos os jogos, depois fez nova boa atuação contra o Vitória, mas perdeu espaço com a chegada do Dorival Júnior, entrou pouco, cerca de 5 jogos apenas… 6.0

Lucas Fernandes – O jovem meia começou a temporada se recuperando de lesão, portanto ainda frágil fisicamente, Rogério Ceni não o colocava muito, já Dorival colocou mais, foram nove partidas seguidas jogando, em sete como titular, mas não conseguiu desempenhar bons jogos, fez apenas um gol e deu uma assistência. 5.5

Shaylon – Jogaria a Copinha 2017, porém Rogério Ceni pediu o atleta para o profissional, com o ídolo entrou em sete partidas, com o interino Pintado entrou contra o Santos e marcou seu primeiro gol profissional, já com Dorival entrou em outras quatro partidas, fez um gol contra o Fluminense e chegou a ser titular em outros dois jogos, no geral foram dois gols e uma assistência, bom começo no profissional. 6.5

Gomez – Outro reforço do meio da temporada, fez 12 partidas, algumas atuando aberto e uma chance de volante, mas como meia armador sua posição de origem atuou pouco, fato é que nesses primeiros meses não agradou. 4.5

Pontas –

Wellington Nem – Grande contratação para 2017, o ponta habilidoso decepcionou, tanto pela atuação quanto pelas seguidas lesões, a pior foi quando perdeu praticamente o segundo semestre inteiro por conta de uma grave lesão, na qual ele ainda não se recuperou, pelo nível que foi a contratação, ficou devendo bastante, foi apenas uma assistência e um gol. 4.0

Marcos Guilherme – Chegou no meio da temporada, e estreou com dois gols na virada épica contra o Botafogo, ganhou moral e em pouco tempo a titularidade, não saiu mais do time, fez um papel tático fundamental, e ainda marcou seis gols, apesar dos elogios, faltaram mais dribles, ousadia e assistências. 6.5

Marcinho – Depois de um bom Estadual pelo São Bernardo, chegou para o São Paulo sem alarde, mas logo foi ganhando espaço, um jogador versátil, ponta de origem, mas atuou como ala e lateral, parecia um jogador promissor, boa movimentação, inteligente taticamente, mas sentiu a má fase, decaiu muito de nível, perdeu gols importantes e perdeu espaço na reta final, ainda fez dois gols e deu duas assistências. 5.5

Outros – No começo da temporada, o São Paulo contava com Neilton e Luiz Araújo, o primeiro foi pífio no São Paulo, quase nem atuou e quando atuou foi mal, já Luiz Araújo começou a temporada como o principal jogador, decisivo em vários jogos, inclusive dois clássicos, mas também perdeu espaço em um determinado momento, quando ia retoma-lo, foi vendido. Além deles tivemos Morato que chegou com o Marcinho, estreou muito bem, mas se machucou grave e perdeu o restante da temporada, e por fim o Denílson que veio do Avaí e só jogou razoavelmente bem em sua estreia, no restante foi muito mal. 5.0

Atacantes – 

Pratto – O centroavante foi a principal contratação de 2017 para o São Paulo, começou o ano muito bem, excelente aproveitamento, as poucas bolas que chegavam, ele fazia, era convocado inclusive para a seleção argentina, mas começou uma má fase junto com o time e nem saiu mais dela, apesar disso sempre se movimentou bastante, brigou, e teve números interessantes, foram 14 gols, artilheiro da temporada do time e cinco assistências. 6.5

Gilberto – Mesmo com Lucas Pratto de reforço, Gilberto foi titular em algumas partidas do Estadual, e o centroavante surpreendeu, começou espetacularmente o ano, artilheiro do Paulistão com nove gols, mas com o drama da renovação de contrato em junho e algumas lesões, perdeu espaço, mesmo assim fechou o ano com 13 gols e cinco assistências. 6.5

Outros – Com Pratto chegando depois e Gilberto sem confiança, quem começou a temporada de titular foi o Chavez, no primeiro jogo oficial marcou dois gols, se machucou, com a chegada de Pratto e o crescimento do Gilberto foi perdendo seu espaço, acabou saindo no fim do seu empréstimo, e neste setor ainda teve a joia Brenner que atuou em quatro partidas, marcou um gol na última rodada contra o Bahia. 6.5

Técnico:

Dorival Júnior – Chegou em uma situação muito conturbada, São Paulo brigando para não ser rebaixado, elenco sem confiança, reforços chegando, torcida impaciente, pois demorou para conseguir os resultados positivos, mas apesar de em alguns momentos ficar devendo nas substituições e teimosia, acertou o sistema defensivo, e foi crucial na reestruturação do grupo. 6.5

Nota geral – A temporada foi muito ruim para o São Paulo, nem o final sólido melhorou os resultados, eliminado na primeira fase da Sul-Americana por um time sem expressão internacional, eliminado antes das oitavas na Copa do Brasil e eliminado na semifinal do Paulistão, tudo isso quando ainda tinha Maicon, Thiago Mendes e Luiz Araújo, além dessas eliminações, o time brigou para não cair quase até a última rodada, bateu recorde na zona de rebaixamento, portanto foi ano muito ruim. 4.0

Bolas cheias e murchas fica a critério de vocês, comente!

Abraços

Fábio Martins

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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