
O ex-técnico do São Paulo, Diego Aguirre, quebrou o silêncio e comentou no programa “bola da vez” dos canais ESPN, sobre sua demissão do tricolor. O técnico que hoje trabalha no Catar, chegou a ser campeão do primeiro turno do Brasileirão no comando do São Paulo em 2018. Mas após um segundo turno de queda de produção o técnico foi demitido do tricolor faltando 5 rodadas para o fim do campeonato.
Segundo Aguirre, “Futebol tem momentos difíceis, tem momentos às vezes injustos, coisas que às vezes não dá para entender, mas fico muito tranquilo com o trabalho que fizemos. Acho que foi muito bom. O objetivo era voltar à Libertadores e aconteceu. A expectativa de ser campeão foi muito alta e o objetivo que tínhamos no começo do ano já não era suficiente. Me mandaram embora, fiquei surpreso, obviamente, mas faz parte do futebol. As coisas ficam onde têm que ficar. A bola pune e acontecem coisas depois que fazem o trabalho ser valorizado”. Ainda segundo ele, “São coisas que ficam para trás, já passou mais de um ano dessa saída. Eu fico com as coisas boas”.
Após o técnico ser demitido, André Jardine assumiu o comando do clube e não conseguiu uma vaga direta para a libertadores e logo após foi eliminado da pré libertadores.
A relação de Aguirre e Raí também foi comentada. “Foi boa a relação (com Raí). Não vou falar que fomos amigos, porque não foi assim. Jogamos juntos antes dele ser líder e ídolo, nos reencontramos e a relação com ele foi muito boa. Só não entendi o fim, como terminou a história. Quem decidiu, quem tomou a decisão… Se ele tomou a decisão, certa ou errada, eu respeito. Se ele não tomou a decisão, não sei o que está fazendo aí. Quero acreditar que foi ele”.
Para o ex-comandante do tricolor, sua demissão poderia ter sido evitada se Diego Lugano estivesse no Brasil no momento da decisão. “Diego é como um irmão, foi quem me convidou para o São Paulo. Obviamente não estava de acordo com a decisão. Ele estava em Buenos Aires. Acho que se ele estivesse em São Paulo não aconteceria”.
Foi especulado que um dos fatores para a saída de Aguirre do São Paulo foi o descontentamento e insatisfação de alguns jogadores do elenco como Nenê e Rodrigo Caio. Mas para Diego não foi isso, perguntado sobre essa questão ele disse: “Eu confirmo que não tivemos problema praticamente com ninguém. Às vezes você toma decisões e o jogador que não joga não gosta, mas isso é normal. O ambiente de trabalho era muito bom, pode perguntar a qualquer jogador. Nenê manifestou desconformidade, mas é normal. Conhecia o Nenê aqui do Catar e sei que ele é assim, não sentia que era algo comigo. Rodrigo Caio ficou machucado, havia uma resistência da torcida, uma situação difícil. Os jogadores que estavam jogando, para mim, estavam bem. Ele não teve a possibilidade que achava que merecia, mas eu compreendo que o jogador sempre tenha essa parte de não querer saber de nada, só de jogar. Nada que afetasse o trabalho. O relacionamento com os jogadores era muito bom, falando sério”.