
Nos próximos dias, se iniciará a campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 em todo o país. Em uma reunião virtual entre o Ministério da Saúde e prefeitos de cidades de todos os estados brasileiros na semana passada, foi feita a solicitação para que os municípios deixem suas estruturas prontas desde já para o começo da imunização.
Para cumprir essa solicitação, os prefeitos e governadores estão correndo contra o tempo. E o mesmo se aplica à Cidade de São Paulo. Atualmente, a capital paulista contra com 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde), que serão incapazes de atender a demanda sozinhas. Sendo assim, a Prefeitura tem a missão de abrir mais 150 “Postos Satélites” pela cidade.
Para isso, a Prefeitura instalará estes postos adicionais em locais com grande movimentação de pessoas, como: praças, shoppings, estações do Metrô, estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), terminais de ônibus, teatros, casas de shows, pontos comerciais e os estádios de futebol.
Segundo informação divulgada pela CNN Brasil, a gestão municipal já iniciou negociações com o Trio de Ferro paulistano (Corinthians, Palmeiras e São Paulo) para a utilização de Neo Química Arena, Allianz Parque e Morumbi como “Postos Satélites” na imunização da população da cidade mais atingida pela pandemia no país. Os três estádios tem grande capacidade de armazenamento de insumos e de vacinas, além de áreas suficientes para atender a demanda sem causar aglomerações.
Até o momento, ainda não está definido se será necessária a utilização de áreas dos estádios que possam impedir a realização dos jogos, como gramado, vestiários e sala de imprensa. Caso isso seja necessário, os clubes deverão procurar outro local para mandarem seus jogos enquanto as autoridades de saúde utilizarem os estádios.
Nos últimos dias, o Presidente Julio Casares enviou um ofício ao Governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), comunicando que o clube coloca o Morumbi e outras instalações (como o CT Barra Funda e o CFA Laudo Natel, em Cotia) à disposição para a campanha de imunização se for necessário.
Um dos poucos impasses restantes para a vacinação começar são os próprios imunizantes utilizados. No próximo domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá aprovar o uso emergencial da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, com 6 milhões de doses já disponíveis para distribuição, e também da vacina que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, pela Universidade de Oxford, da Inglaterra e pelo laboratório inglês AstraZeneca, vacina essa que 2 milhões de doses deverão chegar ao Brasil vindas da cidade indiana de Mumbai no início da próxima semana.
Caio Felix
caiofelixjornalista@outlook.com