Consistência. Esta é a característica que julgo ser a mais importante para um time conquistar o Brasileiro. Os torneios de mata-mata não seguem a mesma regra. Porém, nos pontos corridos, sim. O São Paulo tem um time com 11 e, aos poucos, descobre alternativas que não comprometem. Times campeões também apresentam surpresas boas. O Santos, de Leão, apresentou Diego e Robinho em um time que, até então, não enchia os olhos de ninguém. O Cruzeiro, de 2013/14, revelou Ricardo Goulart e Everton Ribeiro. Jogaram muito e decidiram; e, a partir dali, deslancharam e se valorizaram no mercado.
Com isso, quero dizer que seremos campeões ou até estaria colocando comparações, assim como o Flamengo fez com números que coincidiam e traziam o cheirinho? Obviamente que não. Já vimos que isso não dá certo e frustra ainda mais qualquer expectativa. Mas, nem com um forte elenco de 11, nem com boas surpresas, um time consegue ser consistente se sentindo inseguro. Tivemos em 2006, 19 gols sofridos nos 38 jogos. Esse ano, sofreremos mais, certamente. Porém, em 2007 e 2008, sofremos 35 e 40 gols respectivamente. Na média desse ano, precisaríamos tomar mais 1 ou 2 gols nos 3 jogos restantes, sendo Vasco (casa, Sport (fora) e Chape (casa). Provavelmente, viraremos o turno com números interessantes, o que não reflete nossa realidade emocional.
Para almejar algo maior, o título, no caso, nosso goleiro nos põe medo. A consistência não apenas passa por ele, mas, começa por ele. Sidão e Jean jamais serão Ceni. Nem podemos esperar um novo Mito no gol. Porém, pra segurar a taça, é preciso pulso firme, pois erguer um título, sendo goleiro do São Paulo Futebol Clube não é algo que qualquer um merece. E pra fazer por merecer, seja Sidão ou Jean, precisam ser melhores tecnicamente. Não sei se falta treino ou dom, mas, queremos voltar à fase dos títulos e o 1, o primeiro na escalação precisa ser alguém que a torcida vibra de alegria, não de tensão.