Após 150 dias, o River Plate voltou aos treinamentos presenciais. Após várias semanas de impasse entre a Asociación del Fútbol Argentino (AFA) e o governo da Argentina, por meio do Ministerio de Salud de la Nación, finalmente as agremiações futebolísticas da primeira divisão do país (além do Tigre, que está na segunda divisão mas disputa a Libertadores) puderam retomar as práticas em suas instalações a partir da última segunda (10).
Esta medida, claro, se estendeu ao atual vice-campeão da Libertadores, e próximo adversário do São Paulo na competição. O grupo do técnico Marcelo Gallardo teve cinco baixas nas atividades deste dia de retorno.
O quarto goleiro, Ezequiel Centurión, teve resultado positivo para Covid-19 no último exame feito antes do retorno, e já iniciou o período de isolamento correspondente. Estão treinando os demais goleiros: Franco Armani, Franco Petroli, Germán Lux e Enrique Bologna.
Já o zagueiro Gonzalo Montiel tinha recebido um resultado positivo para Covid-19 no teste sorológico (o que identifica a presença de anticorpos da doença no organismo). Porém, nesta segunda (10), recebeu resultado negativo para o exame PCR (o que identifica o vírus ativo), e foi liberado para a atividade desta terça (11).
O meia Juanfer Quintero preferiu passar a quarentena no seu país natal, a Colômbia. E com a determinação de isolamento obrigatório de 14 dias para todos os estrangeiros vindos do exterior, o atleta só poderá se apresentar ao clube quando este isolamento terminar. O zagueiro Robert Rojas está na mesma situação. Voltou do Paraguai para a Argentina e está cumprindo a quarentena obrigatória.
O atacante Matías Suárez atravessa uma situação um pouco mais complicada. O atleta estava em Córdoba, em um bairro particular onde tem residência. Neste bairro fechado, foram identificados mais de 20 casos de Covid-19, e todos os moradores estão isolados. Portanto, neste momento, Suárez não pode se apresentar ao River Plate.
Marcelo Gallardo iniciou uma corrida contra o tempo nesta semana. 38 dias de preparação até o jogo contra o São Paulo, no próximo dia 17 de setembro, pela terceira rodada da Libertadores. O treinador vai ter que lidar com algumas adversidades até lá, como a impossibilidade de comandar treinos coletivos neste primeiro momento, e a proibição de realização de amistosos, pelo menos até que o governo argentino volte a liberar a prática do futebol por lá, o que só deve ocorrer em setembro.
No Complexo de Treinamentos River Camp, na cidade de Ezeiza, na Região Metropolitana de Buenos Aires, Gallardo teve 27 jogadores neste primeiro dia de trabalho divididos em três grupos.
– GRUPOS 1 E 2: Dois grupos em campos diferentes realizaram trabalhos aeróbicos e de coordenação, sempre cumprindo os protocolos de saúde e mantendo o distanciamento social entre os jogadores e membros da comissão técnica.
– GOLEIROS: No segundo turno de trabalho no River Camp, foi a vez de Franco Armani, Franco Petroli, Enrique Bologna e Germán Lux exercerem a prática. Armani e Petroli treinaram em um dos sete campos do complexo de Ezeiza, enquanto Bologna e Lux treinaram em outro dos campos.
– GRUPO 3: Em um dos campos: Javier Pinola, Lucas Pratto, Santiago Sosa, Milton Casco, Federico Girotti e Bruno Zuculini. Em outro trabalharam: Rafael Borré, Jorge Carrascal, Paulo Díaz, Nicolás De La Cruz e o zagueiro da base Augusto Aguirre. Cada grupo de jogadores realizou trabalhos físico-técnicos em um setor do campo, mantendo sua distância e os protocolos de saúde.
Sem jogos até 17 de setembro, Gallardo vai ter dificuldades em encontrar o River Plate ideal para a retomada da temporada, sem falar na falta de ritmo de jogo, que pode ser um fator a prejudicar os Millonarios ao longo do ano.
Caio Felix
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