Análise do adversário – Santos – 25ª rodada

(Foto: Ivan Storti/Santos FC)

Neste domingo (16) teremos clássico SanSão na Vila Belmiro, o terceiro clássico entre as equipes na temporada de 2018, e novamente com mudanças em ambas as equipes.

Com tantas mudanças, o Santos deixou a briga contra a zona de rebaixamento, na qual estava envolvido desde o começo da competição, subiu para a 8ª colocação e hoje aspira uma vaga na Libertadores de 2019, mesmo com os problemas políticos, votação de Impeachment do presidente, em campo o time teve mudanças e vive dias melhores.

O Santos que começou o ano comandado por Jair Ventura e venceu o São Paulo no Morumbi, 1 a 0, depois perdeu novamente no Morumbi, mesmo placar, 1 a 0, mas as coisas mudaram na equipe santista, o técnico Cuca assumiu, o time acabou eliminado na Libertadores por escalação irregular de um jogador, também caiu na Copa do Brasil, mas vale ressaltar que a equipe foi reforçada com nomes de peso como Bryan Ruíz, Carlos Sanchez e Derlis Gonzalez.

Jair Ventura foi demitido dois jogos após o retorno da Copa do Mundo, passagem terminou após os empates contra Palmeiras e Chapecoense, ao todo foram 39 jogos comandados por ele 14 vitórias, com 10 empates, 15 derrotas. O interino, Serginho Chulapa, comandou o time no empate com o Flamengo e depois derrota para o América-MG, em casa, pois Cuca assumiu e não conseguiu vencer nos seus quatro primeiros jogos.

A estreia do Cuca aconteceu contra o Cruzeiro, em casa, pelas quartas de final da Copa do Brasil, derrota de 1 a 0, em seguida vieram dois empates contra Botafogo e Ceará, ainda perdeu para o Atlético-MG por 3 a 1, todos os jogos fora de casa, pois então veio a primeira vitória com Cuca foi contra o Cruzeiro, também fora de casa, na Copa do Brasil, o time acabou eliminado nos pênaltis.

Mas ali começava uma nova era, venceu o Sport por 3 a 0 em casa, empatou com o Indepediente fora de casa, 0 a 0, mas acabou perdendo de 3 a 0 devido a escalação irregular de um jogador, em seguida venceu o Bahia por 2 a 0, empatou com o Indepediente no jogo de volta, 0 a 0 e foi eliminado da Libertadores, mesmo assim venceu o Vasco por 3 a 0 no Maracanã, empatou com o Grêmio em casa, 0 a 0, e venceu Paraná fora, 2 a 0, são 5 jogos sem derrota.

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Na temporada, o Santos fez 53 jogos, venceu 19, empatou 15 e perdeu 19, marcou 61 gols e sofreu 51, foram 120 cartões amarelos sofridos, e quatro expulsões apenas.

Cuca comandou o time em 11 partidas, 5 vitórias, 4 empates e 3 derrotas (contando a de W.O para o Indepediente), vale ressaltar que são 7 partidas sem sofrer gols.

No primeiro turno, o Santos de Jair Ventura que jogava de maneira fechada, explorando os contra-ataques, foi escalado no 4-3-3 com: Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Lucas Veríssimo e Dodô; Alison, Renato e Vitor Bueno; Rodrygo, Gabriel e Eduardo Sasha.

Neste duelo válido pelo segundo turno, o Santos agora comandado por Cuca deve seguir o padrão do 4-3-3: Vanderlei; Victor Ferraz, Robson Bambu, Gustavo Henrique e Dodô; Alison, Carlos Sánchez e Diego Pituca; Derlis González (Bruno Henrique ou Eduardo Sasha), Rodrygo e Gabriel.

A disputa ofensiva está entre o paraguaio Derlis González, que vive boa fase, o habilidoso e perigoso Bruno Henrique que ainda não recuperou o bom futebol de 2017, e Sasha que era o centroavante titular da equipe, mas perdeu espaço nos últimos jogos. No desespero Cuca chegou a colocar Derlis, Bruno Henrique, Rodrygo e Gabriel, mas não deu certo, faltou armação, e o time ainda não encontrou o camisa 10 ideal, o armador, já que Bryan não começou tão bem, apenas uma assistência e ainda sem o ritmo de jogo.

Cuca gosta do esquema 4-3-3, mas por vezes ele vira um 4-4-2 dando liberdade aos atacantes Gabriel e Sasha, na ocasião contra o Vasco foi assim, e o Rodrygo fechando a linha de 4 com os volantes Pituca e Alison, enquanto Sanchez jogou como um meia direita, como fazia no River Plate, o time ganhou consistência, podendo ser uma opção em determinado momento do jogo contra o São Paulo.

Diferente de Jair Ventura, o Cuca é um técnico mais voltado para o ataque, gosta de armar as equipes criando oportunidades contra o adversário, mesmo que seja do seu jeito Cucabol, na qual fortalece as bolas paradas, incluindo os laterais com perigo que fizeram sucesso nos seus tempos de Atlético Mineiro e depois no Palmeiras, já no Santos ainda está sendo aprimorado, não é uma grande arma até então…

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O artilheiro do Santos na temporada é o Gabriel, vulgo Gabigol, que por meio de Dorival Jr, quase veio para o São Paulo no começo da temporada, o atacante marcou 21 gols, é o artilheiro do Brasileirão com 12. Na artilharia da temporada em seguida vem Rodrygo com 10, Sasha com 7 e Arthur Gomes com 4. O recém-chegado Derlis González já deu 4 assistências, empatado com Rodrygo Sasha, Copete e Daniel Guedes, Pituca e Vecchio tem 3 cada, Jean Mota e Victor Ferraz com 2.

Ponto forte

Qualidade ofensiva, o Santos contém cinco atacantes com muita qualidade, Derlis, Bruno Henrique, Rodrygo, Gabriel e Sasha, todos contém velocidade, a maioria com recurso do drible, além disso é elogiável o posicionamento e finalização deles, tanto é que o time marcou 61 gols na temporada, média um pouco superior de um gol por jogo, mas da metade foram de Rodrygo, Gabriel e Sasha, no caso 38 gols.

Ponto fraco

Ambiente, como o São Paulo viveu em anos anteriores, o momento interno pode influenciar nas atuações do clube, de fato não está acontecendo isso no Santos, mas podem surgir problemas durante o clássico, caso as coisas não comecem fluir bem para o time, portanto é importante a equipe são-paulina atuar com inteligência.

Fique de olho

Gabriel, por vezes inconstante, mas sempre perigoso, principalmente quando atua centralizado, seu poder de finalização é ótimo quando está em boa fase, que é o caso, e também tem boa movimentação, é preciso de atenção!

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Curiosidade

No primeiro turno, o SanSão ficou assim, e o curioso que mesmo fechado, o Santos teve mais posse de bola, deu mais passes, em pleno Morumbi:

O São Paulo venceu o Santos na Vila Belmiro em 2017, quebrando tabu de 7 anos naquela altura, agora tem que quebrar o tabu de vencer no estádio santista pelo Brasileirão, não acontece desde 2009, aquele 4 a 3 histórico, com gol de Rogério Ceni para decidir o placar.

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Reencontro

Hudson e Nene reencontrarão o Santos, time que atuaram nos anos 2000, já Gabriel e Rodrygo tiveram passagem pelo São Paulo, mas muito jovens, na época do futsal.

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Abraços

Fábio Martins

Fábio Martins

Formado em jornalismo, ADM do SPFC 24 Horas desde 2012 e principal responsável pelo site e redes sociais desde 2014. Twitter: @fbiomartins1

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