O São Paulo vive um dos momentos mais críticos de sua história, uma fase onde tudo que acontece, vive numa linha tênue entre a euforia de sua torcida e a chuva de críticas da imprensa, que vez ou outra, denota-se por um certo o interesse em desmoralizar a instituição e em alguns casos extremos fica clara a voracidade de criar “fatos novos” afinal, o que vende nesse país é a desgraça, e que desgraça seria maior que o rebaixamento do São Paulo Futebol clube?
Em meio a esse turbilhão de questionamentos e incertezas, existe a necessidade principal de um time de futebol, vencer, jogando bem ou mal vencer é o melhor remédio, seja para acalmar os ânimos dos torcedores, silenciar oposições, esconder os fracassos de uma gestão displicente, e o principal fator, iludir o torcedor de que as tradições e o respeito com a instituição estão sendo mantidos.
Fato é, para vencer o time precisa de gols, seja ele 1 ou 10, mas sem gols nenhum time vence (salvo resultados por W.O), considerando a importância desse ato para um time de futebol, temos visto o debate sobre a titularidade de Lucas Pratto e para este precisamos considerar alguns dados que falam sobre sua efetividade para o time, contra a quantidade de gols que o mesmo marcou.
- 14 – Número de gols no ano, apesar do número baixo comparado aos artilheiros de outros times, Pratto é o artilheiro do time no ano.
- 14 – Número de jogadores com quem Pratto dividiu o ataque, como entrosar sem repetição?
- 13 – Número de jogos em que o atacante marcou, para este item, ou o time venceu ou empatou, se Pratto marcou logo o time não perdeu.
Os indicadores mencionados acima, devem ser associados a alguns aspectos que até pouco tempo, eram raros de se ver no elenco.
- Lucas Pratto é um jogador que “entrega tudo” em campo, não se condiciona em um espaço do campo esperando a bola chegar.
- Ajuda na marcação em lances de bola parada, acompanha o time adversário em contra-ataques e quando necessária avança pelos flancos, seja para drible ou para cruzamentos.
- Exerce uma liderança no elenco e possui o respeito tanto dos mais jovens, quanto dos mais experientes.
- Sabe da importância da instituição e se dedica de forma que o torcedor se vê identificado com uma figura em campo.
Em tempo deve ser considerado também que, fora das 4 linhas a vida do São Paulo não tem sido simples, que em meio a escândalos e baixarias ao qual essa gestão tem se especializado, vemos um jogador que transparece não sofrer a influência dessas situações, Pratto disse tentar orientar os mais jovens, sobre a realidade de estarem jogando num time de tamanha expressão, que por vezes é necessário, conter a empolgação e evitar situações de exposição em redes sociais, baladas e outros, sua importância é tamanha, que mesmo sabendo das limitações do grupo, sempre declarou em entrevistas que confia no trabalho de todos, independente de qualquer outro fator que possa interferir no ambiente.
Por fim é necessário indicar que a análise pode ser imediatista, pois em seu primeiro ano com a camisa do São Paulo Futebol Clube, Lucas Pratto criou uma identidade com a camisa tricolor, está buscando sempre formas de poder contribuir com o time, sem vaidade, ego ou fugindo a responsabilidade, apenas pensando em garantir que o São Paulo volte ao lugar de onde nunca deveria ter saído.
Lucas Pratto é o camisa 9 que pode não ser considerado um Serginho Chulapa, um França, um Luis Fabiano, artilheiros natos, todavia pode ter a mesma representatividade que Aloisio Chulapa teve, onde mesmo sem ter um volume alto de gols, tinha uma importância enorme para os grupos em que trabalhou e foi fator fundamental nas conquistas em que participou, o julgamento é livre, interpretativo, mas não pode ser infundado e a pergunta que fica é:
Será que não estamos sendo preciptados em questionar alguém, que nunca se escondeu em um dos momentos mais tensos da história do nosso tricolor?