E na noite desta quarta, 29/07/20, o São Paulo FC deu mais um vexame, que ao meu ver, se tornou o maior, devido ao fato de perderem no tempo normal, em casa, para um time que sofreu um desmanche durante a pandemia e que fez um catado para enfrentar o milionário time do Morumbi…..
Meu texto hoje não é para falar sobre esse vexame, haja vista que seria mais do mesmo…estou aqui hoje para desabafar…
Por influência minha, meu filho se tornou são-paulino. Antes, tinha isso como orgulho, afinal, dividimos a mesma paixão, é meu companheiro de jogos, quer seja no estádio quer seja em casa, facilitando em muito o nosso relacionamento. Ele perdeu o pai aos 05 anos e acabei me tornando pai e mãe dele. Descobri que precisava ter uma linguagem em comum com meu menino e o futebol em geral, mas o SPFC é o nosso assunto mais comum e constante. Dividimos as notícias, alegrias e todas as frustrações (que são em maior número na vida dele). Confesso que isso tem se tornado um fardo para mim, haja vista as tantas quantas decepções que nosso time tem nos provocado. Ele tem sofrido muito, com cada derrota, cada eliminação vexatória nos últimos anos.
No ano passado, na final do Paulista, o vi ficar tão nervoso, que ao findar o jogo, a única coisa que consegui dizer, foi: Me desculpa filho, por ter te influenciado a torcer pro SPFC…
Ontem a cena se repetiu novamente… a diferença é que ontem não era nervoso, era tristeza, decepção, silêncio…o vi sofrendo calado e mais uma vez o pedi desculpa… até quando terei que pedir desculpa ao meu filho por ter passado o meu amor ao clube para ele? Será que algum jogador, alguém da diretoria consegue me responder isso?
Não estou aqui para pedir a cabeça de ninguém não…nem acho que isso resolve, só olhar quantos técnicos tivemos nos últimos anos e o resultado não muda…só piora, infelizmente!
Só queria mesmo é não ter que pedir desculpa ao meu filho novamente e que ele pudesse ter um pouco de alegria em ser são-paulino…
Obs.: a frase: “tá vendo, não dói mais”, é uma mentira, das grandes! Dói muito, muito mesmo!
Deuzana Rodrigues.
