Análise do adversário – Defesa vazada e ataque fatal, mescla juventude com experiência, conheça o Rosário Central versão 2018

(Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Depois de 14 anos do último encontro, o São Paulo enfrenta o Rosário Central nesta quinta-feira (12), desta vez o duelo é pela primeira fase da Copa Sul-Americana 2018.

Foram cinco duelos entre São Paulo e Rosário Central, o primeiro em um amistoso em 1945, empate em 2 a 2 no Estádio do Pacaembu, depois o primeiro encontro oficial em 2000 na Copa Mercosul, no Morumbi vitória do São Paulo por 2 a 1, em Rosário vitória dos argentinos por 1 a 0, na ocasião era fase de grupos, e só um se classificava, foi o Rosário líder do grupo com 12 pontos, enquanto o São Paulo ficou na segunda posição com 7 empatado ainda com Cerro Porteño-PAR e Colo Coloco-CHI.

Mas o confronto mais inesquecível entre São Paulo e Rosário foi em 2004 pelas oitavas da Copa Libertadores, com classificação dramática do Tricolor Paulista, na Argentina ficou 1 a 0 para os mandantes, e no Morumbi caminhava para mais uma vitória dos argentinos que abriram o placar em 1 a 0 com seis minutos de jogo, porém na época o gol fora não era desempate, e o então questionado Grafite entrou na partida, marcou dois gols, o 2 a 1 levou a decisão para os pênaltis, porém mais drama. Cicinho perdeu o primeiro pênalti do São Paulo, enquanto Grafite, Luís Fabiano (que tinha perdido um pênalti no tempo normal), Fabão e Rogério Ceni, converteram, ficou 4 a 4, eis que o goleiro Gaona foi para a quinta cobrança e Rogério Ceni defendeu, nas alternadas Gabriel fez o seu e Rogério defendeu, que emoção…

Vale ressaltar que a primeira Libertadores conquistada pelo São Paulo, em 1992, a decisão foi com o rival do Rosário Central, outro time de Rosário, o Newell’s Old Boys, e na época, o nosso ex-treinador Bauza que era atleta do Rosário, citou que os ‘Canallas’ como são conhecidos, comemoram muito o título são-paulino, também nas penalidades…

O Rosário Central que quase esteve no caminho do São Paulo na Libertadores 2016, quando estava se classificando até os segundos finais da partida de quartas de final contra o Atlético Nacional, tudo bem que iriam enfrentar o Boca Jrs na outra semifinal e deixaria o duelo entre São Paulo e Del Valle, mas a equipe de Rosário tinha qualidade, já havia deixado para trás Palmeiras na fase de grupo e o Grêmio nas oitavas de final, mas depois de vender seus destaques como o jovem Lo Celso, o Rosário fez um restante de 2016 e um começo 2017 razoáveis, os números comprovam, foram 40 jogos, 15 vitórias, 15 empates e 10 derrotas.

Na atual temporada, 2017-18, a equipe do Rosário Central também não vive seus melhores dias, o equilíbrio continua, são 22 jogos com 8 vitórias, 7 empates e 7 derrotas, são 28 gols marcados e 29 sofridos, nos últimos cinco jogos, vem de uma sequência com: derrota para o Godoy Cruz, empate com o Vélez Sarfield, vitória contra o Chacarita, derrota feia de 3 a 0 para o Patronato e vitória contra o Belgrano no último final de semana.

O time que era comandado pelo ex-zagueiro uruguaio, Paolo Montero, agora é comandado pelo jovem Leonardo Fernández, treinador que era da base do clube de 2013-17, assumiu o profissional no começo de 2018, contém 14 jogos no comando com 8 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Com conhecimento dos jovens promissores, o treinador mesclou a experiência de jogadores como o zagueiro Tobio, lateral chileno Parot, e da dupla de ataque com Marco Rubén e Zampedri para lançar os jovens Nahuel Gómez, Joel López e Lovera, vale ressaltar que a média de idade do elenco argentino é de 24 anos.

A provável formação da equipe do Rosário Central é um 4-3-2-1: Ledesma, Nahuel Gómez, Tobio, Cabezas e Parot; Maxi González, Lovera, Carrizo e Joel López; Marco Rubén e Zampedri.

Fique de olho: Os jovens Lovera e Joel López estão crescendo na equipe de Rosário, mas o destaque fica para a dupla de ataque, o experiente Marco Rubén que quase veio parar no São Paulo de Bauza, apesar de não viver boa fase, o atleta contém recursos técnico e é goleador, já o seu companheiro, Zampedri é um atacante de muita força física, e é o artilheiro do time no Argentino 17-18, são 7 gols em 21 jogos, também é o atleta que mais participou em gols do time, além dos sete gols marcados, deu três assistências, na temporada passada ele enfrentou o Palmeiras pelo Atlético Tucumán na Copa Libertadores e marcou um gol.

Desfalques: Leonardo Gil, que é o segundo maior assistente da temporada do Campeonato Argentino, atuou 18 jogos e deu 7 assistências, está machucado, assim como o Néstor Ortigoza, o volante paraguaio que era o sonho do Bauza aqui no São Paulo, atleta vive período complicado fisicamente. A dupla Maurício Martínez e German Herrera, aquele atacante conhecido como ‘Quase Gol’ que atuou no Brasil, estão recuperados, mas devem começar no banco.

Ponto forte: O Estádio Gigante do Arroyito junto com a garra do time argentino é naquele estilo da Copa Libertadores, jogo catimbado, pressão do adversário em alguns momentos do jogo, torcida inflamada, e a dupla de ataque deles costuma marcar gols, foi assim em 82% dos jogos que disputaram nesta temporada 2017-18, fez gol em 13 dos últimos 14 jogos.

Ponto fraco: É o time com mais cartões na atual temporada do Argentina, são 69 amarelos e 5 vermelhos em 22 partidas, além disso é apenas o 14ª colocado entre 28 times no Argentino, a fase não é nada boa, principalmente do sistema defensivo que sofreu gols em 73% dos jogos que disputou.

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Abraços

Fábio Martins

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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