Um longo inferno astral que culminou com uma derrota para o Água Santa
A eliminação da última segunda-feira (13) para o Água Santa pelas quartas de finais do campeonato paulista foi a de número 32 nos últimos 13 anos. A história se repete ano após ano.
Nos últimos 13 anos colecionamos incontáveis eliminações vexatórias. É um filme de terror que passa em looping, é um filme de drama do início ao fim. É como aquele pesadelo em que temos que estamos caindo, sabe? E no final sempre nos acordamos, porém esse pesadelo está demorando demais.
Com um time esfarelado dentro de campo, com um departamento médico lotado e que receberá mais dois nomes (Galoppo e Welington) por tempo indeterminado para retornar aos gramados, mas não só os jogadores estão se machucando. Entretanto, o torcedor são-paulino ano após ano vem aumentando o seu tom de voz no Morumbi e por onde o tricolor joga para mostrar o seu amor pelo clube, e parece loucura, mas percebe-se que quanto maior a fossa o amor vai aumentando.
Ontem na saída do Allianz Parque após a última cobrança de pênalti do Água Santa que decretou a eliminação do São Paulo, a torcida começou a cantar o hino do clube e ao olhar pro lado não era difícil de se ver alguns torcedores chorando e outros parados olhando para o nada, e só poderia estar pensando que aquilo não poderia ser real.
A torcida que todos os anos vai aumentando a sua frequência no Morumbi e com isso se mostrando ser uma das mais apaixonadas do país, apoiando o clube mesmo quando parece que não é correspondido.
Renato Russo escreveu em uma de suas músicas que “Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho. Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz”, mas nesse momento, que me desculpe o Renato, mas não temos caminho e muito menos vemos uma luz no fim do túnel. Nos resta torcer.
