Aguirre nega problema com Nene, explica escolhas, fala sobre chance para a base, elogia campanha, mas joga toalha pelo título

(Foto: Fábio Martins | SPFC 24 Horas)

Depois do empate em 2 a 2 com o Flamengo dentro do Morumbi, o técnico Diego Aguirre conversou com a imprensa, falou sobre a atuação do time, explicou sobre escolhas, e jogou a toalha na disputa do título.

Resultado

“O empate não é bom para nenhum dos dois, mas também acho justo pelo que vi do jogo, momentos de São Paulo, momentos de Flamengo. Tivemos chance de fazer o terceiro gol, depois Flamengo empatou e teve chance clara de fazer mais. Para mim, foi um resultado justo. Não gosto de empatar em casa, porque ficamos longe da primeira posição, mas temos que aceitar.”

Atuação

“Perdemos muitos jogadores importantes por diferentes motivos, da metade do ano até agora. Não são desculpas, mas jogadores que marcavam uma característica importante de velocidade, de contra-ataque. Everton, Militão, Rojas. Este time está sofrendo. Nós estamos tentando aos poucos colocar os meninos que estão bem, que estão respondendo, mas o time mudou a característica, principalmente as características individuais. Carneiro, depois de um ano sem jogar, está mostrando ser uma realidade, mas também acaba sofrendo, pediu para ser substituído. Mesma coisa com Luan. Tivemos que fazer trocas forçadas, que não esperávamos. Os últimos minutos eu não gostei, mas aconteceram coisas que afetaram o real funcionamento.”

Em outra pergunta, Aguirre falou mais sobre a atuação do time: “Até surpreendemos no começo, fizemos o gol. Mas uma coisa que falei no vestiário foi que não tivemos… Não sorte. Mas aconteceu que o Flamengo fez logo o gol de empate. Não conseguimos com nossa tática, o Flamengo surpreendeu porque foi imediatamente ao empate. Gostei do time em momentos, mas uma mudança importante pôr contra um adversário muito entrosado pode te fazer sofrer mais. Mas temos que assumir, pelas dificuldades que estamos tendo pela falta de jogadores que não estão.”

Recuo do time

“A sensação pode ser essa. O que eu penso é que num momento bom, depois do gol do Helinho, foi a melhor versão do time no jogo, 10, 15 minutos em que controlamos e tivemos opção de fazer um terceiro gol, que poderia ter sido definitivo. Mas vocês viram: aconteceram mudanças não planejadas. Queria que Carneiro jogasse, estava bem, com muita velocidade. Mas sentiu, não uma lesão, mas a intensidade do jogo. Depois o tornozelo de Luan. Não estava previsto. Fizemos mudanças que tornaram o time um pouco mais sem saída ou sem velocidade na frente. São coisas que acontecem, temos que tentar resolver. Nos últimos minutos, não encontramos uma resposta para contra-atacar ou fazer uma situação de ataque, e a sensação foi ruim.”

Nene

“Não aconteceu nada. Saiu rápido, mas é normal. Todos jogadores querem jogar, são competitivos. Mas nada para falar disso.”

Base

“Tenho liberdade de tomar as decisões. Todos gostamos de ver esses jogadores aparecerem e se tornarem realidade. O Luan é realidade. Tem um crescimento, hoje é um jogador muito importante dentro do time. Tem só 18 ou 19 anos, é uma realidade. Liziero também. Depois, chegou a hora de Helinho, de colocá-lo na equipe. Uma estreia sonhada, com um gol maravilhoso. Mas também vocês viram que ele sofreu, que ele sentiu as exigências de jogar na equipe profissional. Temos que ter calma. O Helinho vai continuar ganhando minutos, mas não podemos de um momento para o outro dar a responsabilidade a esses meninos de coisas tão importantes. Vamos com calma. A mesma ansiedade que tem a torcida, eu também. Gosto de botar os meninos, mas temos que ir com cuidado. A primeira coisa é pensar no melhor para os meninos e para o São Paulo.”

“Obviamente que todos queríamos ser campeões, mas temos que assumir a realidade. E acho que o São Paulo está em um processo de melhora. Ano a ano, vai evoluir. Sinto que ajudamos para que o São Paulo esteja um pouco melhor”

Expectativas

“Quando começamos aqui, (as expectativas) não eram tão altas, de pensar em ganhar título. O clube vem de anos difíceis, o objetivo era voltar à Libertadores, uma coisa normal para o São Paulo, mas que se valorizava”.

“O que aconteceu é que o time ficou acima das expectativas, gerou expectativa de todos nós. Por um momento, isso foi muito grande. Depois, sofremos derrotas, ficamos longe, e entrou um clima não de frustração, mas de tristeza, porque ficamos longe de uma coisa que vimos de perto por um momento.”

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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