Os pouco mais de 20 mil pagantes que foram ao Morumbi neste domingo não viram um bom futebol, e sim um time que sofreu para ganhar do lanterna do campeonato, ainda que com um homem a mais desde os 23 minutos de jogo. Nos momentos iniciais da partida, a impressão que dava é que veríamos um São Paulo elétrico que vinha a campo para amassar o clube catarinense. Com menos de dez segundos, o time roubou a bola na saída errada do Avaí e já deu o primeiro ataque. Porém, aos poucos, o jogo esfriou e o lance mais comemorado pela torcida foi a expulsão do atacante Brenner, após pisão em Bruno Alves.
Jogando com três volantes (Liziero, Luan e Tchê Tchê) o clube mandante não conseguiu produzir na primeira etapa. A transição do meio para o ataque era confusa e desorganizada. Faltava a lucidez de um meia de ofício que pudesse armar as jogadas, já que Daniel Alves foi escalado como lateral. Pelas pontas, Antony teve (mais uma vez) dificuldade na definição dos lances no lado direito, e Vitor Bueno foi ainda menos perigoso pela esquerda.
No segundo tempo, Diniz voltou mais ofensivo. Sacou Bruno Alves, recuou Luan para a zaga e colocou Igor Gomes em campo. Com menos de cinco minutos, o garoto da base criou a primeira grande chance do São Paulo no jogo, dando um belo passe para Antony, que achou Pato livre dentro da área em condições de finalizar. Logo depois, em escanteio cobrado por Daniel Alves, Arboleda subiu mais que todo mundo e testou firme. A bola ainda resvalou na trave esquerda, mas foi para o fundo do gol do Avaí, sem chances para o goleiro.
O restante da segunda etapa foi morno e sem grandes emoções. A verdade é que a equipe do Morumbi fez o mínimo que precisava para ganhar do pior time do campeonato e entrar na zona de classificação para a fase de grupos da Libertadores. Agora, com 46 pontos, o São Paulo abre dois de vantagem para o Corinthians, que é o 5º colocado.
Destaques positivos:
Arboleda: o zagueiro equatoriano não foi muito exigido na defesa pelo humilde ataque do Avaí, mas foi seguro, assim como tem sido nas últimas partidas. Na frente, mais uma vez foi decisivo ao marcar o único gol do jogo.
Destaques negativos:
Pato: o camisa 7 fez mais um péssimo jogo como centroavante no Brasileirão. Na primeira etapa, não se movimentava entre os zagueiros para fugir da marcação e só trotava em campo, com sonolência. No segundo tempo, perdeu um gol feito, praticamente sem goleiro, que serviu para comprovar que o atacante tricolor passa por uma de suas piores fases no clube.
Fernando Henry