Nas últimas horas, o nome do equatoriano Juan Cazares foi vinculado ao São Paulo, que prontamente descartou a possibilidade de contar com o meia do galo entre os comandados de Fernando Diniz. A situação acabou dividindo parte da torcida, entre os que se posicionam a favor e os que são contra uma contratação desse molde, relembrando uma situação parecida com um velho conhecido de nossa torcida, o famoso “Cuevita”.
As perguntas que ficam são: A formação em psicologia do Diniz seria capaz de ajudar jogadores como estes? Vale a pena o esforço para contar com jogadores descompromissados e com lampejos de craques?
Prontamente respondo a primeira pergunta dizendo que torna-se impossível ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada. Cazares demonstrou em sua passagem pelo Atlético pouco caso nao apenas com sua carreira, mas também com tudo ao seu redor. Recentes festas promovidas por ele em pleno período de pandemia mostram que realmente o foco do atleta parece ser outro. No caso de Christian “Cuevadinha” recentes fracassos no Krasnodar (Rússia), Santos e Pachuca (México) mostram que aquele peruano que vestia a camisa 13 do São Paulo e resolvia clássicos parece estar cada vez mais distante de voltar a existir. Após assumir a camisa 10 tricolor, parece que Cueva se transformou em outro jogador, descompromissado com as instituições que veste a camisa.
Outro fator que provavelmente seria prejudicado por ambos seria o constantemente citado e elogiado por jogadores e setoristas, ambiente. Leve, descontraído e unido como poucas vezes no passado recente tricolor, o grupo poderia ser contaminado pela falta de compromisso de um dos dois jogadores. Basta apenas uma laranja podre para contaminar todo o resto. E para perceber isso, não é necessário ir muito longe: no ano de 2018 bastou que um jogador apenas criasse uma panelinha para que todo elenco acabasse prejudicado, e o time que tinha sido campeão simbólico do primeiro turno finalizasse o torneio meramente classificado para a Pré-Libertadores.
Por fim, acredito que uma contratação dessas, seja de Cazares ou Cueva, seja mais prejudicial do que benéfica, trazendo mais problemas extra-campo do que retorno esportivo. Entendo o saudosismo de alguns no caso Cueva, no qual o próprio sugeriu um contrato de produtividade, mas não podemos colocar um trabalho tão promissor como o do Fernando Diniz em risco por causa de um jogador que quando quer, resolve. Precisamos de mais “Juanfrans” e menos “Cuevas e Cazares”.
Saudações tricolores!
Murilo Zanardi
@murilozanardi