
O projeto de do Basquetebol tricolor foi criado a 3 anos na intenção de fazer o São Paulo voltar a ser uma referencia em diversos esportes olímpicos, assim como foi no passado. Hoje, além do projeto se tornar um modelo para outras equipes na modalidade, o Basquete resgatou no torcedor o sentimento de representatividade que antes sentia vendo o time de futebol jogar.
Mais do que resultados, o que mais traz dor de cabeça ao torcedor tricolor é a passividade e a falta de espirito que as equipes montadas demonstram. A sensação que n[os temos é de que para os jogadores “tanto faz, como tanto fez” se perderem um clássico, um campeonato, um confronto direto, se for eliminado, se passar um vexame ou qualquer coisa do tipo.
No Basquete os resultados ainda estão custando a vir, esse ano fomos eliminados em uma partida ruim na semifinal do Paulista, contra o Franca, e na final do Super 8, contra o Flamengo. Mas a mensagem que o time continua passando é a mesma: “Vamos brigar por títulos, vamos lutar pelos torcedores.”

O fatídico 13/02
Nas ultimas partidas nós tivemos uma demonstração de raça incrível por parte dos jogadores (e em situações únicas na história do Basquete). No dia 13/02, o São Paulo fez história. Sem nenhum reserva a disposição (6 jogadores fora por COVID), o São Paulo convocou 3 garotos de 17/16 anos para ficar de Backup e jogou com os mesmos 5 atletas por incríveis 40 minutos. NENHUM jogador saiu de quadra, todos jogaram durante toda a partida. Danilo Penteado e Igor Araújo foram dois dos que entraram, nenhum deles costuma jogar por mais de 5 minutos em partidas “normais”, mas mesmo assim fizeram a parte deles. Nesse jogo o time Tricolor se doou na questão tática, teve força para atacar e defender em cada posse e conseguiu vencer a partida. 71 a 63 foi o placar final para uma equipe que não deixou de acreditar em nenhum segundo.
Invicto no Majestoso
No futebol quando falamos de clássico o torcedor São-Paulino chega a suspirar de ansiedade. No Basquete a certeza é de que o Tabu vai aumentar. Já são 4 jogos na história do Majestoso e 100% de aproveitamento para o São Paulo. No ultimo, o Tricolor atropelou e venceu por 107 a 61. E é certo afirmar que o hoje o time do São Paulo é bem superior ao do Corinthians, afinal, nossos rivais estão em um período de reconstrução, renovando seu elenco, mas mesmo na nossa primeira temporada, quando contávamos com um elenco bem abaixo, vencemos por 97 a 84, sempre demonstrando a seriedade que tem que se jogar um clássico.
Vencendo o melhor time da América
Esse ano o Tricolor está disputando a Basketball Champions League of Americas, uma espécie de “Libertadores do Basquete”. Até agora vencemos as duas partidas que disputamos, uma contra o novato Universidad de Concepcion, em um embate bem tranquilo para os São-Paulinos que venceram por 94 a 47.
Mas o grande destaque sem dúvida fica para a partida contra o Quimsa, atual campeão da BCLA, o melhor time da América. O Tricolor lutou nessa partida do começo até o fim, tivemos atuações sensacionais de jogadores como Lucas Mariano, que marcou incríveis 29 pontos, e de Georginho, que além de terminar com mais um Triplo-Duplo, marcou uma cesta sensacional nos últimos segundos que nos garantiu a prorrogação. No tempo extra os jogadores literalmente BATALHARAM em quadra, e Shamell, que fazia uma partida abaixo, acertou uma bola de 3 milagrosa que nos deu a vitória. Vencemos os Argentinos por 75 a 72 e garantimos uma estreia espetacular no campeonato Internacional.
Shamell, Lucas Mariano, Georginho…

Por ultimo, é importante lembrar das diversas atuações fantásticas dos nossos jogadores. Georginho, o principal deles, foi MVP da ultima edição do NBB e é conhecido como “Mr. Triple Double”, afinal, já são 8 triplo-duplos para o nosso armador de apenas 24 anos que já se mostra um grande talento para o futuro do Basquete Brasileiro.
Lucas Mariano é um jogador que foi resgatado pelo Tricolor. Mesmo jogando bem a algumas temporadas, o “Lucão” teve um salto espetacular no São Paulo. Hoje ele é a grande referencia de pontuação do Tricolor, sendo literalmente um gigante dentro garrafão, além de ser considerado por muitos como o melhor Pivô do Brasil.
Shamell é um que dispensa apresentações, mas que exige elogios. O americano de 40 anos é uma lenda do NBB, que insiste em continuar fazendo história. Para se ter uma ideia, contra Franca, Shamell anotou incríveis 9 bolas de 3, seu recorde pessoal na carreira, além de anotar 38 pontos, ficando a apenas 2 de bater sua maior marca (40 pontos em 2017). Hoje, o maior cestinha da história do NBB tem 7.977 pontos, precisando de “apenas 23” para se tornar o primeiro jogador na história do NBB a chegar aos 8 mil pontos. Mais uma vez: INCRIVEL!
Além deles, Renan Lenz, Corderro Bennet, enfim, todos do elenco merecem elogios, mas se contássemos a história de um por um, deixaríamos a matéria maior do que já está.
Enfim, fica bastante claro para mim que mesmo sendo o Futebol o motivo da nossa paixão pelo São Paulo, hoje, o Basquete é nossa maior referencia de representatividade, de raça e de orgulho. Muita confiança, paciência e apoio a esse trabalho que já faz história no Basquete nacional. VAMOS SÃO PAULO!
GUSTAVO MARINHEIRO