Análise do reforço – Léo Pelé

(Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

Depois da análise do Igor Vinícius, primeiro reforço confirmado para 2019, analisamos Léo Pelé, o lateral-esquerdo foi o segundo atleta anunciado pelo São Paulo para 2019.

Léo Pelé, 22 anos e 1m83, foi revelado pelo Fluminense, destaque nas categorias de base com sua força física e habilidade, foi promovido para o profissional em 2015, fez 8 jogos pela equipe profissional na reta final daquele ano, deu uma assistências, anteriormente tinha sido campeão Brasileiro sub-20 com a equipe, sendo um dos jogadores mais ativos da equipe. Em 2016 jogou 4 partidas pela equipe carioca, mas foi emprestado para o Londrina na disputa da Série B, onde fez 28 jogos.

No Londrina, começou titular, engatou 17 partidas seguidas, mas acabou perdendo a posição para Paulinho, foi reserva da 19ª rodada até a 26ª rodada, depois retornou para a equipe e foi até o fim, sendo considerado por alguns jornalistas, o melhor lateral-esquerdo da Série B em 2016, afinal ajudou a equipe na reação na reta final.

Em 2017 retornou para o seu clube de criação, começou a temporada positivamente, mostrando habilidade e muita força física, mas pecando na finalização das jogadas… Léo, que não gosta de ser chamado de Pelé, marcou um gol importante contra o Vasco na semifinal do Carioca, a fase era boa, foi cogitado para reforçar equipes no exterior como o Atalanta-ITA, mas a negociação não vingou.

Durante o Brasileirão, o lateral caiu de produção, perdeu a posição em boa parte do segundo turno, ao todo na temporada foram 51 jogos, foram 3 gols marcados e 1 assistências. Nos 22 jogos do Brasileirão seus números foram de 81% de eficiência no passe, deu 1.5 interceptações por jogo, enquanto completou apenas 47% dos dribles que tentou, mas também não sofreu tantos dribles, média de 0.1, e deu 2.8 cortes por partida, em compensação nos duelos ganhos teve aproveitamento baixo de 43%.

Sem moral no fim de 2017, Léo Pelé foi emprestado para o Bahia, e por lá tomou conta da posição em 2018, fez 60 jogos na temporada, deu uma assistência. Na equipe baiana demonstrou mais ainda sua força física, melhorou sua média de marcação, foram 1.4 desarmes por jogo com 70% de aproveitamento, no total deu 53 desarmes, o quarto do Bahia no campeonato, ainda subiu números nos duelos ganhos para 57% e de dribles realizados para 1.3, sendo 65% de acerto, inclusive foi o segundo maior driblador do Bahia no Brasileirão, foram 17 dribles certos. Por outro lado, falhou muito nos cruzamentos, foram 21 certos em 126 tentativas (16%), média ruim.

A característica do Léo Pelé é de um atleta com imposição física, contém força física de defensor mesmo, mas não é um jogador lento ou pesado, pelo contrário, busca o apoio e tem o recurso do drible, o que falta é uma melhor finalização das jogadas.

Ponto forte

Lateral que conta com muita força física, surgiu como um jogador de apoio com explosão, força e habilidade, mas no Bahia mostrou números interessantes na defesa, e é avalio ele melhor neste momento, mas sua chegada ofensiva também é positiva, aparece bem, o que falta é o que citaremos abaixo…

Ponto fraco

Complemento da jogada, durante o Brasileirão, muitos me falavam: “Esse Léo Pelé é bom”, discordava por um motivo, a conclusão das jogadas, o lateral erra muitos cruzamentos, passes ofensivos, os números confirmam isso, são 21 cruzamentos certos em 126 tentativas, apenas 16%, precisa melhorar neste quesito!

Curiosidade

Enfrentou o São Paulo três vezes, uma pelo Fluminense em 2017 e duas pelo Bahia em 2018, não teve papel de grande destaque nos jogos. Mas a curiosidade é que assim como Igor Vinícius, o Jardine enfrentou Léo Pelé na base, portanto conhece o lateral que chega no Tricolor Paulista, é provável que tenha dado o respaldo para a contratação, aliás, Léo era grande promessa nas categorias de base.

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Fábio Martins

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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