Dorival comemora vitória, atribui queda de rendimento no segundo tempo à maratona de jogos, defende Diego Souza e ressalta: “Não é centroavante”

Dorival concedeu coletiva após a vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino. (Foto: Reprodução)

O São Paulo venceu o Bragantino na noite desta quarta-feira (7) por 1 a 0, no Morumbi e chegou aos 10 pontos na liderança do Grupo B. Após a partida, o treinador da equipe, Dorival Júnior, concedeu entrevista coletiva ainda no estádio.

Dorival comemorou o resultado positivo, apesar de enxergar que a equipe não apresentou um futebol vistoso e ficou abaixo do rendimento em alguns momentos da partida. O treinador entende que a falta de qualidade de jogo da equipe é um padrão do futebol brasileiro e atribui responsabilidade ao calendário apertado e a sequência grande de partidas.

“Não é uma situação específica do são paulo, todos os clubes estão vivendo isso. Eu já comentava depois dos 35 minutos do primeiro tempo que começamos a cair de rendimento. Essa sobrecarga de jogos é um absurdo! Temos apenas que lamentar…”

Dorival também citou números, ao dizer que das seis partidas realizadas pela equipe titular, em apenas uma delas o time sofreu gols (contra o Corinthians), por isso crê que algo está mudando e enxerga evolução.

Perguntado se trabalha com um prazo para a equipe desempenhar um futebol satisfatório, Dorival respondeu que não, citando novamente as dificuldades físicas encontradas pelos atletas neste início de ano. O treinador quer aproveitar a folga do carnaval para entrosar mais a equipe antes de mais uma maratona de jogos no fim de fevereiro.

Sobre o trio, Nenê, Cueva e Diego Souza, atuando juntos pela primeira vez como titulares, Dorival afirmou gostar do que viu, mas acredita que todos podem render muito mais. Apontou ausência de penetrações, trocas de passe agudas e erros no posicionamento, mas atribuiu as falhas ao pouco tempo que teve para trabalhar com os três.

O meia Valdívia, recém chegado no São Paulo também foi pauta da coletiva. O comandante são-paulino revelou desejo de utilizá-lo pelos lados do campo e não tem dúvidas que este será o ano de recuperação do jogador.

Já sobre Diego Souza, Dorival foi incisivo quando perguntado se o jogador não renderia mais em outra posição. Disse enxergar um Diego mais participativo no jogo desta noite e que não quer o jogador fixo dentro da área.

“Vou mudar número da camisa do Diego para que não seja 9. Porque senão todo mundo acha que é o centroavante. Não é centroavante, ele tem toda a liberdade para se movimentar. Em alguns momentos Cueva estava infiltrado, às vezes o Marcos centralizava. Quero mobilidade para que exista espaço e penetração”

Diego Souza também falou sobre a posição

Dorival também comentou sobre a definição do cobrador oficial de pênaltis dessa equipe. Jogo passado, o batedor foi Cueva e desta vez, Nenê.

“Nenê, Cueva e Diego souza (são os cobradores). Eles que sintam quem esteja melhor, eles resolvem no momento. quem estiver mais confiante bate”

Por fim, afirmou que quer o São Paulo jogando como no primeiro tempo contra o Bragantino, mas com um pouco mais de organização tática. Atribuiu a queda no segundo tempo novamente a questão física e acredita que com o tempo a equipe vai evoluir.

Confira a coletiva de Dorival na íntegra:

 O jogo

O São Paulo começou melhor, com triangulações rápidas e objetividade ofensiva. Logo aos 4 minutos, Diego Souza enfiou bola na esquerda para Nenê que foi derrubado. Pênalti para o tricolor. O próprio Nenê foi para a cobrança e converteu. 1 a 0, com pinta de goleada no Morumbi.

Ao longo da primeira etapa, o São Paulo se manteve superior. Aos 16, Cueva teve chute perigoso bloqueado pela zaga e aos 27, Marcos Guilherme perdeu ótima chance na cara do goleiro. O Bragantino não ofereceu perigo.

No entanto, no segundo tempo, o tricolor teve uma queda brusca de rendimento. Afrouxou a marcação, diminuiu a intensidade e deixou espaços para o adversário. A equipe de Bragança chegou com perigo aos 9, mas parou em boa intervenção de Sidão.

Aos 17, nova chance em uma cabeçada que passou por cima do travessão. Com 24 minutos, a melhor oportunidade do Bragantino no jogo. Matheus Peixoto cabeceou sozinho, quase na pequena área e Sidão fez excelente defesa.

O São Paulo não conseguiu incomodar mais. Cueva pediu substituição e deu lugar a Brenner. As entradas de Tréllez e Hudson pouco mexeram com a equipe que continuou sonolenta e sem criatividade.

O Bragantino ainda teve mais uma chance nos minutos finais, em chute perigoso que passou ao lado do poste direito de Sidão. Mas terminou assim: 1 a 0 tricolor, diante de pouco mais de 10 mil pessoas.

Um primeiro tempo satisfatório foi suficiente para o São Paulo arrancar a vitória. No entanto, mais uma vez a equipe não rendeu o esperado, jogou mal na segunda etapa e deixou o torcedor preocupado para o restante da competição.Jogando assim, dá pra almejar algo grande no Campeonato Paulista?

Confira os melhores momentos da vitória tricolor:

Álvaro Logullo

21 anos, estudante de jornalismo e devoto do São Paulo FC. Filho, neto, irmão e sobrinho de são-paulinos. Apaixonado por estádios de futebol, pretendo ir a todos os jogos do Tricolor, no Morumbi, em 2018. Porque se a fase é ruim, o amor é eterno!

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.