Sub-20: Alex está começando a ser forjado com as derrotas

São Paulo de Alex sofre derrotas no Brasileirão e Paulistão, mas serve de lição…

Perder não é algo agradável em nenhum esporte, no futebol menos ainda. Mas há aqueles momentos, em casos muito específicos, que as derrotas te ajudam mais do que a vitória. Em relação ao time Sub-20 do São Paulo comandado pelo técnico Alex, essa ideia é bem plausível.

Sob seu comando, o tricolor vinha num embalo fantástico. No Brasileirão, por exemplo, o time estava há nove jogos invictos quando conheceu a sua primeira derrota, contra o Cruzeiro em casa, pelo placar de 0 a 1. Até ali, eram 7 vitórias e 2 empates. Somava 19 gols marcados e apenas 7 sofridos.

(Foto: GE.globo)

Essa sequência formidável podia até parecer o ponto mais importante do seu trabalho, mas na verdade a “cereja do bolo” foi o que acontecia nas entrelinhas. Era nelas que o trabalho do treinador se configurava. Como? Dando confiança, corpo e forma para uma equipe que era julgada por muitos como a safra sub-20 menos promissora dos últimos anos em Cotia.

Especialistas em categorias de base diziam que o Sub-17 é que era o suprassumo da próxima geração de bons jogadores do tricolor. Ao longo da competição essa ideia foi sendo dizimada. Jovens como Beraldo, Anilson, Nathan, Pedrinho, Vitinho, Juan e Marquinhos iam ganhando destaque. O último, Marquinhos, foi para o time profissional e em pouco tempo ganhou titularidade, fazendo gols importantes nas oitavas de final da Copa Libertadores e se tornando, diante das crises de lesões do time, um dos principais atacantes do Hernán Crespo.

(Foto: Fernando Teixeira/saopaulofc.net)
Faz parte do trabalho, cria casca!

Com toda essa pompa e circunstância o trabalho do Alex se erguia, mas ainda não lhe dava “casca”, uma vez que não tinha se deparado com situações difíceis e conflitantes que, infelizmente, só a derrota trás. Obviamente, ele sabia e sabe os significados implícitos de um revés, pois conviveu diretamente com isso quando jogador. Todavia, enquanto técnico de futebol, tal fato ainda não lhe havia sucedido.

Pois bem, voltando, depois da derrota contra o Cruzeiro mais duas vieram. Contra o Ceará no Campeonato Brasileiro onde o time fez um fantástico primeiro tempo, mas não conseguiu matar o jogo, e Audax, no Campeonato Paulista. Neste último, o time estava com muitas mudanças e mesmo tendo várias oportunidades de gol, não conseguiu concluí-las. Nestas duas últimas derrotas um ponto comum foi a variação tática promovida pelo treinador. Algumas vezes ele mudou a formação dentro da partida, saindo de uma linha de três zagueiros para uma de quatro defensores.

(Foto: saopaulofc.net)
O futuro…

Alex estava buscando novas possibilidades para seus atletas, pois além do desgaste físico, ele também tinha perdido alguns jogadores para o time principal, tanto em definitivo quanto esporadicamente. Isso mostra o quanto ele está aprendendo dentro desse novo cargo dentro dos seus testes opcionais ou compulsórios. E está certo. A base deve ser sim o lugar de testar, variar, errar, enfim…de experiências.

O São Paulo volta a campo nesse domingo (12) para enfrentar o Flamengo no Rio. Jogo difícil e ao mesmo tempo muito interessante para analisarmos o quão maduro está ficando o Alex e o quanto esse time ainda pode nos presentear com boas novidades. O resultado é o que menos importa. O que queremos é ver a sequência desse bom trabalho e os frutos que ele dará lá na frente, não só em relação aos jogadores, mas também ao técnico, que tem tudo para ser grande e quem sabe um dia assumir o comando do time principal. Respaldo para isso dentro da diretoria ele tem.

Como dizem, a ver.

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