
Neste sábado, 9 de junho, o São Paulo entra em campo pela 11ª rodada do Brasileirão 2018, e o adversário será o Atlético Paranaense na Arena da Baixada, local que o Tricolor Paulista nunca saiu vencedor.
Adversários da final da Copa Libertadores 2005, São Paulo e Atlético-PR já se enfrentaram em 60 jogos, sendo 20 vitórias do São Paulo, 21 empates e 19 vitórias do Atlético Paranaense.
Tanto o Atlético-PR quanto o seu treinador Fernando Diniz são velhos conhecidos do São Paulo, não somente pelo jogo recentemente pela Copa do Brasil, na qual a equipe paranaense se saiu melhor e garantiu a classificação para as oitavas após vencer em casa por 2 a 1, depois empataram em 2 a 2 no Morumbi. Fernando Diniz treinou o Audax naquela campanha inesperada no Paulistão 2016, nas quartas de final tirou o São Paulo de Bauza, já em 2017, o treinador acompanhou treinamentos no CT da Barra Funda devido a amizade com Dorival Júnior.
Acertado com o Guarani no começo de 2018, Fernando Diniz recebeu um convite do Atlético-PR, não hesitou, foi para o clube do Paraná que disputa o campeonato regional com uma equipe sub-23, dando mais tempo para treinar a equipe principal que só disputava jogos da Copa do Brasil, pois o trabalho começou promissor, foram 18 jogos invictos, porém na maioria dos jogos pelo Estadual com o time sub-23 e o técnico Thiago Nunes. Neste meio tempo, Fernando Diniz comandou o empate em 0 a 0 com o Caxias na primeira fase da Copa do Brasil, classificação, seguido da classificação de virada história contra o Tubarão, 5 a 4 com dois gols depois dos 90′, por fim a classificação sofrida contra o Ceará, dois empates e classificação nos pênaltis.
No geral, o Atlético-PR fez 35 jogos, venceu 15, empatou 12 e perdeu 8, foram 51 gols marcados e 29 sofridos. Foi campeão paranaense, está nas oitavas de final da Copa do Brasil, perdeu o jogo de ida em casa para o Cruzeiro, 2 a 1, de virada, está na segunda fase da Sul-Americana após eliminar o Newell’s Old Boys, venceu em casa por 3 a 0 e perdeu fora 2 a 1. Os números com Fernando Diniz no comando já não são animadores, apesar do começo com quatro classificações na Copa do Brasil, estreia com goleada de 5 a 1 sobre a Chapecoense no Brasileiro, empates com Grêmio, Bahia e São Paulo fora de casa, chegando a uma sequência de 10 jogos sem derrota, mas engatou uma sequência de derrotas, perdeu para Palmeiras, Newell’s, Atlético-MG, Cruzeiro e Fluminense, empatou o clássico com o Paraná, depois vitória sobre o Santos, porém mais duas derrotas para fechar, América-MG e Sport.
VEJA ⇒ Pré-jogo de São Paulo e Atlético Paranaense na Arena da Baixada
Com 38% de aproveitamento, Fernando Diniz comando o time em 19 jogos, venceu 5, empatou 7 e perdeu 7, marcando 25 gols e sofrendo 24, desenvolvendo sempre um futebol de muita posse de bola, inclusive o São Paulo foi um dos únicos que teve mais posse contra eles, explorando a saída com os goleiros e defensores no ‘futebol total’, o time está conseguindo ter números expressivos no toque de bola, mas ao mesmo tempo é muito crítico por não ser produtivo, o famoso ‘toca, toca e não sai do lugar’.
Assim como Aguirre, Fernando Diniz é um treinador que gosta de surpreender, portanto pode variar suas opções, ainda mais com retornos importantes para o jogo contra o São Paulo, o provável time será no sistema de 3-4-3: Santos; Wanderson, Thiago Heleno, Pavez (Bruno Guimarães); Marcinho (Rossetto), Camacho, Lucho, Carleto; Guilherme (Veiga), Nikão e Pablo. Algumas duvidas devido as questões físicas dos retornos de Pavez e Rossetto, que disputa a ala direita justamente com o ex-são paulino Marcinho, e na armação entre Guilherme e Raphael Veiga, fato é que o Atlético de Fernando Diniz ataca no 3-4-3 e busca defender com 5-4-1 como fez contra o São Paulo em diversos momentos na Copa do Brasil.
O artilheiro do time é o atacante Éderson, aquele mesmo que já foi artilheiro do Brasileirão pelo clube paranaense, marcou 10 gols na temporada, mas tem ficado na reserva, em sequência Guilherme e Pablo marcaram cinco gols, já Matheus Rossetto, Nikão e o dono das bolas paradas, Thiago Carleto, marcaram três gols cada. O garçom do Atlético Paranaense é o lateral-esquerdo, ex-São Paulo, Thiago Carleto, foram 6 passes para gols, em seguida empatados com duas assistências cada estão Jonathan, Guilherme e Renan Lodi.
Ponto forte: Além do fator casa, que sempre é um ponto forte contra o São Paulo, o Atlético Paranaense contém suas qualidades, uma delas é de normalmente controlar as ações do jogo e quando conseguem envolver o adversário como foi feito no segundo tempo contra o São Paulo no Morumbi, ou então nos jogos contra o Newell’s, ida, Chapecoense na estreia do Brasileirão ou contra o Santos recentemente, fica difícil segurar, ou seja, não pode cair na armadilha do time paranaense, que muitas vezes troca bolas perigosas na defesa, mas busca abrir espaços no meio de campo do adversário.
Ponto fraco: Fase, mesmo apoiado pelo presidente, a situação do time comandado por Fernando Diniz é complicada, o time não esboça reação, os discursos não são aceitados pelos torcedores, fato é que em campo venceu apenas um jogo nos últimos 12, situação quase insustentável, e com isso leva a outro fator, a torcida não está tão forte no apoio.
O estilo de jogo do Diniz é diferente e ousado, mas nos leva para dois motivos que justificam o momento, o toque de bola excessivo, mas diferente de grandes europeus que viveram o auge no ‘tiki-taka’, o time paranaense sofre na criação de jogadores, toca muito e não é intenso, a outra situação são os toques de bola no sistema defensivo e com o goleiro, apesar de atrair o adversário para o seu campo, abrindo um espaço no meio de campo, o Atlético de Diniz costuma ficar muito tempo no setor, trocando passes, e um erro ali gera gol…
Fique de olho: Carleto, o lateral-esquerdo recuperou a boa forma, e tem sido crucial para a equipe paranaense, são 17 jogos pelo clube, 3 gols marcados e 6 assistências, sem contar que muitas vezes suas bolas paradas ou finalização de longa distância geram rebotes, até mesmo o Vanderlei sofreu com isso recentemente…
Reencontro: Os prováveis alas titulares, Marcinho e Thiago Carleto, estiveram no São Paulo recentemente, o Marcinho em 2017, foi sensação no começo, mas perdeu espaço com a saída do Rogério Ceni e deixou o clube no fim da temporada, já Carleto esteve com contrato no Tricolor até 2016, mas atuou no clube em 2013. E o Sidão vai reencontrar o Felipe Alves, goleiro que era titular do Audax de Fernando Diniz, mas se machucou e abriu espaço para o goleiro, desde então o atual goleiro são-paulino mudou de ‘patamar’.
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Fábio Martins