
O técnico Cuca conversou com a imprensa após o empate em 1 a 1 com o Palmeiras no Morumbi, e fez sua análise sobre a partida válida pela 10ª rodada do Brasileirão 2019.
Análise do jogo
“Fazendo a análise do jogo. Assim, eu acho que é um pecado a gente não ter ganho essa partida pelo que foi o primeiro tempo. Procuramos sair com bola no chão para quebrar a primeira linha do Palmeiras por parte do Tchê Tchê e Hernanes. Criamos bastante, saímos na frente, tivemos o controle. O Palmeiras teve uma chance com o Scarpa para o Volpi defender, mas tivemos o controle do jogo. Aí vem o segundo tempo, reúno os jogadores e falo que não podemos perder o controle do jogo e temos que matar o jogo. O Palmeiras tem uma bola parada boa. No primeiro tempo do jogo o Deyverson faz o arremate e o Volpi faz uma grande defesa. Em questão de minutos a gente teve a chance para matar. Teve uma outra com o Pato e tiveram duas ou três que você não chama seu tima para defender. Na pelada quando você joga o adversário vai com tudo e abre chance. Quantos não tivemos? Várias.”
Sorte?
“Palmeiras teve sorte incrível, um gol espírita. Acho que a iluminação atrapalhou um pouco o Volpi. Esse gol muda todo o jogo bem no momento em que o Toró iria entrar e teríamos o contra-ataque para matar o jogo. Aí quem defende mais é o Palmeiras. Não tivemos mais chance”.
Lesão do Pablo e entrada do Raniel
“Não foi o joelho. Foi o tendão. Ele tava mancando. Ele tava adaptado ao jogo, o Raniel que entrou fez 20 minutos no treino. Ele tava bem e deu uma caída e mudou, é normal. Tentamos manter a estrutura do jogo. Podia colocar o Toró, mas resolvemos manter uma referência. Acho que a estreia dele foi boa.”
Questão física
“No quesito físico nós evoluímos. Por conta do primeiro semestre ter voltado de um torneio nos EUA, jogadores na Seleção, no Sub-23. Hoje acho que já tivemos uma condição melhor e falta ritmo de jogo. É tão importante quanto o condicionamento. Sem dúvidas vamos melhorar. Deu para ver o São Paulo forte e apenas lamentar o resultado.”
Saída do Carlinhos Neves
“Carlinhos Neves é amigo meu, trabalhei com ele em sete clubes, dez anos juntos. Saiu por questão pessoal e amanhã ou depois já terá outro clube, por que é um dos melhores”.
Saída de bola
“Trabalhei muito a saída de bola. Quando você quebra essa linha o jogo abre para você. Colocamos em prática e quebramos a linha do Palmeiras. O contra-ataque se abriu para gente, mas não conseguimos o último passe.”
Queda no segundo tempo?
“É um jogo de duas grandes equipes, e com um minuto (do segundo tempo) eles criaram uma jogada. Isso mexe. Incentiva quem tá atrás e segura quem está na frente. Isso é normal. Pouco tempo depois, repito, tivemos a chance para matar o jogo e infelizmente não fizemos e fomos penalizados em um gol de muita sorte. O Raniel teve um começo promissor, mas caiu como toda a equipe. O Palmeiras retraiu e não conseguimos achar os espaços.”
Resultado
“Um empate desse com sabor de derrota ele é muito dolorido. Isso dói mais neles e em mim do que em todo mundo aí. Temos que saber diferenciar um gol desse, se não acontece. Se não acontece o São Paulo estava sendo elogiado pelo que o São Paulo produziu. A gente tem que diferenciar o resultado do desempenho.”
Mais análise
“Em duas ou três vezes que você quebra aquele elemento surpresa que arranca com bola vai ter opções para abrir. A jogada que a gente leva o gol é uma bola alongada para o Pato, que perde o ângulo, o Raniel não consegue pegar e levamos o contra-ataque.”