Comentarista do SporTV, Muricy Ramalho teve seu nome gritado pela torcida do São Paulo durante o empate em 0 a 0 com o Talleres, resultado que culminou na eliminação do time na 2ª fase da Copa Libertadores 2019.
Em transmissão do jogo pelo SporTV, o ídolo são-paulino comentou sobre a homenagem do torcedor: “Realmente eu vi sim, fico muito agradecido à torcida do São Paulo, que tem um carinho enorme por mim, nas redes sociais também. Claro que é um momento de dificuldade muito grande, são muitos anos que não ganha um título. Passei por lá por um bom tempo e ganhei títulos. Isso fica na história.”
CONFIRA: Antes do jogo Muricy Ramalho deu dica para Jardine e avaliou São Paulo
Sobre possível saída de Jardine, Muricy avaliou: “A torcida está chateada há algum tempo. A gente tem que rever isso. Não adianta só o técnico, já mudaram o técnico por 10 anos e não aconteceu nada”, e ainda relatou sobre voltar a ser treinador: “Não, não (se aceitaria voltar). Eu estou muito bem aqui no Sportv. Não quero mais ser treinador, já falei isso diversas vezes. Recebo convite toda hora, mas não quero mais.”
Ainda sobre possível demissão do Jardine, Muricy Ramalho comentou no SporTV: “Vai perder um grande formador de jogadores. Jardine já mostrou na base que é formador, ganhou títulos. Tinha que ter mais tempo para o Jardine, colocar como auxiliar. Eu rodei dez anos para voltar no São Paulo. É um gigante, não é fácil. A pressão é enorme, a vaidade é muito grande”.
Na coletiva pós-eliminação para o Talleres, Jardine comentou sobre Muricy: “Esse bater no braço eu sempre fiz. Mas sei que é um ato que o Muricy fazia muito. Queria agradecer as mensagens dele durante a semana, prestei muita atenção. É um treinador que admiro muito, tenho um carinho e respeito muito grande. Foi o primeiro que me acolheu aqui no São Paulo. Ele via jogadores acomodados na base, e eu prometi para ele que essa mudança ia acontecer no São Paulo. E esse objetivo que coloquei para mim, há quatro anos atrás, é realidade. O nosso grande projeto passa a ser, colocar aqui, conceitos e modo de jogar que colocam o São Paulo como referência”.
Avaliando o empate em 0 a 0 com o Talleres em casa, Muricy citou atuações individuais e a marcação dos argentinos: “Hernanes não conseguia pegar a bola de frente em momento algum, ele tinha que jogar de lado ou para trás. O Everton não conseguiu girar, poucas vezes pegou um mano a mano. O Helinho que conseguiu algumas jogadas, mas a marcação do Talleres foi muito boa. Talvez faltou mais movimentação do Pablo, do Diego, mas o setor de criação do São Paulo estava muito bem marcado”.