O técnico Sergio Baresi com o ‘Crônicas do Morumbi’ no portal LANCE! e falou sobre atual momento do futebol brasileiro, metodologias do Telê Santana e projetos para retornar ao Brasil.
Questionado sobre Telê Santana, técnico que comandou Baresi em seu início no São Paulo, o ex-zagueiro falou: “Sem dúvida alguma a sua forma de pensar o futebol, o jogo e o treino. Ele tinha uma facilidade muito grande de encaixar as peças, fazer a engrenagem funcionar, a colocação dos ingredientes que fizeram do São Paulo uma equipe altamente vencedora, comprometimento, ousadia, alegria, ver os detalhes era a sua marca dentro e fora do campo. Ele construiu um esquadrão muito competitivo e com uma enorme vontade de vencer! Não é à toa que Guardiola, ainda no Barcelona, citou este esquadrão em uma de suas entrevistas, enfatizando a magia do futebol brasileiro.”
Atualmente em um projeto nos Estados Unidos, trabalhando no America Soccer Clube (ASC), Sergio Baresi busca reconstruir sua carreira que chegou no auge entre 2010, quando conquistou a Copinha e depois foi efetivado para comandar a equipe profissional do clube, mas não teve o sucesso esperado e acabou perdendo espaço no clube. Em 2012 ainda trabalhou no Paulista de Jundíai, também sem grande sucesso.
Desligado do São Paulo em 2016, após passagem pelo futebol chinês em um projeto do clube são-paulino, Baresi avaliou possível retorno: “Sim, pretendo retornar este ano ao futebol brasileiro, já estou no Brasil para isso, desenvolvi projetos internacionais na China e Estados Unidos ligados a formação completa dos atletas, bem como cursos e estágios na Europa. Agora busco uma oportunidade no mercado para desenvolver meu trabalho dando continuidade em minha carreira como técnico de futebol.”
Avaliando o atual momento do futebol brasileiro, Baresi comentou: “Primeiro motivo, porque Brasil, América do Sul e África são produtores de jogadores, porém, sendo países com a economia limitada, nossos principais jogadores jovens acabam saindo cedo, não possibilitando a formação de uma equipe, e muito menos a sua por completa formação, acabam vendidos precocemente para suprir as necessidades financeiras dos nossos clubes, proporcionando a baixa técnica do nosso futebol”, frisou que jogadores brasileiros de primeiro e segundo escalão vão atuar fora do país, sobrando apenas a terceira escala…