Notas – Corinthians 2 x 1 São Paulo

Não foi hoje que o tricolor conseguiu quebrar o tabu na arena do rival alvinegro. Em um jogo marcado pelas poucas chances claras de gol e polêmicas de arbitragem, o São Paulo de Mancini atuou mais compacto do que com André Jardine, mas ainda assim demonstrou pouca criatividade e não conseguiu se impor no clássico, novamente.

Na primeira etapa, houve um equilíbrio entre dois times bem organizados defensivamente, o que limitou a atuação dos jogadores criativos e forçou muitas ligações diretas ou trocas de passes sem objetividade. Certamente, os lances mais perigosos viriam de bolas aéreas.

Após um lance polêmico, Manoel aproveitou a cobrança de escanteio e abriu o placar aos 43 minutos da primeira etapa, no mesmo gol em que Pablo, também em lance de escanteio, empataria o jogo no início do segundo tempo.

O tricolor chegou a esboçar uma reação, porém após uma saída ruim de Thiago Volpi, Gustavo ficou livre para fazer o segundo gol dos donos da casa e assim definir o resultado do jogo.

Notas –

Volpi-  Ainda aparenta insegurança para jogar com os pés, além de cometer a falha que sacramentou a vitória do rival. 2.0

Igor Vinícius- Substituiu o jogador mais criticado do elenco e não comprometeu. Provavelmente passará a ser titular dessa equipe. 6.0

Arboleda-  Chegou a balançar as redes, porém o árbitro anulou o gol que teria trazido o empate. Errou alguns passes que poderiam ter prejudicado a equipe, mas defensivamente fez bem seu papel. 6.0

Bruno Alves- Outro que ficou responsável pela saída de bola, já que os jogadores de criação estavam bem marcados. Ousou em alguns lances e buscou espaços na defesa do rival. Na sua função, novamente passou segurança. 6.0

Reinaldo- Em um jogo onde as bolas aéreas decidiram, seria importante que Reinaldo fosse mais efetivo nos momentos de ataque, com cruzamentos e finalizações que costuma fazer. 4.0

Willian Farias- Fez a função de primeiro volante e não conseguiu encontrar espaços para a saída de bola. Aparentemente, a posição que ocupou seguirá em aberto, com a concorrência de Luan e Jucilei. 4.0

Hudson- Mal na partida. Não conseguiu matar as jogadas do rival no momento defensivo, nem ser um elemento surpresa no ofensivo. Foi facilmente driblado por Pedrinho e depois por Fagner, na hora do gol. 3.0

Hernanes- Claramente fora de forma. A principal contratação para a temporada ainda não conseguiu atender às expectativas, mas ainda assim é a liderança técnica do time. A forte marcação dificultou suas ações, mas o profeta cometeu erros primários que não são de seu costume. 3.0

Carneiro- Importante na construção da jogada que originou o gol, o uruguaio foi um dos poucos que tentaram sair da mesmice. 6.5

Pablo- Autor do único gol do tricolor na parida, o atacante saiu muitas vezes da função para buscar o jogo. De maneira geral fez uma boa partida. 6.0

Éverton- Mais um atleta que demonstra estar longe do ideal. Buscou o jogo e demonstrou vontade, porém não soube ser criativo para surpreender a defesa adversária. 3.5

Antony- Entrou no segundo tempo no lugar de Éverton e apareceu pouco. A expectativa ainda é grande com o garoto que foi o destaque da campanha vitoriosa na copinha. 4.0

Nenê- Iniciou a partida no banco e entrou logo após o segundo gol do rival. Participou pouco no curto período que esteve em campo. 4.0

Diego Souza- Um dos jogadores mais criticados após a eliminação na Libertadores, entrou nos últimos minutos no lugar de Pablo. sem nota

Vagner Mancini- Assumiu o time após a trágica eliminação e teve um curtíssimo espaço de tempo de preparação para o clássico. Prometeu sacar quem estava mal e assim o fez, começou com Nenê, Diego Souza e Jucilei no banco. Durante a partida fez boas alterações, mesmo que não tenham trazido o resultado. 6.5

Nota geral- O jogo após a queda de um treinador sempre é cheio de incertezas. Não se sabia qual seria o comportamento dos jogadores em campo, e se a apatia do jogo contra o Talleres seria superada. Baixa qualidade técnica, erros individuais e pouca criatividade novamente dificultaram a vida do tricolor, mas dessa vez sem apatia. 4.5

Bola cheia-

Carneiro- Demonstrou que pode ser peça importante desse elenco. Tentou furar o bloqueio e demonstrou muita vontade, como se espera de um uruguaio.

Mancini- Não teve tempo para trabalhar o time, mas soube abaixar o fogo da eliminação e corrigir erros pontuais de posicionamento, principalmente deixando o time mais compacto.

Bola Murcha-

Volpi- Reclamou de falta no lance do segundo gol, mas independente disso um goleiro não pode perder a dividida para um atacante de baixa estatura. Inaceitável.

Arbitragem- Quando a arbitragem está entre as principais pautas do jogo, bom trabalho ela não fez. Participou diretamente do resultado da partida.

Abraços

Anuar Sayed

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