
Uma vez o Mano Brown, em uma entrevista, disse que. “Quando se encontra em um momento de dificuldade para e pensa nas dificuldades que teve no passado e acha as respostas pra sair dos problemas atuais”. Não posso dizer que Rogério Ceni fez isso, mas posso dizer que ele vem encontrando respostas nos trabalhos de seus sucessores. Principalmente no do Diniz, para resolver os desafios de montar um time competitivo pra 2022.
Não é segredo que Ceni gosta de jogar com pontas de velocidade e no elenco atual os únicos com essas características são Marquinhos e Caio. Por isso, o treinador desejava a contratação de mais um jogador com essas características. A contratação não aconteceu e Rogério Ceni até tentou jogar com Nikão, Rigoni e Alisson pelas pontas, mas não obteve o resultado desejado e o time viveu de bolas cruzadas na área.
ANTIGO TÉCNICO E MESMO PROBLEMA
Quem passou por um problema parecido foi o técnico Fernando Diniz, que tinha Antony sendo esse ponta veloz e driblador. No entanto ele foi vendido para o Ajax, no qual Diniz teve dificuldades pra acertar o time. O treinador tentou utilizar até Pablo na posição, porém sem sucesso.
E qual foi a saída? Montar um time que potencializasse as características dos jogadores que tinha em mãos. Sendo assim o São Paulo começou a jogar numa variação de 4-4-2 e 4-1-3-2. Utilizando Volpi; Juanfran (Igor Vinícius), Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Dani Alves, Igor Gomes e Gabriel Sara; Luciano e Brenner.
Além dessa formação sem os pontas, esse time do Diniz jogava com muita aproximação e movimentação, era comum de se ver Sara e Igor Gomes próximos quando um deles tinha a bola, mesmo que em teoria tivessem que jogar em lados opostos.
Rogério Ceni nos últimos 2 jogos, contra Inter de Limeira e Santos, jogou nesse esquema, e deu a entender que pode seguir esse caminho pro restante da temporada.
Apesar de não ter o ponta veloz e driblador, Ceni tem um elenco muito mais qualificado e recheado do que o Diniz tinha. Além de Sara, Igor Gomes e Luciano que já estavam com o antigo treinador, Rogério Ceni também tem Gabriel, Patrick, Nikão, Alisson, Rigoni, Éder e Calleri. Além de Nestor cada vez mais se firmando no profissional e Pablo Maia e Marquinhos que vem ganhando espaço no time.
Ainda é cedo pra dizer que o Rogério encontrou o time e a formação ideias, mas com o que foi mostrado no primeiro tempo contra a Inter e no jogo contra o Santos, já dá pra dizer que há uma evolução e que ele está no caminho certo.