Aconteceu nessa ultima terça-feira (17/12) o sorteio dos grupos para a Libertadores de 2020. Acontece, que não bastasse todos os problemas que rondam o clube, tanto externamente, quanto institucionalmente, tivemos o grande azar de cair no tão odiado “Grupo da Morte”!
O grupo D, grupo do tricolor, é constituído por River Plate (ARG), LDU-Quito (EQU) e Binacional (PER). Ok, mas o que faz desse grupo, um grupo da morte?
BINACIONAL |
O Binacional foi fundado há 9 anos e chegou a primeira divisão do campeonato Peruano apenas em 2017, ganhou uma Copa Peruana e em 2019 venceu o Apertura (primeiro turno do campeonato nacional). O inexperiente clube do Peru, terá a sua primeira participação na história da Libertadores.
A inexperiência é o fator desequilibrante para o jovem clube Peruano, se de fato “A camisa pesa”, que o São Paulo faça pesar contra os mais de 2000 metros de altitude do estádio Binacional.
LDU |
O tradicional clube do Equador vem para sua 18° participação em Libertadores. A LDU já foi uma vez campeã, em 2008 em cima do Fluminense. Em todos os nossos 89 anos de história, enfrentamos os equatorianos duas únicas vezes, em 2004. No jogo do Morumbi, vencemos por 1 a 0, no Equador, perdemos de 3 a 0.
Mais uma vez, a altitude é o fator determinante que joga contra o nosso time. A “Cada Del Diablo”, como é carinhosamente conhecido o estádio da LDU, usa seus mais de 2.700 metros de altitude como fator determinante para abalar os seus adversário. Lá, outros clubes brasileiros já foram vitimas, em 17 jogos, apenas 3 saíram vencedores (Santos em 63, Corinthians em 2000 e Sport em 2009)
RIVER PLATE |
Sem duvidas, o maior carrasco do São Paulo, nesse grupo. O River é um dos maiores vencedores da história do torneio, conta com 4 títulos, sendo o ultimo deles (2018) contra o seu maior rival, o Boca Juniors. Recentemente, jogou a final contra o Flamengo, onde deixou o titulo escapar nos últimos minutos. O River vem de temporadas incríveis, tendo conquistado diversos títulos no que eles chamam de a “Era Gallardo”.
De fato, o elenco do River Plate não chega nem perto do que foi a alguns anos atrás, mas conta com a experiencia de diversos jogadores, além de um treinador espetacular que é o Marcelo Gallardo. Além de tudo, a tradição joga a favor dos Argentinos, que ainda contam com aquele que consegue desbancar o próprio Morumbi como maior estádio particular das Américas, o Monumental de Nuñes.
O histórico é favorável ao tricolor, que conta com 6 vitórias e 4 empates, das 14 partidas já disputadas. São Paulo e River já travaram confrontos históricos, como o da semifinal da sul-americana de 2003, onde a famosa frase,”Entre bater o pênalti e ajudar na briga, eu prefiro ajudar na briga!”, foi dita pela primeira vez. Em seu passado recente, o tricolor eliminou os Argentinos na Libertadores de 2016.
De fato, não esperávamos encontrar isso logo de cara, é importante um grupo mais fácil para pegar confiança e garantir decisões com seu mando de campo, mas dificuldade? Isso é algo do qual não podemos reclamar em uma Libertadores. Que o São Paulo faça valer o seu título de Soberano.
Gustavo Marinheiro